Capítulo 11

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Octávio Guerra.

Eu entrei em casa em passos lentos, meus pensamentos estava distante. Ainda conseguia ouvi os gritos vindo da cidade e de todo o terror que estava sendo causado lá.

Joguei o taco em um canto e as luzes voltaram, mas nossa casa ainda continuou escura. As luzes dificilmente sem acendem por aqui, meu avô gosta da escuridão

"Onde você estava?"-Minha mãe se aproximou-"Onde está os seus irmãos?"

"Por acaso sou eu segurança dos meus irmãos?"-A encarei-"Se quer saber vá você mesma procurar"

Digo cuspindo as palavras em seu rosto e sinto ela me dar um tapa fazendo minha pele ardente latejar.

"Fale comigo com respeito garoto"-Segurou meu rosto com força-"Eu sou a sua mãe, me trate com educação"

"Você não é a porra da minha mãe"-A empurrei-"Só porque você me pariu não significa que você é minha mãe. Você só é mais uma das vagabundas que meu avô mantém aqui para foder"

Eu estava tomando pela raiva, e sentia que se eu guardasse isso eu iria explodir.

"Não venha me dizer só os princípios de como um filho deve tratar sua mãe. Porque você não merece nada além do meu desprezo e ódio-"Digo entre os dentes-"Você é podre e baixa como eles, uma covarde que fica sentada assistindo a porra do seu sogro abusar dos seus filhos"

Meu grito fez ela recuar para trás, com os olhos arregalados.

"Cale a boca"-Sua voz saiu em um sussurro

"Ou o que mãezinha?"- Eu comecei a rir-"Vai chamar quem? Meu pai? Meu avô?"

Senti meus olhos queimarem pelas lágrimas que reluta em cair.

"Você é a porra da nossa mãe"-Chutei a cadeira em minha frente-"Você deveria nos proteger, nos amar, nos tirar dessa merda toda"

Eu fui me aproximando dela e ela recuou ainda mais para trás.

"Você merece tudo de ruim que acontece na sua vida"-A coloquei contra a parede-"Porque uma mãe que fica sentada enquanto seus filhos sofrem, merece morrer e queimar no quinto dos infernos"

"Isso está fora do meu alcance"-Ela finalmente diz alguma coisa-"Você não entenderia mesmo se eu explicasse"

"Foda-se, caralho..."Bati as mãos na parede atrás dela-"Mãe por favor, me diz por que...por que deixou eles nos destruir? Como vai deixar ele fazer isso com o Dean também..."

Abaixei minha cabeça sentindo às lágrimas rolando por meu rosto, eu fechei os olhos e apertei meus punhos. Ela me puxou me abraçando e um soluço saiu involuntário.

"Por favor mãe, me diga"-Suplico baixo-"Me diga porquê..."

"Me desculpa querido"-Ouço ela dizer baixinho.

Então uma mão forte segurou meu ombro e me puxou para trás e eu caí sentado no chão. Olhei para cima e vi Davi's, um dos seguranças.

Ele parou na minha frente e chutou meu rosto me fazendo cair deitado sobre o chão. Coloquei a mão em meu rosto sentindo o sangue que escorria por meu nariz

"Mãe, por favor"-A chamei e ela continuou parada ali-"Mãe..."

Davis me puxando me fazendo ficar em pé, prendeu a gola da minha camisa entre os dedos e começou a me socar. Foram tantos golpes que eu não me lembro de quando perdi os sentidos.

⛰️

Eu acordei e estava deitado na minha cama, eu estava limpo e com roupas de dormir. Meu rosto estava ardendo, quando o toquei senti o inchaço e lembrei da noite passada

 Primeiro Livro da saga: Children of the night// One NightOnde histórias criam vida. Descubra agora