Cap. 41

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Uma claridade entrava pela porta da varanda, iluminando a cabine, abri meus olhos observando o quarto, Mark dormia profundamente ao meu lado, o lençol escondia partes do seu corpo ainda nu.

Suspirei, me lembrando da noite anterior, passei minha mão em seus cabelos, analisando cada detalhe daquele rosto.

- Eu poderia amar você. - sussurro - Talvez já ame. Achei que era melhor te avisar, antes que quebre meu coração, ou eu quebre o seu.

Levantei, enrolando meu corpo no roupão que estava no chão a um canto, entrando no banheiro.

Me olhei no espelho, minhas bochechas estavam pouco rosadas e meus cabelos caiam sobre meus ombros, lavei meu rosto, escovando os dentes.

Quando voltei para o quarto Mark já estava acordado, vendo na tv os cronogramas que Jason e Natasha tinham programado para hoje.

Seus cabelos estavam mais bagunçados que o normal, a luz matinal iluminava seu corpo parcialmente coberto pelo lençol, suspirei ao visualizar aquela cena que mais parecia vinda do paraíso. 

- Bom dia, linda.

Ouvi sua voz ainda sonolenta, dei um sorriso me aconchegando em seus braços.

- Bom dia. Dormiu bem?

Ouvi uma risada abafada, o moreno deu um beijo tímido em minha cabeça.

- Como não dormir bem com uma deusa como você do meu lado?

Sorri, beijando sua mão delicadamente, começamos a ouvir a tv.

Hoje iria ser a cerimônia do casamento no teatro do navio, com direito a jantar chique após o evento, sorri, iria colocar meu melhor vestido.

Então, alguém bate na porta, me enrolei mais ainda no roupão, o olhando, perguntando silenciosamente quem era.

- Surpresa! - ele beijou minha bochecha, se levantando, seu corpo ficou exposto por poucos segundos, até ser coberto novamente por uma bermuda que estava a um canto - Pedi café da manhã para nós.

Ele abriu a porta, um homem alto entrou com um carrinho cheio de guloseimas de café da manhã.

- Bom dia Sr. Briggs e Sra. Justine.

Deixou o carrinho no meio do quarto, dei um sorriso como saudação, logo ele passou pela porta que no mesmo instante foi fechada pelo moreno.

- Sabia que não teríamos pique para tomar café da manhã no restaurante. Quis fazer algo diferente para você.

Me levantei da cama, o abraçando forte, o moreno se assustou, mas logo me abraçou na mesma intensidade.

Logo estávamos na mesinha da varanda, tomando nosso primeiro café da manhã no cruzeiro, olhando aquele azul que não acabava mais.

♡︎♡︎♡︎

Fomos para a piscina a tarde, o sol estava lindo e o céu estava pintado de um azul tão claro e limpo que entrava em contraste com o oceano.

Eu estava usando um biquíni preto, com uma saída de praia também preta transparente.

Mark usava uma blusa de botão florida com uma bermuda caqui, a luz do sol fazia sua beleza ficar mais aparente

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Mark usava uma blusa de botão florida com uma bermuda caqui, a luz do sol fazia sua beleza ficar mais aparente. Confesso que tivemos um pouco de dificuldade para colocarmos roupa.

- Finalmente te encontrei, - Gregory apareceu em nosso lado apertando a mão do moreno, que sorria - precisamos conversar, sobre a Briggs.

E, de repente seu sorriso desapareceu de seu rosto perfeito.

- Acho que não temos mais nada para conversar, tio.

- Os negócios nunca param, garoto! - ele passou seus braços envolta dos ombros de Mark, agora que estava sem terno, conseguia ver todas as tatuagens em seus braços, uma delas era o nome de Grace sua mulher que fora encontrada morta anos atrás, me perguntei se aquela tatuagem já estava lá ou foi feita depois de sua morte - E sua boate está cada vez mais dando lucros! Precisamos trocar umas palavrinhas.

Mark revirou os olhos, parecia que fazia uma força enorme para aguentar os braços do tio em seus ombros, parecia quase minúsculo com Gregory perto.

- Você tem 5 minutos. - Gregory olhou para mim, se perguntando se poderia ter aquela conversa na minha frente - Vamos.

- Se eu fosse você garoto, iria ter mais cuidado em quem confiar tão depressa assim. - Mark pousou sua mão em minha cintura, como se tentasse confirmar sua posição - Enfim, - Gregory não gostou muito de sua decisão - sua mãe pediu mais um lote da minha droga para a sua boate, ela diz que seus clientes vão espalhar os segredos por aí.

Tentei não parecer tão surpresa, afinal, esses ricos sempre estão ligados a drogas. Mas Mark teve uma reação totalmente diferente da minha, suas bochechas ficaram vermelhas, como na última noite antes de atacar aquele mordomo.

- Eu falei para você nunca mais fazer esses negócios com ela sem a minha presença.

Sua voz era calma, muito bem articulada, como se já tivessem tido essa discussão antes e Mark soubesse exatamente como se portar.

- Sua mãe insistiu, falou que deveríamos fundir nossos negócios, família em primeiro lugar certo? E os lucros vão disparar!

O moreno deu uma risada, levando uma de suas mãos a boca, a outra continuava em minha cintura.

- Vocês são uma piada mesmo, uma só se importa com a imagem perante a mídia, o outro com os lucros, e os meus clientes onde ficam?!

- Ficam calados e não espalharam nada sobre sua boate por aí, - Gregory o interrompeu - todos ganham.

Mark negou com a cabeça me olhando, parecia que pedia para sumir dali feito fumaça.

- Vou colocar um ponto final nessa conversa aqui e espero que você nunca mais toque no assunto. Eu não quero mais me deixar levar por dinheiro ou imagem, quero o bem dos meus clientes.

E assim, fomos em direção a duas espreguiçadeiras, deixando o homem para trás, parecia que nos fuzilava com os olhos.

- Sabia que não era para termos saído da cama hoje, - Mark suspirou, soltando seu peso em uma espreguiçadeira derrotado - podemos voltar se quiser...

Passei as mãos em seus cabelos, dando um selinho em seus lábios.

- Não deixe problemas do trabalho afetarem nosso dia, querido. - me sentei do lado dele, pedindo duas bebida para o mordomo que passava - Afinal, é a minha primeira vez em um cruzeiro, vamos aproveitar.

Ele deu um sorriso, mas parecia que não  tinha esquecido o que acabou de acontecer.

Onde eu fui me meter?Onde histórias criam vida. Descubra agora