Cap 22- O Confronto

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(Parte1)

A gargalhada nefasta de Tenebris penetrava fundo nos ouvidos de Diego, enquanto o garoto negava aquela acusação, rezando para que fosse mentira, mas seu cérebro o traiu. O fato de sua mãe nunca falaram de seu pai, estar sempre reclusa e principalmente desconversar toda vez que ela queria saber sobre o acidente do pai, tudo estava se encaixando, tudo fazia sentido. Se fosse uma mentira, era a das mais bem boladas.

Aquários tentava chamar pelo garoto, mas Diego estava perdido em uma fúria descomunal, um ódio profundo embalava o coração do garoto que urrou absurdamente alto, enquanto deixava transparecer suas presas e seus olhos azuis de felino.

As correntes de aço fundido que o prendiam à aquela cadeira fétida, se partiram com tamanha facilidade, tal qual uma folha de papel. Naquele exato momento Tenebris sentiu um sentimento que a muito tempo não sentia, era pequeno e frágil, quase imperceptível. Era medo.

Diego já não pensava com clareza, seu corpo estava pesado, uma vez que Aquários tentava inútilmente pará-lo. Nada do que saia da boca da ninfa fazia diferença, Diego não estava escutando, parecia estar em uma espécie de transe, tinha se tornado uma besta incontrolável e furiosa.

-Você é fraco garoto, não tem coragem de fazer o que está pensando. Escolhi essa mulher exatamente por isso, sabia que não teria a coragem necessária. -Tenebris se posicionou de braços abertos esperando a chegada de Diego.

As palavras vomitadas por Tenebris a fim de fazer com que Diego se enfirecesse ainda mais, foram inúteis, uma vez que tudo o que o garoto conseguia ver, era uma presa que ele deveria matar sem pestanejar.

Diego arqueou os dedos das duas mãos, que a essa altura pareciam mais duas patas do que mãos propriamente ditas, enquanto se aproximava de Tenebris com um olhar loucamente furioso. -Você vai pagar por isso. Isso é tudo sua culpa.

Tenebris já não sabia para quem Diego estava direcionando seu ódio, se para ele ou se para aquela casca que servia como seu receptáculo. Talvez fosse para os dois.

Diego, a menos de dois metros, flexionou as pernas, assim como um tigre fitando sua presa, e saltou na direção de Tenebris com uma de suas garras extremamente afiadas, mirando no peito de Tenebris, mas algo parou o ataque repentinamente.

-Diego se acalma. -Jéssyca caiu do teto segurando o braço de Diego forçando-o para trás a fim de impedir que Diego acertasse em cheio o algo.

-Diego você está sendo manipulado. -Katrine estava agachada com as duas mãos na barriga do garoto ajudando a pará-lo.

-É isso que ele quer. Se você matar sua mãe, você se tornará uma marionete dele. -Ketle, que também ajudava a segurar o garoto o puxando pela cintura, se fez presente em meio a toda aquela poeira que precipitava pouco a pouco.

-Sai da minha frente, eu vou fazer ele pagar. -Diego com toda sua fúria retomou sua trajetória, arrastando as três amigas consigo, enquanto que Tenebris, com uma feição agora seria, apenas tirava arrogantemente a poeira que cobria seu corpo.

-Se vocês estão aqui, quer dizer que aqueles imbecis dos três pilares menores acabaram morrendo. Droga acho que vou ter que acabar com vocês eu mesmo. -Tenebris se aproximou rapidamente de Jéssyca enquanto ela segurava Diego ainda pelo praço a acertando um soco direto em seu abdômen, a jogando em seguida na parede ao lado.

-Que força absurda. -Jéssyca foi lançada com apenas um simples toque, o que mostrou a força absurda de Tenebris.

-Como você ousa... -Diego não tempo de reação, quando percebeu já era tarde demais, Katrine e Ketlen foram lançadas em direções opostas.

Signos: Uma História Não ContadaOnde histórias criam vida. Descubra agora