·᳝∴̣࣭Chapter 9·᳝∴̣࣭

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POV: Harry

Eu fiz meu caminho pelos corredores, em direção ao salão comunal da Grifinória, assim que entrei fui instantaneamente bombardeado com perguntas.

— Harry! — Hermione quase gritou, correndo e me abraçando tão forte que mal conseguia respirar.

— Ei, Mione. —  Sorri acariciando suas costas.

— Caramba companheiro! Onde você esteve? — Ron questionou, ele apareceu do nada.

— Com alguém... — Eu comecei, sendo interrompido por um grifinório do sétimo ano.

— Dormindo com o Malfoy, eu aposto! — Ele rosnou. — Traidor do caralho! — Ele gritou, seu rosto ficando com uma horrível cor roxa, me fazendo tremer e recuar, apavorado, ele parecia tanto com o tio Válter naquele momento.

— Oh, foda-se seu verme maldito! — Ron rosnou, puxando eu e Hermione para fora do salão comunal para os corredores, Dean, Seamus e Neville seguindo. — Harry. Explique agora. — Ron disse, seu braço protetoramente envolvendo meus ombros, e nós seis fizemos nosso caminho para um corredor vazio. Nós deslizamos contra a parede e eu comecei a explicar.

— Os Dursleys abusaram de mim... — Eu comecei, e houve uma pequena pausa de completo silêncio, notei Seamus com a cabeça deitada no ombro de Dean, o que me fez sorrir, estou feliz por eles estarem felizes. — Mentalmente, fisicamente e emocionalmente. Eu morei em um armário embaixo da escada por dez anos... — Sussurrei e Hermione esfregou meu braço para me confortar. — Eu cozinhava, limpava, cuidava do jardim, tudo, e tinha sorte se conseguisse as sobras de uma refeição a cada quinze dias. Isso também continuou durante os feriados. — Eu tomei um grande suspiro de ar.
— Ah, e o jogo favorito de meu primo idiota, chamava-se "Caça ao Harry". É basicamente onde seus ele e seus amigos me perseguiam pelo parque quando eu era expulso de casa, sem nenhuma razão pelos meus tios malucos, e quando aquele projeto de gangue do meu primo me pegavam, o que eles sempre faziam, porque se eu não... Não deixasse meu tio me bateria quando chegasse em casa... Eles me batiam até que eu visse pontos pretos no céu e me deixavam para voltar para casa. — Eu já estava tremendo violentamente a essa altura, e tudo começou a nublar em minha mente, eu preciso de Draco, agora. Meus amigos estavam me abraçando, me dizendo que eu não precisava explicar nada.
— E se os ovos do meu tio queimassem o mínimo que fosse, ele pegava meu braço e segurava sobre as chamas do fogão a gás até ficar vermelho, o tempo todo eu gritava para parar, mas nada adiantava, o-ou ele aquecia uma espátula e m-me espancava com isso. — Eu estava sobrecarregado e envergonhado, mas eles mostraram simpatia. — Isso é o que acontecia principalmente, palmadas, eu estava sempre descalço, e geralmente apanhava com um cinto grosso de couro dobrado, uma colher de pau ou espátula, ele tinha duas dessas, uma era para cozinhar e outra para bater... — Parei, meu coração estava batendo rápido, a borda da minha visão estava embranquecendo, e um único nome estava se repetindo em minha mente, Draco. — E-eu estarei de volta em um minuto... — Sussurrei, e com isso eu estava correndo pelos corredores com pessoas me chamando, mas antes que eu percebesse eu já estava nas masmorras, em frente ao quadro do salão comunal da Sonserina. E para a minha sorte Blaise apareceu em minha frente.

— Harry! — Me virei em sua direção.

— Você pode chamar o Draco? — Sussurrei, minha voz vacilante.

— Claro. — Ele respondeu, entrando no salão comunal. Eu sabia a senha, só não achei que seria sensato entrar sem um amigo sonserino.

Nem tinham se passado três minutos, os dois garotos saíram, Draco parecendo perturbado, com Pansy o seguindo. — O que aconteceu? — Ele me perguntou com certa urgência, e eu engoli em seco.

Ugly truth [pt/br] • drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora