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CAPÍTULO 4,
O Toque de Ashtray


ME OLHO NO espelho pela última vez. Ah, eu sei que tenho problemas com a minha aparência, reviro os olhos ao ver minhas coxas, e depois disso para meus braços finos, suspiro firme e pego minha blusa com tecido leve na cama e coloco, agora uso uma regata, uma calça super larga que esconde minhas pernas e minha blusa vermelha. Péssimo, mas pelo menos não da pra ver a horrorozidade que meu corpo é. Penteio meu cabelo de leve com meus dedos e pego meu skate saindo do quarto.

— Frank? — o chamo pela casa. — Se estiver em casa saiba que eu estou indo e volto tarde.

Fecho a porta e encontro Gia na rua.

— Oi Gia — sorrio e caminho até ela.

— Oi Aurora, como está se adaptando na nova vida?

— Eu não estou adaptando — rimos. — Acho que é só questão de tempo.

— Certeza que sim — ela me olha. — Bem, não quero te atrapalhar, seja lá aonde estiver indo.

— Nós vemos por aí?

— Eu espero que sim — ela sorri amigável. Eu subo em cima do meu skate e ando até a casa de Fezco e Ashtray. No caminho, meus olhos firmão bem em uma cena que não esquecerei tão cedo. Cassie entrando no carro do Nate em uma rua isolada, fica cada vez pior, meu Deus.

Não sei o que fazer com uma informação tão forte, creio que ficarei na minha. Mas eu sinto pela Maddy, ela é uma garota legal. Pensado bem, sinto pela Cassie também, ninguém deveria se envolver com alguém tão ruim como o Nate Jacobs. Pelo o que eu sei dele, não é coisa boa.

Fecho os olhos, ao sentir o impacto da minha bunda caindo contra o chão, mas que merda, Cassie e Jacob!

Coloco minha mão nas costas e resmungo, pego meu skate que caiu e olho para minha mão rasgada sangrando um pouco. Subo em cima do skate novamente e vou direto até a casa de Ashtray. Assim que chego, bato na porta.

— Ai, mão caralho — reclamo comigo mesma. Burra.

O que tem sua mão? — Fez pergunta rindo. — Eai pequena, entra — ele dá uma bagunçada no meu cabelo e me da espaço pra entrar.

— Ah, não enche — rio e deixo meu skate em pé na sala. — Me distrai no caminho.

— Po, eu não ia conseguir passar 2 minutos em cima desse negócio.

— Eu sei que não — rimos, na sala eu vejo Ashtray falando no telefone, assim que ele me vê, desliga. — Eai, Ashtray.

— Fez, eu e a Aurora vamos assistir uns filmes chatos que ela quer, tá afim?

Mostro o dedo do meio pra ele e me viro para Fez esperando que sua resposta seja sim.

— Eu vou passar um tempo no mercadinho, irmão. Mas se divirtam — ele pega um casaco e vai até mim, beija o topo da minha cabeça e se despede de Ashtray, indo embora.

Fico imóvel com o contato de Fez, ele acabou de beijar minha cabeça. Como um contato de carinho? Ele demonstrou um tipo de feição para mim, será que ele confundiu de pessoa? Mesmo se tiver confundido, foi mágico. Oh, Deus. Quanto tempo não recebo um tipo de afeto.

— Vem — Ashtray me chama, caminhamos até seu quarto em silêncio. — Você precisa lavar a sua mão antes, não quero seu sangue na minha cama.

Sorrio e vou até ele, rapidamente toco a palma da minha mão em seu pescoço, fazendo ficar uma marca ali.

all for us, 𝗮𝘀𝗵𝘁𝗿𝗮𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora