Isla Krakemburg
Maldita hora que eu estava olhando pela janela e vi o sinal de fumaça no parque. Maldita hora que eu decidi ir até lá. Maldita hora que eu o trouxe para minha casa
O que eu estava pensando afinal? Trazer um dos Guerra para minha casa é sinal clássico de psicopatia, eles são os próprios demônios desse lugar e aqui estou eu, tentando o ajudar.
Parabéns Isla!
"Por favor, Morgan"- Apertei as mãos em sinal de petição-" Me ajude!"
"Eu não posso, eu ainda sou uma interna. Se me pegarem roubando coisas do hospital eu estou morta"- Sussurrou balançando a cabeça negativamente
"Ninguém vai descobrir, eu juro"- Segurei suas mãos-"Você não tem noção do enorme problema que eu estou, só me ajude e irei te dever uma para sempre"
Morgan é uma amiga minha que se formou em medicina a alguns meses, ela sempre me ajuda quando minha mãe está quase tendo uma overdose. Sempre que precisei, eu pude contar com ela
"Ok, mas só dessa vez. Você entendeu?"- Apontou o dedo em minha direção com a expressão fechada
"Entendi, entendi"- Respondi desesperada.
Ela me levou até um quartinho e jogou dentro da bolsa tudo que eu iria precisar e me deu algumas intenções e um pequeno livro de anotações.
Quando cheguei em casa eu dei graças a Deus por não ter ninguém, isso significa que meus pais estão por aí caídos em alguma viela.
Eu entrei e novamente tranquei tudo, subi para o quarto e destranquei a porta partindo para dentro do mesmo.
"Você demorou pra caralho"- Ouvi ele latir enquanto eu jogava as coisas sobre a cama-"Quer me deixar morrer aqui, em caralho?"
"Você deveria me agradecer por ainda estar aqui"- Falo séria e acendo a luz do abajur.
Me sentei ao seu lado na cama e vi que ele estava suando frio, sua expressão demonstrava o quanto aquilo estava sendo dolorido para ele.
Peguei uma tesoura e cortei o pano em volta do seu ferimento, coloquei as luvas e abri as caixinhas.
"Isso vai doer"- Digo á ele, então me levanto e pego uma toalha no meu armário e lhe entrego-"Morda isso"
Ele não relutou em colocar o pano entre os dentes. Respirei fundo e abri a garrafinha de soro, molhei em um algodão e comecei a aplicar sobre o ferimento.
Ele gruniu se contorcendo sobre a cama e fechou os olhos com força, seu maxilar se apertou contra a toalha e sua mão apertou minha perna com força. Eu conseguia sentir a dor em mim
"Desculpa...."- Eu odeio ele, mas passar por isso ninguém merece também
Eu não parei, continuei limpando o local como estava escrito no caderno. Logo depois eu peguei a seringa com um anestésico que Morgan me deu, afundei a agulha em sua pele e apliquei o medicamento
O olhei e ele estava ofegante, seus cabelos pretos grudavam em sua testa mas nenhuma lágrima caia dos seus olhos. A esse ponto eu já estaria em prantos.
Ele abriu seus lindos olhos azuis e me encarou, com certa súplica para essa tortura acabar logo de uma vez. Eu estava com dó, não tinha como negar. Ele bem que mereceu não é?
"Já vai acabar"- Minha voz saiu embargada.
Segurei seu braço e então apertei a pinça entre os dedos, me aproximei e então apertei o metal contra sua pele e puxei um pedaço de roupa derretida junto com a pele morta.
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Primeiro Livro da saga: Children of the night// One Night
FanfictionOne night : "Não olhe para eles e não cruze seu caminho" - É o que todos dizem quando Octavio e seus irmãos aparecem em algum lugar. Os irmãos Guerra vivem em uma mansão no alto da montanha, na rua mais longa e sem saída de Boston. O quarteto compos...