Onde eu fui me meter?

Cap. 53

Pov Mia White

Passei pela porta do bar, começando a andar com passos rápidos pela calçada, as ruas estavam começando a ficarem vazias, minha respiração estava falhando, estava zonza demais. Ele realmente estava aqui ou eu que bebi muito?

Olhei de relance para trás, meu corpo estremeceu ao ver o moreno atrás de mim, ele realmente estava aqui.

Um turbilhão de perguntas rondavam a minha cabeça, como ele sabia onde me encontrar? Por que estava aqui? Já não tinha me machucado o bastante? Ele me chamou pelo meu nome real?

Mark Briggs veio até a Itália para jogar na minha cara mais um pouco o que eu tinha feito, e eu não queria passar por isso novamente, já havia passado semanas, por que vir até aqui voltar no assunto?!

- Mia, - ele falou atrás de mim, parecia tão perto... - por favor, espera.

Sua súplica me fez parar, me amaldiçoando pelo ato, mas não conseguia me virar para olhá-lo, fechei os olhos com força, ouvi ele chegando mais perto, sua respiração estava intensa.

- Mia, você não sabe as loucuras que fiz para chegar até aqui, não sabe o dinheirão que gastei só para estar na mesma cidade que você, mas isso não importa... - imaginei ele passando as mãos no cabelo, como quando está sem jeito para falar, uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto - não importa porque eu gastaria todo o dinheiro do mundo para estar ao seu lado, faria todas as loucuras que um homem apaixonado é capaz de fazer, só para ver um sorriso em seus lábios.

"Mia White, você conseguiu me salvar quando eu mais precisava ser salvo, conseguiu colorir a minha vida quando só o que eu via era cinza, me fez o homem mais feliz do mundo quando me aconchegou em seus braços e com toda certeza do mundo agora eu entendo o Jack por ter deixado a Rose sobreviver naquela droga de porta porque eu faria a mesma coisa por você!
E... Quando descobri que tudo poderia ser mentira... Eu me vi sem chão e sem você para me abrigar naquela tempestade, me vi sozinho..."

Naquele momento eu já tinha me virado para olhá-lo e me surpreendi por encontrar Mark Briggs chorando na minha frente, estava mais vulnerável que nunca.

- O-o que eu estou querendo dizer é... - os soluços começaram a interromper sua fala, dei uns passos a frente chegando mais perto - Mia, e-eu te amo, nunca parei de te amar... Sempre te amei e sempre vou te amar. Amo como você fecha os olhos quando está brava, como segura minha mão quando está com medo, como me olha e sabe exatamente o que estou pensando, amo sua determinação. E se você me conceder essa honra, espero tê-la ao meu lado para sempre.

Sentia as lágrimas molhando meu rosto, passei as mãos pela sua nuca, o beijando intensamente, tentando mostrar que também sentia o mesmo, que o amava.

Mark passou as mãos em minha cintura, me abraçando enquanto me beijava, foi o beijo mais intenso que já tivemos.

- Nada foi mentira, Mark. - falei entre os beijos - Apesar de tudo, meu coração sempre foi seu.

♡︎♡︎♡︎

Entramos em meu quarto apressadamente, fechando a porta ao entrar, cegos pela vontade do corpo um do outro. Estava tomando seus lábios de uma frota tão desesperada, em uma onda de sentimentos reprimidos, nossas línguas se acariciavam e seu sabor estava confundindo meus pensamentos, eu estava à beira de um precipício, com Mark não havia medo da queda, pelo menos não mais. Ele estava se entregando, eu não ousaria deixa-lo sozinho nessa. Meu coração estava tão acelerado, eu sentia tanta falta dele.

Pensamento que me desequilibrou ainda mais conforme Mark entrelaçava os dedos por minha cintura deixando um rastro de unhas por toda a minha lombar, um gemido escapou e deslizei a perna pela sua, abraçando sua panturrilha. O moreno desceu os braços por meu quadril e coxas, erguendo me em seu colo de forma cuidadosa, porém feroz. Já nos faltava o ar, afastei meu rosto apenas o suficiente para conseguir respirar melhor, cruzando
olhares com aquele oceano sem fim.

Mark se sentou na cama me olhando com um sorriso torto, nossas respirações desconpasadas eram a única coisa que podia ser ouvida no cômodo. Tirei sua blusa, sentindo sua pele na minha, suspirei, dando um beijo em sua clavícula. Como sentia saudade de seu corpo.

Comecei a beijar cada pinta de suas constelações, até chegar na barra de sua calça, onde desabotoei calmamente enquanto me deliciava com os suspiros do meu moreno.

"Meu moreno" um sorriso pairou em meus lábios, ele era meu agora, não de Victoria Justine, era completamente meu e estava se entregando para mim pela primeira vez.

Aquele pensamento me vez acelerar o processo, deixando à mostra sua cueca preta da Versace, sua ereção marcando o tecido. Não deu nem tempo de suspirar, quando Mark não se segurou mais, me pegando no colo e me colocando cuidadosamente na cama. Dando beijos calorosos em meu pescoço.

Em um segundo eu estava com meu vestido preto, no outro ele estava no chão a alguns centímetros da cama, o moreno se deixou apreciar minha lingerie de renda por alguns segundos, o sorriso torto ainda em seus lábios. 

- Vermelho... como você descobriu minha cor favorita?

Ele murmurou voltando a me beijar, tirando meu sutiã com uma mão, meu sexo já estava quente, molhando minha calcinha enquanto Mark massageava meu  peito, beijando meu pescoço.

Gemia com seu contato, sentia tanta falta de ser tocada por ele. Logo éramos um só, alucinados com o prazer, drogados um pelo outro.

Passamos a noite toda nos permitindo explorar cada centímetro do outro, mal percebendo que o sol já estava raiando no céu na manhã seguinte.