Cap 21- Início , Meio e Fim

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-O que está acontecendo? Onde eu estou? -Diegovacordou meio atordoado.

A última coisa de que Diego se lembrava, era de estar tomando o café da manhã que Jéssyca havia preparado

-Não se preocupe, garoto, você está seguro.

A voz feminina e macia atingiu Diego como um soco. Mesmo atordoado, o garoto reconheceu aquela voz, também poderia, conviveu com ela sua vida inteira.

-Mamãe?

Silêncio. Uma gota de água caia de um cano em cima de um tambor, era um barulho estrondoso diante daquela infernal calmaria. Diego conseguia escutar seu próprio coração acelerado, tal qual a violenta vibração da veia atingindo rigorosamente a janela trincada. Ao poucos tudo se tornava mais claro, o galpão ia tomando forma.

Ao olhar com certa dificuldade para o lado, procurando desesperadamente encontrar aquela voz, um nó se formou no estômago do garoto ao sentir, agora que seu olfato estava despertando novamente, o cheiro podre de sangue. O desespero aumentou quando uma espécie de maca, encardida com sangue, se fez visível.

-Não posso dizer que ela está mesmo aqui criança. Digamos que ela está em uma espécie de coma.

-Quem é você inferno? -Diego gritou o mais alto e voraz que pôde.

-Você sabe, no fundo você sabe. Eu estava ansioso para te encontrar Diego.

Os olhos do garoto mudaram repentinamente enquanto Diego tentava inutilmente conseguir alguma forma de se transformar e foi exatamente nesse ponto que percebeu que aquele silêncio também se infiltrou dentro de seu ser. Diego tentou chamar por Aquário mas sem sucesso. -Tenebris. -Final mente o garoto chamou pela criatura que agora se encontrava a sua frente examinando curiosamente aquela mudança repentina dos olhos de Diego.

Tenebris não demonstrou, mas cada fibra de seu novo corpo deu sinal de vida, uma vez que não esperava qualquer tipo de manifestação celestial no garoto devido ao seu estado atual.

-Sabe, você deve está chamando por eles, mas sinto lhe dizer, eles não vão atender.

-O que você fez com eles? -A fúria nos olhos de Diego aumentava gradualmente. -E como conseguiu esse corpo? Minha mãe nunca permitiria isso?

-Bom, respondendo sua primeira pergunta, eles estão bem, apenas cortei a comunicação de vocês. Eles estão dormindo feito pedra, tendo lindos pesadelos. -A expressão diabólica no rosto de Tenebris fez com que Diego desejasse ainda mais ceifá-lo, mas logo essa vontade se foi, quando perde eu uma única e solitária lágrima escorrer pelo rosto de Mary.

-Você vai pagar por isso. -Diego rangia os dentes enquanto forçava os braços amarrados na cadeira em que estava.

-Nervosinho seu filhote em? Sabe criança, esse é meu poder, Ilusão caótica. Eu geralmente não conto pra ninguém, nem para meus pilares, mas como daqui a algumas horas você vai estar... bem, não importa. O fato é que eu consigo criar um reino de pesadelo em qualquer ser deste universo apenas olhando para meu alvo, ou com apenas uma gota do sangue da vítima, o que responde a sua segunda pergunta. O problema do meu poder é que se minha presa tiver ciência de que está em uma ilusão, ela consegue sair, por isso tomo muito cuidado, e sua mãezinha, ah, vou te falar viu, essa é osso duro, eu precisei trabalhar bastante, mas no fim ela se rendeu e também, tive uma certa ajuda, mas isso não vem ao caso.

-Cala a boca! -Diego interrompeu bruscamente.

Tenebris deu um meio sorriso sarcástico, de alguma forma, aquela mente distorcida estava apreciando cada detalhe, do que poderíamos chamar de, tortura. Mas algo ainda assim o incomodava. Tenebris deu uma dose considerável de um veneno feito de asa de celestial e orquídea, capaz de deixar inconsciente por várias horas até 5 celestiais. Aquele ser planejou tudo para que Aquário ficasse inconsciente para que não pudesse atrapalhá-lo uma segunda vez.

Signos: Uma História Não ContadaOnde histórias criam vida. Descubra agora