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CAPÍTULO 14,
A Desprezível Aurora

FEZ, EU JURO que vou metralhar a cabeça de Alaska! — Ashtray aparece irritado na sala, tirando minha atenção do livro para o moreno.

— Ah, não se eu pegar a arma primeiro — Alaska diz avançando em mim, fazendo o grito estrondante de Fez ecoar pela casa, reclamo com Alaska, mas em questão de segundos ela tira uma arma de baixo de mim.

— Como você tirou essa merda de mim? — pergunto me levantando. Alaska aponta a arma pro Ashtray, que tira uma de sua barriga apontando pra garota.

— Que merda está acontecendo?

— Ela vai morrer, isso está acontecendo!

— Não me irrita, pirralho!

— 10 meses, Alaska, 10 meses. E eu sou mais alto.

— 3 centímetros — ela chega mais perto. Reviro os olhos por essa baboseira de irmãos. Seria mais um dia normal de traficantes?

— Fez, faz alguma coisa — digo.

— Mas que porra, vocês dois! Parece criança, armas no chão, agora — ele grita.

— Mas, Fez...

— Alaska, eu disse arma no chão.

— Eu não vou fazer porra nenhuma — Ashtray olha para Fezco irritado.

— Irmão, não me faça ir até aí.

— Ash, coloca a arma no chão — peço indo até ele. O garoto bufa assim como Alaska, mas ambos fazem o mandado.

— Agora, vão. Estava ao telefone com Lexi.

— É, estava um nojo, quase peguei diabetes — rio me sentando no sofá. — Por que estavam apontando uma arma na cara um do outro, aliás?

— Cinzeiro disse que eu sou burra por que eu não entendi a lição — Aly se joga ao meu lado me abraçando, passo meu braço em volta de seu corpo e rio abrindo meu livro de volta.

— Você não é burra, querida — beijo sua testa. Ela sorri como uma criança ligando a televisão.

— Vocês todos me irritam — reclama Ashtray voltando pro quarto.

— Adolecentes... — eles riem da minha fala.

— Devia ir lá acalmar seu docinho de coco — Alaska afirma me fazendo quase vomitar.

— Meu Deus, quer parar? Somos amigos — bebo um gole da minha cerveja. — Mas vou ver como a fera está — me levanto e caminho até a porta de seu quarto. Bato na mesma, mas não obtenho resposta. — Entrando.

Me adentro no quarto de Ashtray, e o vejo sentado na cama.

— Se eu não respondi, não era pra entrar — rio.

— Tá, então estou indo — abro a porta do quarto novamente.

— Agora fica, caralho — sorrio maléfica, me sento no lado. — Você sempre está com um livro ou uma garrafa de cerveja na mão.

— Minhas coisas preferidas no mundo — levanto a garrafa tomando um gole. Ele sorri, e eu deixo minha cerveja na cômoda. — Você não pode chamar Alaska de burra, Ash.

Apoio minhas costas na cabeceira da cama e me abraço as minhas pernas.

— Mas ela é.

— Não se fala assim das pessoas, principalmente com quem ama — ele ri pelo nariz, se deitando ao meu lado.

all for us, 𝗮𝘀𝗵𝘁𝗿𝗮𝘆Onde histórias criam vida. Descubra agora