Como Você Me Vê

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Olaaaaá! Voltei com capítulo ❤️
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 Seis meses se passaram tão depressa que mais pareceram um piscar de olhos. E, de repente, Clarissa já era uma bebê, não um recém-nascido. Seu primeiro sorriso apareceu aos três meses, quando Draco entrou pela porta após um dia inteiro sem que ela o visse. O pobre puto quase desmaiou de tanto orgulho, repetindo pelos dias que vieram como sua filha havia sorrido primeiro para ele. A primeira gargalhada, no entanto, foi para seu tio Dame. Damien, como descobri com a convivência diária, parecia ter um conceito estranho sobre toalhas de banho. Ele simplesmente as odiava. Sempre que acabava seu banho, ele secava-se com a toalha e a descartava, preferindo passear pelos corredores completamente nu. Não foi apenas uma vez que o encontrei pelado em um corredor, e ele riu quando gritei e corri. Mas foi quando eu estava com Clary que, para o meu completo prazer, Dame, em uma tentativa desastrosa de preservar a inocência da sobrinha, escorregou no chão e caiu desajeitadamente. Clarissa gargalhou tão alto que achei que a criança tivesse gritado de horror. Mas seu sorriso era inegável, e eu amei minha filha ainda mais por isso.

A primeira vez em que Clary sentou, foi por causa de Demon. Estávamos todos babando, vendo nossa bebê brincando com Demon como se o amasse. Ainda de bruços, Clarissa tentava subir nas costas de Demon, que parecia entender a necessidade de ficar imóvel para que ela conseguisse. Porém, quando entendeu a dificuldade, Clarissa apoiou suas mãozinhas em Demon e... sentou. As centenas de vídeos feitos naquele dia ainda eram vistos com sorrisos idiotas nos lábios adultos.

Mas nem tudo era feito de risadas gostosas e carinhas sorridentes. Porque havia o problema: puto versus meu tesão traiçoeiro. Após os beijos da noite em que tivemos a conversa estranha e cheia de sentimentos confusos, prometemos nunca mais nos deixar levar por tesão reprimido. Juramos não deixarmos nossos desejos proibidos nos afetar daquela forma. E falamos juntos que jamais, sob nenhuma circunstância, nos beijaríamos novamente. E depois de todas aquelas promessas, fizemos o que sempre fazíamos: Esquecemos tudo.

E o que estava acontecendo naquele momento, era uma consequência.

— Se Dame nos pegar, eu juro que te jogo dessa escada e finjo que estávamos brigando. — Sussurrei, mal conseguindo conter um gemido no meio da irritação. Draco apenas soltou uma daquelas gargalhadas despreocupadas que causavam em mim duas reações: irritação extrema com a falta de apreensão, e descontrole completo do meu corpo carregado de tesão. Suas mãos espalmadas na minha bunda apertaram sem gentileza alguma, me fazendo grunhir com a minha boca ainda na dele.

— Ele saiu. — Disse, descendo as escadas, me segurando ainda agarrada ao seu corpo, minhas pernas rodeando sua cintura. — Me lembre do motivo pelo qual temos que esconder de todos o fato de nos beijarmos de vez em quando.

Afastei minha boca da dele, olhando-o com a sobrancelha arqueada. Ele era tapado ou o quê? Não via que o que estávamos fazendo era uma idiotice?!

— Porque estamos errados! — Rosnei, impaciente. — Theo vai me internar em um manicômio se souber que eu ando beijando o puto. — Um tapa ardeu na minha bunda e eu grunhi, puxando o cabelo de Draco e o fazendo soltar um gritinho sufocado. — Pare de bater na porra da minha bunda! Eu tive que passar corretivo nela a semana inteira, Draco!

— Não me chame de puto, sua fêmea descontrolada! — Rosnou ele de volta. — Eu só não entendo! São só uns beijinhos... A gente nem trepa!

— E vamos continuar dessa forma! — Rolei os olhos, mesmo que o aperto incômodo estivesse novamente na minha garganta. — Beijos, ok. Trepa não. É íntimo demais.

— Então me deixe entender. — Seu sorriso cheio de sarcasmo foi recebido pela minha sobrancelha arqueada de modo petulante. — Uma trepa é mais íntima do que beijos escondidos. Estou compreendendo corretamente?

Meu Cretino - Dramione Onde histórias criam vida. Descubra agora