Cap 29

179 13 0
                                    

Diabo 👹

Sair da casa do brechinha e fui em uma boca ali perto, peguei umas drogas e subir em direção minha goma.

Tava subindo de boa minha moto, quando um louco sair do beco correndo, desviei rápido pra não bater, mas ainda pegou de raspão, parei a moto e desci.

Fui até o ser que tava no chão e vi uma rata de esgoto chorando, a bicho, de novo ?

Ratinha: tá traçado a me encontrar sempre no fracasso?! - falou dando um sorriso sem graça enquanto lágrima caíam pelo seu rosto.

Diabo: nem fudendo, já basta o meu. - ajudei ela a se levantar - machucou?

Ratinha: só a mão - mostrou a mão que tava ralada

Diabo: quer ir no médico? - ela revirou os olhos - tá machucada pô

Ratinha: não é pra tanto, vou pra casa.

Diabo: te levo, sobe aí - falei indo até minha moto.

Fomos até a casa dela. Chegamos e a mesma desceu.

Ratinha: quer entrar ? Beber algo ?

Diabo: não  - falei seco

Ratinha:  em agradecimento pelas duas vezes, não quero ficar devendo - falou e me puxou pra dentro da casa - o que tu quer beber?

Perguntou e eu dei de ombros, ela abriu a geladeira.

Ratinha: só tem água - revirei os olhos

A mina chama pra beber algo e na hora só tem água.

Ratinha: vou comprar cerveja, senhor Zé é aqui perto.

Diabo: deixa que eu vou

Ratinha: ai tu não volta - falou e saiu.

Fiquei ali esperando e nada da rata, já tava pensando em passar um rádio, mas aí a retardada entrou sorrindo.

Diabo: que foi ?

Ratinha: uma criança falou que sou bonita- olhei negando - criança é sincera

Diabo: isso eu sei, mas pensei que era algo diferente. Que tu é linda, até cego sabe pô.

Ela me olhou sorrindo, seus olhos brilhavam, quando pensei, ela já tava era chorando.

Diabo: e ala. Colfoi do bagulho ?

Ratinha: nada, é porque criança é sincera, eu esperava ouvir isso ou não de uma. Mas nunca de você.

Dei de ombros e fui me sentar no sofá, tomando minha cerveja. Peguei as drogas no bolso.

Diabo: aê, aonde é o banheiro ? - ela apontou e eu fui em direção ao mesmo.

Tava passando o efeito das drogas e eu precisava cheirar mais,  entro no banheiro e logo mais dou três puxada no pó. Saio e volto pra sala, olho no relógio e marca 15:47.

Diabo: vou chegar em casa - falei tentando manter a calma do pânico.

Ratinha: vai não, pega a cerveja. Não vou beber só - me entregou e eu dei um gole na mesma. - me conta sobre você! - falou me olhando

Diabo: sou dono desse morro e me chamo diabo - falei o óbvio e ela revirou os olhos - e tu ?

Ratinha: sou Ratinha, filha do cacique - falou óbvio e riu

Fiquei um tempo olhando pra ela e me bateu uma onda de querer beijar essa maluca. A mesma me encarava, então me aproximei dela e sem mais ataquei sua boca. A mesma correspondeu, nosso beijo se encaixou de um jeito, que só paramos de beijar por conta da falta de ar.

A Dama Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora