Cap. 25

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Mark me levou para o segundo andar, passamos por um corredor largo e enorme para finalmente entrarmos em um quarto. Uma das paredes era azul marinho, enquanto as outras eram brancas, cheias de posters de bandas e filmes, uma cama de solteiro encostada na parede muito bem arrumada e no outro canto havia duas portas de correr que acho que dava para um closet maior que o quarto, casas de ricos são tão previsíveis.

O moreno fechou a porta, tirando o terno, jogando-o na cama e desfazendo sua gravata, andando até as portas de correr, as abrindo e entrando. Bingo! Um closet!

- Vou ver se tem algo para você usar no quarto da minha mãe enquanto lavam seu vestido.

Concordei em silêncio, o olhando tirar a camisa social também, colocando uma outra seca no lugar, começando a andar para a porta do quarto, segurei seu braço carinhosamente fazendo-o parar e me olhar.

- O que foi aquilo lá embaixo? - a pergunta saiu baixa pela minha boca semi aberta.

- Nada, não foi nada.

O olhei silenciosamente, dando espaço para falar, o moreno se soltou do meu braço, andando até a porta, quando a abriu, falou baixo:

- Por favor, não me faça te colocar no meio dessa bagunça.

Então, fechou a porta, me deixando sozinha no cômodo parcialmente escuro, suspirei derrotada, o cheiro de champanhe forte já estava revirando meu estômago e o vestido molhado estava colando em minha pele, onde eu vim parar? Mark estava certo, está sendo um jantar horrível...

Ouvi passos atrás da porta, a maçaneta virando, pelo tamanho daquela mansão, não iria ser Mark, certo?

Um vestido verde claro apareceu no cômodo, Elizabeth.

- Eu sei quem você é!

Ela soltou as palavras em um tom acusador, trancando a porta atras de si, meu coração acelerou, mas minha expressão continuou calma, bem sínica.

- Do que você está falando, Elizabeth? - perguntei - Eu sou Victória Justi...

- Não adianta mais fingir para mim, Mia White! - aquele nome fez meu estômago revirar, jogou uma pasta cheia de papeis na cama - Isso que ganhamos quando somos legais com uma bela dama sozinha em um leilão! Sei tudo sobre você.

- Não sei do que você está falando.

A frase saiu da minha boca sem minha permissão. Fazendo um sorriso sínico dançar em seus lábios.

- Pelo menos é profissional, - a mulher continuou, começando a andar mais para perto, deixando sua boca perto do meu ouvido, falando baixo - fale para Flynn Howard que se o lucro da Briggs descer em 5% eu vou contar toda a verdade para Mark, denuncia-los e tornar a vida de vocês dois um verdadeiro inferno na Terra! A Infinity Nigth nunca mais vai abrir as portas novamente, me entendeu bem?!

Seus olhos azuis me fuzilavam intensamente, meu corpo todo ficou rígido, me deixando parada no lugar, pela primeira vez sentia medo de verdade, medo de perder Mark, de decepcionar Flynn.

Só o que consegui foi balançar a cabeça em concordância, a mulher se virou, andando vitoriosa até a porta, a abrindo.

- Tenho quatro cópias dos seus dados, pode ficar com essa, querida.

O tom de voz doce e misterioso voltou, deixando o acusador e assustador de lado, fechando a porta ao sair.

♡♡♡

- Ela sabe de tudo, Flynn!

Falei segurando o choro com o celular no ouvido, a respiração do rapaz do outro lado da linha era calma e tensa, eu andava de um lado a outro no quarto, já havia revirado a pasta toda, tinha até meus dados médicos ali, que doentio!

- Não entre em pânico, Mia! - a ordem era séria - Eu vou dar um jeito, essa vadia não vai te machucar, não vou deixar.

Respirei fundo, tentando retomar minha postura.

- Ela não está preocupada com Mark e com os sentimentos dele nessa situação, é uma maluca que só está interessada em deixar sua figura publica limpa. - Flynn pensava auto no telefone, enquanto eu começava a arrumar os papeis para dentro da pasta novamente, Mark iria chegar a qualquer momento - Olha, retome sua postura de Victoria Justine, mostre a ela que você é mais forte que essas ameaças.

- Mas... eu não sou... - suspirei, olhando ao redor, pensando em um esconderijo para esconde-la - Porra! Onde eu escondo essa merda?!

O loiro deu uma gargalhada abafada.

- Nunca ouvi você falando palavrão, que linda!

Revirei os olhos, começando a entrar em pânico novamente.

- Cala essa boca, Flynn! Me ajuda!

Abri a porta do closet, abrindo uma gaveta qualquer, havia jóias ali, relógios e anéis em cima de uma almofada para não risca-los, levantei cuidadosamente a almofada, deixando a pasta ali embaixo, fechando a gaveta e a porta do closet.

- Deixei na terceira gaveta do primeiro móvel do closet do quarto dele, embaixo da almofada das jóias, o quarto fica no corredor do segundo andar, acho que segunda ou terceira porta não contei quando ele me trouxe para cá, acha que consegue vir buscar o mais rápido possível?

- Agora falou a minha língua, White! Meus homens vão buscar.

A porta do quarto se abriu, Mark passou por ela com um vestido em mãos, meu coração acelerou, não queria deixa-lo triste.

- Estou atrapalhando?

Ele sussurrou apontando para o meu celular. Balancei a cabeça em negação, falando:

- Tchau mãe.

- O Briggs chegou? - o loiro perguntou, suspirando - Não deixe aquela vadia te assustar, Mia!

- Pode deixar estou me cuidando, depois te ligo!

Desliguei o celular, lançando meu melhor sorriso para Mark, que sorriu também, colocando o vestido na cama. Era branco, curto, maravilhoso.

- Sua mãe?

- Sim, ela me liga para saber como estou, é preocupada demais.

Respondi passando as mãos no vestido, sentindo o tecido macio em minhas mãos.

- Todas as mães são preocupadas demais.

O moreno falou tentando me encorajar a falar mais sobre minha suposta "mãe", pena que não estou com uma mínima vontade de pensar em uma história para contar, só simplesmente sorri, concordando com a cabeça.

Ele sorriu torto, passando as mãos em seus cabelos escuros.

- Bom, vou te deixar se trocar, com licença.

XXX

Desculpem a demora para esse cap, pandemia, ead, provas, estou meio desanimada...

Onde eu fui me meter?Onde histórias criam vida. Descubra agora