CAP 2 Phiby

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Phiby era uma garota meio tímida de cabelos lisos que balançavam nas suas costas e tocavam levemente no começo da bunda, tinha uma franja reta que deixava o rosto da garota ainda mais meigo e arredondado. De fato era uma garota cheia de surpresas. Ela tinha descendência japonesa e apesar de ter nascido na Inglaterra, tinha pleno domínio da língua e da cultura japonesa, também já era de se esperar pois seu pai, o senhor Takashi Yura, era um homem bastante conservador.

Takashi tinha uma empresa bastante conhecida, que levava seu próprio nome. O jovem japonês vinha de uma família de empresários e empreendedores e aos 20 anos já fundara sua própria empresa de importação e exportação de instrumentos musicais. Aos 25 anos ele já tinha duas filiais em três Países diferentes, sendo uma delas na cidade de Cristal, no Brasil. Uma cidadezinha não muito grande, onde conheceu sua, agora esposa, Beatriz. Takashi, em uma de suas vindas para o Brasil, acabou conhecendo a moça, que logo conseguiu fisgar seu coração, e mesmo a família do jovem rapaz sendo contra, acabaram casando doía anos depois, com a bela jovem já grávida de sua primeira filha, Phiby e logo mais tarde, do pequeno Jeremy. Agora com 42 anos, o jovem empresário, já tinha mais de 100 filiais espalhadas pelo mundo.

Takashi queria sossegar um pouco e passar mais tempo com a família, a pedido de sua esposa também, que sempre o cobrava mais atenção. Nesse meio tempo a sogra de Takashi havia desenvolvido um câncer de pulmão e fazia vários exames, dentre eles a quimioterapia. Decidiram então que se mudariam para a cidade de Cristal no Brasil, para que pudessem cuidar mais da pobre mãe de Beatriz, e também, Takashi poderia cuidar de sua empresa dali mesmo.

Phiby acabara de completar 17 anos e já tinha sido matriculada na escola de Dom Pedro. Mesmo sendo tímida já havia feito algumas amizades, como a líder do time de basquete, Katrine. Foi quase que de imediato a amizade das duas; Phiby já tinha começado a frequentar a escola, um pouco atrasada, devido a mudança repentina de país. A morena de olhos puxados, já havia vindo algumas vezes para o Brasil para visitar sua avó e além do japonês, tinha também pleno conhecimento do português, o que a ajudou bastante quando se mudaram. Phiby entrou no meio de março daquele ano, então não tinha perdido muita coisa.

Naquele dia, Phiby estava sentada na arquibancada da escola depois de suas aulas, observando atentamente o time feminino de vôlei, treinando para o torneio que teria em setembro. A garota as observava com um brilho intenso no olhar, mas o que Phiby não percebeu, foi que, ela também estava sendo observada. Katrine tinha saído para tomar água e ao voltar percebeu a presença da novata na arquibancada.

A líder das Tigresas, caminhou lentamente até onde Phiby se encontrava tirando a doce japonesa de seu transe, que se assustou ao perceber em fim, a garota ruiva já perto:

-Nossa, não te vi chegando - Disse Phiby com a mão no peito e com cara de espanto

- Eu que peço desculpas - Interrompeu Katrine se desculpando e se sentando ao lado da menina -Você parece gostar- Continuou Kate, agora já sentada ao lado da garota.

-Como é? -Perguntou Phiby, reparando no uniforme que a menina usava.

O time de vôlei da escola se intitulavam As Tigresas e usavam um uniforme bastante peculiar, por assim dizer, Blusa preta e alaranjada escuro rajado com marcas de garras e desenhos como que rasgos na frente e short preto com um desenha de olhas e garras de tigre atrás -De vôlei -Explicou Katrine, fazendo a menina novamente sair do transe

-Ah sim, bastante - Respondeu Phiby com um sorriso largo e amigável.

-Então o que você acha de fazer um teste para entrar no time?

Katrine se levantou, arrumou seu uniforme e estendeu a mão em direção a garota esperando uma resposta. Phiby fitou a garota a sua frente e timidamente aceitou a proposta da, até então, desconhecida. Enquanto desciam a arquibancada, Katrine olhou para trás e encarou a garota que vinha logo atrás e com um sorriso e com a mão na nuca disse:

Signos: Uma História Não ContadaOnde histórias criam vida. Descubra agora