CAP 12 - Segredos

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Depois da conversa com seus celestiais, Diego abriu os olhos e olhou para o celular, era 3:30 da manhã, e constatou o que no seu íntimo já sabia, ele havia pegado no sono. Diego se levantou de sua cama e caminhou, ainda sonolento, até a janela ao seu lado que se encontrava aberta. A brisa suave, acariciava meiga e serena a pele do garoto que apenas percebeu que estava sem camisa por causa de um arrepio que percorreu todo seu corpo. Era estranho, desde a sua chamada ascensão, Diego não se lembrava de ter sentido frio, e tão pouco calor, talvez ele tivesse adquirido alguma resistência quanto a essas coisas, mas não importava, pois o que realmente estava ocupando a cabeça do garoto era outra coisa. -Como caralhos vou fazer pra encontrar aquele maldito?

De fato, o mensageiro de Tenebris não havia deixado qualquer informação de quando, como ou onde iriam se encontrar. Essas perguntas martelavam a mente do garoto que tentava colocar o bloqueio parcial em prática, assim como aprendeu com aquários, pois sabia bem o que aqueles dois pensavam sobre essa ideia. Diego tentou mandar tais pensamentos para longe esfregando os olhos e bocejando enquanto erguia os braços a fim de alongar suas costas, lavando em seguida, uma de suas mãos até a janela, para assim, fechá-la, mas algo chamou sua atenção. Ao olhar para fora Diego avistou uma figura um tanto quanto inusitada. Talvez não fosse nada, talvez fosse apenas uma coincidência, mas aquele cachorro, que por sinal Diego o identificou como da raça pastor alemão, negro e sombrio como aquela noite, olhava fixamente direção do garoto. Algumas pessoas apenas fechariam a janela, de preferência até a cortina mas não Diego. Esse garoto era dono de uma coragem excepcional e uma curiosidade maior ainda, Diego por fim, era conhecido como o mais observador e detalhista que havia em sua escola, tinham até os que diziam ser de toda a cidade.

Depois de uma disputa de olhares, o animal finalmente começou a caminhar em direção a janela do segundo andar daquela casa. Diego o observava fixamente até que percebeu que o tal animal deixou algo debaixo de sua janela. Diego poderia apenas ter ignorado toda essa situação um tanto quanto, estranha, assim como cada célula de seu corpo implorava para que o fizesse, mas as dúvidas que atormentavam e a curiosidade incessante, fizeram com que o garoto saltasse de sua janela quase que por impulso. Diego caiu em pé, com um dos calcanhares levemente levantado e o outro firme e imponente fixado ao chão, seus braços levemente arqueados como se preparasse para correr e as pontas dos dedos curvados, tal qual as garras de um felino.

-Droga, como diria o DeadPool no filme, pose de super herói. -Diego achou engraçado a comparação, o que o fez sorrir levemente.

O garoto pegou um pacote pardo que o cão havia deixado antes de desaparecer na escuridão que cercava a casa.

-Você vai mesmo ir vê-lo Dia? - A voz doce mas preocupada de Aquários, invadiu a mente do garoto, que até então, estava concentrado pensando se abriria o pacote ou não.

-Eu preciso saber...

-Ele é um mestre em manipulações garoto. - Agora foi a vez de Biakko alertar Diego

-Eu sei, ouvi a história de vocês, mas quero saber o porquê desse interesse todo em mim.

-Teimoso igual ao pai, pois bem garoto, ao menos deixe para abrir isso lá dentro, assim você pode liberar sua forma celestial para prevenir qualquer tipo de ataque surpresa.

Diego sabia que tinha uma possibilidade real daquele pacote ser algum tipo de ataque, e não queria correr o risco de abrir dentro de sua casa, afinal, não tinha a certeza de que sua mãe já havia chegado, e também estava apreensivo de que se ela descobrisse aquilo tudo, faria algo para impedi-lo, ou pior, chamar a Jéssica para intervir.

-Tudo bem, mas vamos fazer isso longe daqui, acho que lá no coreto tá bom.

-Interessante o lugar que você escolheu Di. -Diego podia sentir o tom de sarcasmo vindo da jovem ninfa.

Signos: Uma História Não ContadaOnde histórias criam vida. Descubra agora