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CAPÍTULO 15,
O Jogo da Garrafa

ESTOU TENTANDO IGNORAR Ashtray desde hoje de manhã quando acordei e está dando certo, por que ele não faz nenhuma questão, na verdade. Isso que me irritada, ele não liga.

— Hoje é sábado! Vamos aproveitar, Rory — Alaska sorri me entregando um copo. — Vem, vamos procurar a Rue, ela deve querer uma...

Reviro os olhos, só de falar em drogas me dá arrepio, mas o que eu posso fazer? Estou em uma festa no sábado a noite.

— Pode ir você, vou dançar — ela concorda e eu vou até a sala, vejo Ashtray e Fez sentados no sofá e decido ir para o outro lado da sala, evitando confusões.

— Olha quem eu sempre encontro em festas — me viro vejo Nate sorrindo, logo em seguida tomando um gole em sua bebida.

— Você só me procura pra tirar minha paz!

— Longe de mim, só te vi sozinha e pensei que gostaria de uma companhia.

— Já parou para pensar que eu estou sozinha por que quero? Eu gosto — levanto meu olhar pra ele irritada.

— Ninguém gosta disso.

— Não sei quem é mais babaca, você ou seu pai — resmungo terminando meu copo.

— Conhece meu pai? Ele com certeza — Nate ri. —Ele é o pior cuzão que eu conheci.

— É, eu também...

— Ele fez alguma coisa com você? — ele muda sua feição, totalmente obcecado.

— E você liga? — olho pra ele indignada saindo do local, vou pra cozinha mas sinto ele me seguindo. Ignoro pegando uma garrafa de cerveja.

— Você bebe muito — ele muda de assunto, caminho até fora da casa, sentindo finalmente um pouco de ar em meus pulmões. — Não é muito de falar, não é?

— Não com você — me sento no banquinho e o troglodita faz o mesmo.

— Por que?

— Nate! Eu não preciso me explicar o por que eu não quero falar com você — olho pra ele como se fosse óbvio.

—  Está certa — então, ele finalmente se cala. Olho para nossos pés e vejo a diferença de tamanho.

— Merda, quanto você calça? — pergunto rindo.

— 42, por que? — assim que ele olha para onde estou rindo da uma risada também. — Fala sério, você é uma nanica.

— Eu não! Tenho o tamanho normal pra minha idade, você que é alto demais.

— Eu sou mesmo, olha como fica engraçado — olho para nossos pés novamente, é uma diferença absurda. — E você?

— 35 — rio mais ainda. — Puta merda.

— Você mora com quem?

— Meu pai, Frank Miller.

— Seu pai é Frank Miller? — sorrio orgulhosa. — Esse cara é uma lenda no bairro.

— Por que?

— Ele já foi em todos os bares, bebeu todas as bebidas que pode imaginar, se drogou de todas as formas, já caiu de todos os barrancos e certeza que já dormiu em todos os becos e bancos da cidade.

— Resistente como uma barata — ele ri de minha piadinha.

—  Se eu for que nem ele... — ele sorri de lado bebendo sua garrafa. — Meu pai fez algo com você?

all for us, 𝗮𝘀𝗵𝘁𝗿𝗮𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora