Isla Krakemburg
Meu coração estava disparado, minhas mãos estavam sobre a porta enquanto eu sentia o ar saindo dos meus pulmões me deixando sem fôlego.
A cada golpe eu fechava meus olhos com força. Meu pai estava do outro lado tentando entrar, aos gritos e chutes.
"Deixe-o entrar"- Ouvi a voz de Octávio atrás de mim.
Já se faz três dias que ele está aqui, a enfermeira vem todos os dias cuidar dele e lhe dar os medicamentos e tudo que ele precisava. Agora ele está melhor, mas ainda se recusando a ir para casa
"Não, fique quieto"- Digo lhe repreendendo.
Foi difícil esconder ele aqui, mas hoje quando ele sem querer bateu o braço na porta do banheiro. Ele gemeu de dor e meu pai ouviu
Agora ele está aqui tentando entrar em meu quarto, e eu sei que quando ele passar dessa linha. Muita coisa pode acontecer
"Saia"- Octavio me empurrou para o lado e deixou a porta ser aberta
Meu pai entrou e eu gelei, agora eu já não sabia mais o que era respirar.
"Eu sabia!-"Meu pai nos olhou-"Estava demorando até essa puta trazer alguém para casa"
Quando ele pronunciou essas palavras, vi Octávio lhe derrubar com apenas um soco. Me fazendo gritar!
"Repita isso se você tiver culhão o suficiente"- Octávio se ajoelhou prendendo meu pai apenas com o joelho contra o chão.
"Pare com isso"- Tentei o afastar mas ele nem se mexeu."Pare!"
"Você tem sorte dela estar aqui"-Balbuciou com seu maxilar travado-"Mas ela não estará todos os dias, e reze a todos os deuses possíveis que eu não lhe encontre. Porque quando isso acontecer, você vai saber como é conhecer o quinto dos infernos"
"Octávio!!"- O repreendi lhe afastando e ele deu passos para trás após se levantar.
Meu pai tossiu e apoiou a mãos não chão, em um impulso se levantou e sorriu. Daquela forma nojenta que só ele consegue fazer!
"Tudo que se faz aqui, se paga aqui"-Ele disse apontando para mim antes de sair.
"Peguei suas coisas e vá embora agora"-Digo á Octávio, jogando suas roupas no mesmo.
"Eu te protejo e é assim que me agradece?"-Pega suas roupas e coloca de volta na cama-"Não vou a lugar algum"
"Você está perfeitamente bem, já pode ir"-Respondo séria mas ele finge que nem me escutou.
Eu fecho a porta e escorrego por ela até o chão apoiando minhas mãos em meu rosto.
"Sim, eu já estou bem"- Ouço ele dizer-"Então nós podemos sair, não eu"
"A única pessoa que vai sair, é você. E de volta para sua casa"-Falo séria e determinada, não vou mais ter esse cara folgado aqui.
Eu tenho dormido no chão enquanto ele usa minha cama, meu banheiro está com cheiro de homem e todo dia tenho que ouvi ele reclamar da comida. Isso já deu!
Me levantei rapidamente e fui até a cômoda pegando meu celular, coloquei minha digital e fui pronta para discar o número de Joshua. Mas fui pega quando Octávio puxou o aparelho da minha mão e jogou na cama.
Ele me empurrou contra a parede e envolveu sua mão em meu pescoço com certa força.
"Eu já disse que não vai ligar para ninguém"- Sua voz saiu grave contra meu rosto.
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Primeiro Livro da saga: Children of the night// One Night
FanfictionOne night : "Não olhe para eles e não cruze seu caminho" - É o que todos dizem quando Octavio e seus irmãos aparecem em algum lugar. Os irmãos Guerra vivem em uma mansão no alto da montanha, na rua mais longa e sem saída de Boston. O quarteto compos...