Signos: Uma História Não Contada

CAP 9 - GÊMINI

Phiby, já tinha chegado em casa, quando escutou um barulho estrondoso, tal qual um raio, que vinha na direção da pracinha.

-Parece que começou - pensou a garota, apenas dando as costas e entrando em seu quarto.

Os pais de Phiby já haviam se deitado, assim como também seu irmão, e mesmo que quisesse se deitar, Phiby realmente queria mais um banho.

Debaixo do chuveiro, com a água morna percorrendo todo seu corpo, dando uma sensação de relaxamento, enquanto sua mente estava distante dali, mais especificamente na conversa e na promessa de um encontro no dia seguinte feita lá na lanchonete do Bill.

-O que será que visto amanhã?

Um suspiro profundo tirou a garota de seu transe, passando as duas mãos em seus cabelos e em seguida nos olhos. A água quente do chuveiro estava bastante receptiva, mas a garota já havia demorado tempo suficiente, antes que seus pais batessem na porta reclamando de qualquer coisa.

Phiby colocou apenas uma calcinha mais larga e uma blusa mais comprida para dormir, e se deitou pegando seu celular que antes tinha jogado em sua cama. Passando as conversas, viu que tinha uma notificação de Katy

-Oi Katy, cheguei bem sim. Demorei a responder porque estava precisando muito de um banho.

-Pra apagar aquele fogo todo, né? Entendo - A resposta de Katy veio em menos de três minutos depois.

-Nem sei do que você está falando

-Não sabe não, né... sei. Que horas vão se encontrar amanhã?

-De tarde. De manhã já tenho compromisso.

Phiby sabia bem que a amiga tinha dormido com o celular na mão, pois parou de responder do nada, pensando nisso, a garota soltou um pequeno e cansado sorriso. A garota colocou o celular pra carregar enquanto tocava baixinho uma das músicas que ela mais gostava, "Amor e fé" da Hungria.

-É acho que está tudo indo bem. Será que posso passar pra segunda parte? - Phiby apenas olhou para o lado, em direção a janela à sua esquerda.

-Ele é perigoso, parece que ele acendeu. - Um vulto na parte escura quase atrás da cortina respondeu.

-Ele é meu objetivo, meu destino, nem pense em se intrometer.

-Só estou falando para ter cuidado. Se ele descobrir a verdade sobre o pai dele, as coisas podem ficar muito feias.

-Primeiro, eu não tive nada haver com isso, segundo, ele não vai descobrir, agora deixa eu dormir que amanhã tenho um encontro com meu destino.

O volto apenas deixou de existir e a garota apenas fechou os olhos e deixou que o sono e o cansaço a embalassem num profundo sono.

[•••]

Diego levantou com um feixe de luz do sol que esgueirava dentre a cortina fechada de sua janela. Já estava na hora de levantar e encarar o pessoal na escola, que agora, depois de sexta no Bill, certamente iriam aparecer bastante perguntas de como foi a suposta consulta. - O que vou dizer? - Diego pensava enquanto se aprontava para descer e tomar café antes de sair.

Mary já havia saído para trabalhar, mas deixou o café do filho pronto à mesa.

-E aí fadinha? Dormiu bem? -Jessy apareceu na janela da cozinha a abrindo e com um único salto pulou pra dentro do cômodo indo em direção a refeição do amigo e pegando um dos misto quente que Mary tinha preparado. Ela estava apenas com aquelas pernas de bode, que Diego ainda achava estranho.

-Ta louca Jessy, quase infartei agora. -Diego mantinha uma cara de surpresa enquanto tentava acalmar seu coração. - E aquela conversa de não usar as habilidades em público?