Capitulo 6

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Isla Krakemburg

Maldita hora que eu estava olhando pela janela e vi o sinal de fumaça no parque. Maldita hora que eu decidi ir até lá. Maldita hora que eu o trouxe para minha casa

O que eu estava pensando afinal? Trazer um dos Guerra para minha casa é sinal clássico de psicopatia, eles são os próprios demônios desse lugar e aqui estou eu, tentando o ajudar.

Parabéns Isla!

"Por favor, Morgan"- Apertei as mãos em sinal de petição-" Me ajude!"

"Eu não posso, eu ainda sou uma interna. Se me pegarem roubando coisas do hospital eu estou morta"- Sussurrou balançando a cabeça negativamente

"Ninguém vai descobrir, eu juro"- Segurei suas mãos-"Você não tem noção do enorme problema que eu estou, só me ajude e irei te dever uma para sempre"

Morgan é uma amiga minha que se formou em medicina a alguns meses, ela sempre me ajuda quando minha mãe está quase tendo uma overdose. Sempre que precisei, eu pude contar com ela

"Ok, mas só dessa vez. Você entendeu?"- Apontou o dedo em minha direção com a expressão fechada

"Entendi, entendi"- Respondi desesperada.

Ela me levou até um quartinho e jogou dentro da bolsa tudo que eu iria precisar e me deu algumas intenções e um pequeno livro de anotações.

Quando cheguei em casa eu dei graças a Deus por não ter ninguém, isso significa que meus pais estão por aí caídos em alguma viela.

Eu entrei e novamente tranquei tudo, subi para o quarto e destranquei a porta  partindo para dentro do mesmo.

"Você demorou pra caralho"- Ouvi ele latir enquanto eu jogava as coisas sobre a cama-"Quer me deixar morrer aqui, em caralho?"

"Você deveria me agradecer por ainda estar aqui"- Falo séria e acendo a luz do abajur.

Me sentei ao seu lado na cama e vi que ele estava suando frio, sua expressão demonstrava o quanto aquilo estava sendo dolorido para ele.

Peguei uma tesoura e cortei o pano em volta do seu ferimento, coloquei as luvas e abri as caixinhas.

"Isso vai doer"- Digo á ele, então me levanto e pego uma toalha no meu armário e lhe entrego-"Morda isso"

Ele não relutou em colocar o pano entre os dentes. Respirei fundo e abri a garrafinha de soro, molhei em um algodão e comecei a aplicar sobre o ferimento.

Ele gruniu se contorcendo sobre a cama e fechou os olhos com força, seu maxilar se apertou contra a toalha e sua mão apertou minha perna com força. Eu conseguia sentir a dor em mim

"Desculpa...."- Eu odeio ele, mas passar por isso ninguém merece também

Eu não parei, continuei limpando o local como estava escrito no caderno. Logo depois eu peguei a seringa com um anestésico que Morgan me deu, afundei a agulha em sua pele e apliquei o medicamento

O olhei e ele estava ofegante, seus cabelos pretos grudavam em sua testa mas nenhuma lágrima caia dos seus olhos. A esse ponto eu já estaria em prantos.

Ele abriu seus lindos olhos azuis e me encarou, com certa súplica para essa tortura acabar logo de uma vez. Eu estava com dó, não tinha como negar. Ele bem que mereceu não é?

"Já vai acabar"- Minha voz saiu embargada.

Segurei seu braço e então apertei a pinça entre os dedos, me aproximei e então apertei o metal contra sua pele e puxei um pedaço de roupa derretida junto com a pele morta.

 Primeiro Livro da saga: Children of the night// One NightOnde histórias criam vida. Descubra agora