Piscina

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POV: Natália

Como em cena de despedidas de filmes, estamos Bruna, Arthur e eu, na calçada da casa deles, abraçando a tia Patrícia.

— Eu volto neste Domingo. - Ela fala passando o olhar em cada um de nós.

— É o que esperamos. - Bruna brinca.

— Fica tranquila, arrasa nesse projeto. - Arthur dá um último abraço na mãe.

— Natália, pelo amor do Senhor, cuida desses dois desmiolados. - Ela segura em minhas mãos.

— Prometo que darei meu máximo.

— Não se esqueçam que tenho olhos e ouvidos aqui, ok?

— Não são mais tão eficazes mamãe, a idade chegou para Dona Glória faz tempo.

— Não se faça de doida e se comporte. - Ela repreende a filha.

Bruna arfa em redenção — Tá bom.

— Não se esqueçam de fazer as compras do mês. - Ela fala em um tom dramático como se fosse a coisa mais importante, talvez uma missão de vida. Vai em direção ao carro, mas em certo momento hesita, voltando para nos dizer algo.

— Repitam as regras. - Ela pede firmemente.

— Ficar dentro da lei e não engravidar. - Falamos em uníssono, mas o Arthur completa a frase com - ninguém.

Rimos juntos, e ela finalmente entra em seu carro e segue a estrada até perdermos o veículo de vista.

— Vocês ouviram! Nada ilegal ou bebês nessa casa. - Digo firme.

— Ah, claro. Dona certinha. - O moreno provoca.

— Bruna? - Chamo sua atenção.

— Prometo nada de bebês.

— Bruna!

— Ok. Nada ilegal. - Ela levanta as mãos se rendendo.

Um celular toca e procuramos entre nós. Arthur levanta o seu aparelho. — O meu. - Ele alerta.

Bruna e eu entramos para a casa e juntas no jogamos no sofá da sala. Pego meu novo aparelho para rolar algumas das minhas redes sociais.

Depois que peguei esse celular, praticamente troquei de vida. Tenho um novo perfil, parei de seguir a todos que antes ficava insegura de parar, troquei de número e me senti como se tivesse mudado de vida. Principalmente pelo fato de o meu ex não ter mais como me contatar.

— Meninas. - Arthur chama nossa atenção, tampando a saída de som do seu celular - Rafael vai fazer um churrasco mais tarde, querem ir? - Ficamos surpresa com seu convite e ele esclarece — Ele quem pediu para chamar.

— Rafael é? - Bruna pronuncia o nome mordendo o lábio inferior.

— Deixa para lá, você não vai. - Ele aponta para sua irmã menor. — Não com essas intenções.

— Ah, eu quero ir. - Interfiro.

— Controla a fera. - O mais velho exige. - Não quero problema com mais um amigo.

— Prometo que não terá. - A mais nova sorri.

Ele coloca o telefone no ouvido e confirma a presença de nós três.

***

POV: Arthur

— Bruna, se comporta. - advirto minha irmã, que está sentada no banco de trás do meu carro. Olho para a Lia que observa a casa na qual estamos parados em frente, com um pirulito na boca.

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