Capítulo 26

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Isla Krakemburg

A janela bateu e meu coração deu um salto.

Desde o que aconteceu ontem, eu não sei por qual motivo eu estou assustada.

Acho que deve ser o fato do Octávio ser tão imprevisível. Uma hora ele está bem e na outra não, o que garante que em um minuto ele não vá entrar aqui e me matar?

Tudo bem que comentar aquilo sobre o pai dele, foi um erro meu. Eu não gostaria que fizessem ao contrário, mas a reação dele só provou o quanto eu estava certa.

Afinal, isso está no DNA deles. De todos daquela família, isso não tem como mudar!

"Oi Isla"-Prince parou em frente a minha mesa-"Quer ir almoçar?"

"Já está na hora do almoço?"-Olhei o relógio vendo que já se passava do meio dia.-"Nossa, eu nem tinha visto que já era essa hora"

"O dia passou bem rápido mesmo. E com o tanto de relatórios sobre sua mesa"-Ele deu uma risadinha.

Realmente, hoje nossa supervisora tacou relatórios criminais em mim. E não foram poucos, passei a manhã toda fazendo isso e ainda não tinha terminado.

"Bom, eu estou morrendo de fome"-Digo guardando os documentos e fechando meu notebook-"Podemos ir almoçar"

"Tem algum restaurante por aqui que você goste?"-Ele pergunta enquanto me ajuda

"Nenhum em específico "-Dou de ombros e pego minha bolsa sobre a cadeira.

"Bom, então vou arriscar em te levar em um restaurante tailandês "-Ele dá uma risadinha.

"Se eu desperdiçar meu tempo com comida ruim, eu não irei responder pelos meus atos"-Um riso saiu dos meus lábios e começamos a caminhar.

"Confia em mim, não é tão ruim assim"-Ele brinca e acabamos rindo-"Escuta, hoje de noite um pessoal do escritório vai em uma boate. Tá afim de ir comigo?"

"Bom, eu não costumo muito sair assim"-Respondo entrando no elevador com ele-"Mas acho que vai ser legal"

"A vida não é só trabalhar senhorita Isla"-Ele passa seu braço por meu pescoço e beija minha bochecha.

"Eu não sabia que estávamos íntimos assim"-Falo em questão da sua proximidade.

"Desculpa, ultrapassei o limite?"-Me encarou preocupado.

"Não, é só que.."-Não soube o que responder.

Não estou bem acostumada com homens assim. Meu pai é um ogro, totalmente desprezível e os irmãos Guerra...bem, não preciso dizer nada não é? Eles são uns demônios.

"Não quis invadir seu espaço"-Ele se afasta-"É que fica difícil se manter longe de você"

"O que isso quer dizer?"-O encarei sem entender

"Bom, você é bonita, inteligente e muito legal. Só estou dizendo que gosto da sua companhia"-Ele deu de ombros.

"Achei que éramos amigos"-Murmurei surpresa com tantos elogios.

"Nós somos"-Ele responde simples-"Mas só estou querendo dizer, que se tivéssemos uma chance. Poderíamos ser mais que isso"

"Eu não estou aberta a relacionamentos agora, Prince"-Digo mantendo minha voz neutra

"Eu sei que não. Mas se caso um dia estiver"-Ele suspira-"Eu estarei disposto a tentar. Apenas preciso de uma chance para te fazer feliz"

"E o que faz você achar que eu estou triste?"-Cruzei os braços e falei em tom de brincadeira.

 Primeiro Livro da saga: Children of the night// One NightOnde histórias criam vida. Descubra agora