Uma vida perfeita?

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- Numa era de tantas misérias, porque eu deveria existir? Talvez deveria viver como uma princesa nesse império de terror e calúnias.

- Isabella, acorde! Você está atrasada!

Eu abri meus olhos devagar e deparei-me com a mordoma ao meu lado ansiosa para que me levantasse.

- Por quê me acordas á essa hora? - eu disse

- Hoje você fará a lista para o baile real, seu pai anda muito ocupado. - disse a mordoma com a voz calma.

A mordoma era jovem, filha da falecida que me criou desde pequena. Apesar de não ser nobre, era linda, tinha cabelo curto castanhos-claro e tinha uma voz que me encantava.

- Prepare minhas roupas, pois irei descer para começar tal feito. - eu disse

A mordoma de imediato levantou-se e separou minhas roupas, me vestiu e arrumou meu cabelo. Em seguida, abri a porta do meu quarto e desci as escadas.
Pensei nos convidados nobres de altos e baixos escalões. Enquanto, eu anotava todos, andava pelo palácio. Era tão grande que teria que andar por um dia inteiro para ver tudo.

- Tou cansada de ficar pensando em quem vai me cortejar... - eu disse

- Talvez eu devesse fugir - rir comigo mesma

De repente avistei algo de longe, como se fosse uma mulher alta, mas desapareceu em seguida.

- Devo está cansada para ficar alucinando. - voltei para meu quarto e esperei a hora do jantar.

Minha mordoma estava a me banhar, enquanto ela passava suavimente o sabão pelas minhas costas, pensei quem era aquela mulher tão longe e ao mesmo tempo perto de mim. Olhei para jovem, e realmente era encantador olha-la.

- Terminei, Isabella. - disse a mordoma

Me levantei, abri o guarda-roupa e escolhi um vestido de mangas longas de tom vinho, decidi trançar meu cabelo. Desci as escadas e me direcionei para a sala de jantar. A mesa era tão grande para poucas pessoas, me sentia solitária. Meu pai apareceu, e parecia sério como sempre, quase nunca falava comigo. Ele sentou-se longe de mim, e falou:

- Isabella, já fez a lista de convidados? - falou com um tom sério.

- Sim meu pai, quando será o baile? - perguntei nervosa

- Amanhã.

- Amanhã!? - me desesperei pelo tempo

Meu pai permaneceu em silêncio, terminou seu jantar, despediu-se com um sorriso de canto e foi aos seus aposentos. Em seguida, terminei e fui me deitar, pensei em como seria amanhã, talvez não seria tão ruim.
Amanhaceu, e minha roupa estava na cama, me acordei sem a mordoma me chamar. Era um vestido preto, com corset de mesma cor, eu estava me sentindo uma pepita negra. Fui ao jardim, sentei-me e observei os criados a arrumar para a ocasião logo menos. Eu me sentia só, não tinha ninguém para conversar ou alguém que poderia sentir minha falta. Decidi não comer nada até chegar a hora.

- Por que eu sou apriosionada nesse mundo? - gritei e chorei

- Se eu morrer agora... Qual seria a diferença? - com um tom baixo e choramigando

Quando me dei conta, as carruagens dos nobres estavam chegando no palácio, enxuguei minhas lágrimas e fui ao salão.

Victoria, meu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora