CAPÍTULO 17,
Vai Se Fuder, Frank!REVIRO OS OLHOS pela décima vez da noite.
— Mas que porra você está falando? Eu escolhi te deixar! — digo pra Frank, que está berrando o quanto minha mãe é puta, a noite toda. Ele está totalmente fora de si, as drogas e a bebida acabou totalmente com ele.
— Não, você era só uma criança, não sabia o que queria.
— Sabia que queria ficar longe do meu pai problemático — eu rebato.
— Você só tinha 10 anos, e me deixou. Você era minha menininha — ele reclama indo pra cozinha.
— Eu nunca fui sua, Frank! — grito seguindo ele, ele ri abrindo a geladeira pegando uma garrafa de cerveja. — Você é um péssimo pai, Lip teve que aprender a cuidar de mim com 7 anos de idade! Por que você era um bosta que passava o dia se drogando na esquina.
— Phillip era um bunda mole, poderia ter enfrentado Mônica — isso me irritou. Fala de mim, fala da minha mãe, mas não fala de Lip.
— Cala a porra da boca, Frank — grito empurrando ele. — Lip era uma criança! Eu era uma criança e assistia meu pai caindo das escadas e sangrando desmaiado no chão toda semana.
— Foda-se, eu era seu pai e sua mãe me tirou de você! — ele grita mais alto que eu. Me afasto assustada, ao ver ele pegar um prato e jogar no chão. — Está com medo? É? Por que me deixou? — Frank grita, pegando outro prato. Que é arremessado do meu lado na parede.
Grito com medo pedindo para ele parar, mas os pratos são arremessados cada vez mais até pegar um em meu braço, corro até meu quatro e tranco a porta.
— Abre a porra da porta, Aurora! — ele berra batendo freneticamente na porta, pego um taco de basebol.
— Me deixa em paz — peço chorosa. — Eu te odeio, te odeio!
— Rory, eu... — a frase do meu pai é interrompida pelo arrombamento da porta do meu quarto, olho pra ele assustada e minha primeira reação é quebrar o taco de basebol em seu pênis. Puta merda, puta merda. — Sua filha da puta, eu vou te matar — ele grita caído no chão.
Olho para tudo atordoada, vejo meu pai levantando e grito assustada para se afastar de mim. Pego meu celular rapidamente e pulo a janela de casa, começo a correr sem fim. Corro a um lugar específico.
Assim que chego na casa, bato na porta freneticamente tentando recuperar o fôlego. Meu coração bate a mil e vejo Ashtray em minha frente de cueca box, apenas.
— Que porra? — ele pergunta. — São 23 horas.
— Meu pai... Ele estava muito bêbado... E... Os pratos — não consigo terminar uma frase, estou tentando procurar ar em meus pulmões. — Eu não pensei, só corri pra cá.
Ele não deixa eu terminar e me abraça, o que faz eu descansar meus músculos por completo pelo cansaço. Ash envolve seus braços em minha cintura e me leva até o sofá, aonde eu fico em cima do garoto, deito minha cabeça em seu ombro e me desabo por inteiro.
— Ele falou de Lip, não consegui me aguentar — digo chorosa. — Foi horrível, ele é agressivo e raivoso — sinto suas mãos massageando meus cabelos e isso definitivamente me acalma.
— Faye, trás água — escuto ele dizer.
— Eu não mereço isso, não mereço — seco minhas lágrimas e levanto meu rosto. — Por que? Eu lembro de meus amigos terem uma ótima relação com os pais e o meu joga pratos em cima de mim — volto a chorar descontroladamente.
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all for us, 𝗮𝘀𝗵𝘁𝗿𝗮𝘆
Fanfictionaurora é nova na cidade. mas logo conhece o ashtray, amigo da rue. aurora e ashtray tem uma tensão sexual no ar, e todos sabem. ambos são teimosos demais para admitir que querem algo, mas nada os impede de uns beijos de vez em quando. e se ashtray q...