Capítulo 25

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Octávio Guerra

Foi totalmente precipitado? Óbvio! Mas não posso deixar que minha família me faça se casar com alguém que eu nem conheço e não amo, não posso deixar que eles continuem mandando na minha vida dessa forma.

A Isla foi a primeira pessoa que mexeu comigo de uma forma surpreendente, foi a primeira mulher por quem eu me apaixonei, a primeira que me fez sentir coisas que eu não sou capaz de explicar.

Não vou deixar que minha família tire isso de mim, não posso simplesmente permitir que o último resquício de felicidade que eu possa ter me seja tomado

Eu sei perfeitamente que minha família quase a matou só por acharem quem nós estávamos juntos, mas agora as coisas são diferentes. Se ela for minha esposa, eles não poderão tocar nela, não até às eleições passarem e quando isso acontecer eu vou ter dinheiro o suficiente para irmos embora daqui

"Você está pronta?"-Perguntei parando em sua frente.

"Eu não estou gostando disso"-Ela diz incomodada com a venda em seus olhos-"Eu espero do fundo da minha alma que isso não seja um casamento surpresa"

"Não é"-Digo revirando os olhos

"Então me deixe tirar isso"-Um suspiro longo saiu da sua boca

"Ok, calma"-Dei a volta em seu corpo e parei atrás da mesma.

Assim que eu tirei a venda, seu queixo caiu junto com o pano que cobria o lugar á nossa frente.

Quando eu incendiei o parque, ela ficou brava e chateada. Não apenas ela, mas todo mundo que vinha aqui.

Então eu mandei reformarem, as pessoas não notaram porque eu deixei essa parte isolada.

"Eu não acredito"-Sua expressão de surpresa toma conta dela

Ela fixa seu olhar sobre a placa iluminando a entrada do parque, sim, eu dei seu nome a ele

Seja bem vindo ao parque de diversões. Pequena Isla!

"Que nome é esse?"-Ela perguntou confusa mas não conseguia conter seu sorriso.

"Bom, sei que o significado do seu nome é ilha. Então achei que o trocadilho iria se encaixar perfeitamente"-Dei uma risadinha e ela me olhou.

"Ainda não acredito que você fez isso"-Seu olhar brilhava, pude detectar que ela estava feliz.

Então será que eu posso mesmo lhe fazer feliz?

Será que ficar ao meu lado não pode ser tão ruim quanto eu pensei?

Ela está feliz agora, e foi eu quem fez isso. Então não pode ser tão ruim assim!

"Vem, quero te mostrar o lugar"-Segurei seu mão e vi seu corpo tremer.

Atravessamos o portãozinho de entrada, seu olhar se perdia em cada canto admirando cada detalhe desse parque.

Eu pude me ver nela, aquela criança interior que nunca pode ser feliz ou desfrutar da sua infância em parques de diversões ou se empanturrando de doces. Porque fomos criados por pessoas que tiraram todo nosso brilho, tudo de bom que a vida poderia nos dar foi tomando de nós.

A Isla é como eu. A sua dor é como a minha! Mas nesse instante, a sua felicidade é a minha.

Olhar para seu sorriso e seus olhos brilhantes, me fez esquecer de toda a merda da minha vida. Como se eu tivesse vivido em uma bolha de arco íris esse tempo. É ela quem traz a cor pra minha alma obscura!

 Primeiro Livro da saga: Children of the night// One NightOnde histórias criam vida. Descubra agora