Pensamentos

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POV: Natália

Ao abrir meus olhos, que são atacados por feixes de luz que escapam da janela, minha cabeça dói. Fecho-os rapidamente. Dessa vez posso culpar totalmente o álcool, acho que passei um pouco no limite depois de  tanto tempo sem beber mais que um copo. Com somente um dos olhos abertos, tateio a cama para tentar procurar meu celular para ver a hora.

Ah, ótimo! Tinha esquecido que não tenho mais.

— Ahh, minha cabeça dói tantoo. - Bruna geme ao meu lado.

— Você exagerou um pouco ontem. - Informo o óbvio.

— Não grita. Estou do seu lado.

— Eu não gritei.

— Então SUSSURRA. - Ela grita.

Sento-me na cama e jogo o travesseiro na minha amiga. — Ridícula. - Ela fala em uma tentativa falha de me empurrar. Levanto-me e fecho mais a cortina por conta dela.

— To com dores. Preciso de remédios

— Vou procurar algo, já volto. - Saio do quarto indo em direção ao banheiro mais próximo.

Olho as gavetas e não encontro nada além de produtos de beleza da Bruna e algumas coisas minhas que estão por aqui também.

— Procurando alguma coisa? - O moreno pergunta me pegando de surpresa.

— Minha nossa, você me assustou. - Ponho a mão em meu peito esquerdo.

— Foi mal, não era a intenção. Só imaginei que alguma de vocês iria precisar de algo para dor. - Ele mostra o saquinho que carregava em sua mão, que eu ainda não havia notado. - Isso aqui vai servir. - Ele me entrega a sacola.

— Obrigada. - Abro e veja o tanto remédio que ele trouxe, passo o olho em alguns — Não precisava de anti-inflamatório. - Afirmo rindo.

— Olha, eu não sabia o que vocês iriam sentir hoje, ontem eu literalmente carreguei minha irmã no colo.

— Ela estava dormindo, e não em coma alcoólico. - reviro os olhos, logo em seguida sorrindo.

— Acredite, fico aliviado com isso.

— Você por acaso já teve? - Pergunto curiosa.

— Claro que não, sei meus limites. Mas já acompanhei um.

— Nossa, me lembre sobre isso na próxima vez que bebermos.

— Está marcando uma próxima? - Ele sorri.

— Estou cogitando, mas temos que incluir a surra que vou te dar na próxima vez que jogarmos sinuca.

— Eu morrendo de dor e vocês conversando? - Bruna fala em tom raivoso, tomando a sacola de remédios da minha mão.

Rimos juntos olhando para ela. — Agora saiam do banheiro, preciso usar.

— Bom dia para você também, sunshine. - Seu irmão a provoca.

— Sabe que odeio esse filme. - Ela fala batendo a porta na nossa cara.

— Isso é ela de ressaca? - Ele aponta para a porta fechada.

— Ela fica meio nervosa e arrependida de ter bebido tanto, mas daqui a pouco passa. - Explico.

— Ela fica mais chata que o normal.

— Não fala assim dela. - Dou um leve tapa em seu ombro o repreendendo. — Não me diga que não tem ressaca.

— Tenho, mas sou suportável na maioria das vezes.

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