CAP 23 - A Grande Batalha

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Então quer dizer que finalmente acordou? Acho que vou ter que levar a sério agora. -Tenebris não conseguiu esconder o tremor das palavras que ressoavam de seus lábios.

Em alguns milênios atrás, nascia em uma estrela longínqua, um ser predestinado a liderar e a ser fonte de justiça. Os celestiais não eram gerados, mas nem mesmo eles sabiam sua própria origem, uma vez que apenas surgiam no universo, não tendo parentesco com ninguém, já que eram estéreis e não podiam se criar ou se reproduzir. Eram seres únicos, fantásticos aos olhos de meros humanos que nem ao mesmo os conheciam na essência.

Essa celestial apesar de todas as expectativas dos demais, era tratada como uma forasteira, pelo único fato que continha uma aura diferente que abrangia tanto a luz como também a escuridão e por surgir na forma de uma criança que aos poucos se evoluiria, ao contrário dos demais que já surgiam com o amadurecimento formado.

Talvez pelo medo ou por inveja, Aquários, como foi chamada, foi deixada de lado e excluída diversas vezes, mas quem mais á odiava, era Tenebris. Talvez por não conseguir saber como foi o surgimento da pequena, ou talvez pelo simples fato de que, aquele ser tão pequeno, tão frágil, continha mais poder que ele mesmo podia mensurar.

-Vamos brincar Tetê? -Aquários, sempre chamava Tenebris para brincar de algo.

-Me deixa em paz, estou trabalhando agora criança.

-Mais Tetê, eu não tenho nada pra fazer, só um pouquinho vai...

-Já disse que não Aquários, se quer fazer alguma coisa, por que não seja útil e pegue aquelas amostras e joga fora? -Já que Tenebris não conseguia se livrar da pequena, começou a delegar tarefas que para ele, eram indignas dele mesmo fazer, como buscar algo, jogar o lixo fora, limpar etc...

Mas um dia tudo mudou, uma de suas experiências fracassou miseravelmente e isso deixou Tenebris frustrado, neste momento Aquários chegou, toda feliz com um sorriso no rosto mostrando algo que ela mesma tinha criado. Não era nada demais, apenas uma caixinha para guardar as coisas, mas era detalhada, uma espécie de cofre. Tenebris perdeu a calma e levantou a mão o mais alto que pode, a criança que estava ali parada com os olhos brilhando e com as mãos estendidas com sua mais nova criação, sentiu seu rosto arder e seu corpo ser jogado com violência no chão.

Os olhos assustados de Aquários não disfarçavam a surpresa e a tristeza que se instalaram em seu peito. A Partir daquele dia, Aquários não voltou a ir no laboratório de Tenebris e o evitava constantemente.

-Até que enfim nós encontramos de novo Tenebris. Vamos lá, vamos brincar de novo. -Diego caminhava ao encontro de Tenebris com o olhar sério enquanto olhava fixo para o corpo que Tenebris habitava.

-Você está bem? -Diego, ainda com uma voz duplicada, se dirigiu a Jéssyca que estava a uma certa distância.

-Di... -Foi a única coisa que Jéssyca conseguiu falar antes de ser interrompida.

-Não me ignore seu verme. -Tenebris se aproximou com uma velocidade absurda com uma segunda lâmina na mão, pronto para perfurar o peito de Diego.

-Não nos esquecemos de você. -Diego com apenas os dedos indicador e polegar, segurou a lâmina de Tenebris.

Os olhos de Diego se voltaram vagarosamente para Tenebris que estava atônito em sua frente, o que o fez recuar um pouco para trás.

Era visível o ódio estampado nos olhos de Diego que logo em seguida, se aproximou de Tenebris quase que instantemente, deixando o vilão novamente sem reação e sem conseguir se esquivar, sentiu o encontro grosseiro da palma da mão do garoto em seu rosto, com tamanha violência que o atirou para o lado, o que o fez cair violentamente no chão enquanto que Diego mantinha a postura serena e visivelmente irada.

Signos: Uma História Não ContadaOnde histórias criam vida. Descubra agora