000

5.1K 347 397
                                    

PROLOGUE,
Boas Vindas, Aurora Miller

rue on.

aurora estava inacreditada ao se encontrar novamente nessa rua, após anos e anos sem ver seu pai, pessoalmente. quase sentiu vontade de voltar correndo para o ônibus para boston e se desculpar com a sua mãe.

mas Aurora é orgulhosa demais para isso. o que a fez respirar fundo e caminhar até seu pai, que por sorte, estava mexendo no seu carro velho em frente a casa velha.

rue off.

Seguro firme na minha mala de rodinhas e assim que meu pai me vê ele sorri e vem até mim.

— Olha pra você! — ele sorri me abraçando. — Minha pequena Rory.

— Oi Frank — ele beija minha bochecha e me analisa por um tempo. — Ninguém me chama de Rory.

— Vamos lá, abre uma excessão do seu velho — eu dou um sorrisinho, mas desmancho ao sentir o cheiro de álcool. Algumas coisas nunca mudam. — Estava saindo agora, tenho que resolver algumas coisas.

Ele segura a mala e pega minha bolsa de mão. Andamos até a sua casa, igual. Escura, pequena, bagunçada...

— Deixe sua mochila ai, vem — eu jogo minha mochila no chão da sala e saio de casa junto com ele. — Entre, entre — ele realmente está muito animado. Entro no seu carro e a primeira coisa que faço é colocar o sinto.

— Aonde vamos?

— Eu pensei que você ia chegar amanhã, eu tenho que fazer um corre agora. Mas irá ser bem rápido, filhota — ele olha pra mim sorrindo. — Nossa, quanto tempo. Seu cabelo está lindo, como o da sua mãe.

— As pessoas dizem isso, mas os olhos...

— Igual a do seu pai — ele completa e eu sorrio de leve. — Como ela está?

— Mamãe? — ele concorda. — Com um vagabundo de merda... Caindo no próprio vômito após festa — reviro os olhos. — Nada de mudou — analiso o bairro pela janela.

— Quantos anos você tem agora?

— 15, Frank — uma garota morena cai de bicicleta no arbusto, vejo a cena rindo pelo nariz.

— Puta merda, você é uma mulher já! Estou realmente velho... Ainda será uma garotinha pra mim.

— Considerando que a última vez que nos vimos eu tinha 9 — olho pra ele debochada. — Deve estar confuso mesmo.

Após isso, ele não responde. O céu já escureceu, Frank para o carro dentro de uma rua fechada, as casas são todas iguais, amarelas. Olho em frente, tem mais um carro e uns caras em pé. Após tanto tempo ele ainda usa drogas... É, esse é o Frank, meu pai. Olho pra ele, que está mexendo no celular.

— Venha — ele diz saindo do carro, mas eu fico aonde estou. Não estou louca, ainda. — Rory, você tem que vir.

— Por que?

— Eu sou seu pai, estou mandando — reviro os olhos e tiro o cinto irritada, saio do carro e paro em sua frente nervosa.

— Essa carta não irá funcionar sempre, Frank — ando com ele até o outro carro.

— Eai Frank, essa é a sua filha? — diz um deles ele fala arrastado. Meu pai concorda — Beleza, vamos acabar logo com isso. Entra no carro, garota.

all for us, 𝗮𝘀𝗵𝘁𝗿𝗮𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora