O desconhecido

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Após uma tarde agradável e surpreendente, voltamos para o reino. A Victória estava quieta o caminho todo, estava olhando-a e parecia que estava inerte ao seus pensamentos. Ela me olhou e falou:

- Eu estou pressentindo o perigo... - parecia assustada

- Como assim, Victória? - fiquei preocupada

- Mesmo que eu falasse, você não entenderia - olhou para mim e sem expressão alguma

Ao chegarmos, estava vários nobres e católicos no Palácio. O que seria de algo de urgência, pois nunca teria acontecido isso depois da morte da minha mãe. Victória pegou a minha mão e estava trêmula, andamos e cumprimentamos os visitantes. Entre todas aquelas pessoas, uma mulher se destacava, nunca havia visto, mas ao mesmo sinto que já estive com ela. Então, olhei para a Victória e falei:

- Vamos até aquela mu... - olhei para a Victória e ela estava com o mesmo semblante frio olhando fixadamente para a mulher. Ela soltou a minha mão e foi para fora.

Aquela desconhecida, era linda, tinha cabelo vermelho escuro, alta e vestia vestes diferentes das nobres. Ela me olhou e foi na minha direção. Se curvou e disse:

- Vossa Realeza, sua beleza era comentada por todas as pessoas, e pelo visto eles não estão errados

- Oh, nossa! Estou constrangida... Por obséquio qual seria o vosso nome?

- Que indelicadeza minha... Me chamo Vanessa Van Hellsing

- Calma... Você é da família que caça monstros? - fiquei surpresa

- Sou sim, princesa, sou a nova geração de caçadores - ela colocou suas mãos juntas e indagou

- Bem... É por esse motivo que estou aqui

- Há monstros no Reino de Krstein? - fiquei com medo, então todas as pessoas estão reunidas para isso...

- É o que vamos descobrir, princesa

Meu pai, o rei, chamou a atenção de todos para si e fez um anúncio:

- Duques(a), lord's, príncipes e princesas e todos os eixos católicos, lhes convidei para tratar de um assunto sério que está assolando os vossos e meu Reino. Estamos enfrentando uma crise que está se espalhando para todo o continente. Há um peste entre nós, não sabemos se é uma doença ou a ira de Deus contra nós. Mas lhes digo que ninguém irá escapar se não resolvermos esse infortúnio. Por isso, pedi para comparecerem os católicos, bruxos e Van Hellsing.

Todos ficaram em choque ao ouvir o nome Van Hellsing, pois a família é tímida por ser caçadora de monstros, já disseram que eram uma farsa para entrarem na nobreza.

- Pois bem. Bispo quais são suas informações até agora?

Era uma velho de 80 anos, mal conseguia andar, mas diziam que ele sabe de muita coisa e esconde para a população. Com sua voz trêmula, se dirigiu para frente de todos e falou:

- A paz do senhor, amém. Hoje estou diante de vocês para afirmar que isso é a ira de Deus contra nós, estamos sendo pecaminosos. Isso é uma limpeza para aqueles que não merecem viver no mundo em que Senhor Jesus Cristo morreu por nós. E monstros? Não teria uma criatura mais horrenda que o ser humano. Devolvo a palavra para a vossa Majestade.

Ele volta para seu grupo de religiosos e eles o seguem cegamente.

- Agora venha o Bruxo da Terra Sombria.

Ele era um temido curandeiro e só não morreu na inquisição por ter dado a cura da gripe para o rei. Ele era bizarro, a metade de seu rosto era queimado e vestia uma capa preta que cobria quase todo seu rosto e corpo.

- Sou o Bruxo Kai, e lhes digo que isso foi uma praga jogada por um de vocês, digo que há um traidor entre nós que quer ser o Reino mais poderoso.

Todos ficaram irritados e queriam matar o bruxo por falar algo sem cabimentos, e começaram a discutir, até que o rei se pronuncia.

- Silêncio! - falou sério e todos calaram-se

- Todos os convidados tem o direito de opinar, e digo que pode ser uma possibilidade. Agora volte para o seu lugar bruxo, obrigado. Agora sem mais delongas, a representante da nova geração, a Vanessa Van Hellsing, suba e se pronuncie.

Ela estava inundada de olhares, a grande parte irritada e outra com medo. A mesma se dirigiu para frente de todos, respirou fundo e falou:

- Meu nome é Vanessa Van Hellsing, estou aqui para representar a família Van Hellsing. Venho convosco para lhes dizer que há um perigo assustador entre nós. Nós pesquisamos sobre os tipos de sintomas dos doentes e chegamos a conclusão que estamos lidando com algo maior e perverso. Um monstro sem sentimentos, onde sua única ternura é o sangue de sua presa. Não é apenas em livros fictícios, mas vampiros existem.

Ficaram calados por um minutos, e começaram a rir, e um do clero fala:

- Não venha com Blasfêmia, não existe monstros - ele riu da mesma

- Bem meu senhor, irei lhes provar que é real, e você irá presenciar a sua sede insaciável - permaneceram calados

O rei volta novamente a ter a palavra:

- A reunião está encerrada. Quem for de um reino distante pode passar a noite aqui. E Vanessa, fique para conversamos mais tarde

A reunião havia acabado e tinha esquecido que a Victória não estava ao meu lado e decidi procurá-la. Fui ao seu quarto e estava ela, sentada em frente ao espelho. Ela não havia me visto, quando notei que seu reflexo não estava aparecendo. Até que ela vira sua cabeça pro lado e me vê, se levanta com um olhar sério e sem dizer nenhuma palavra. Me puxa para dentro do quarto, coloca sua mão direta na minha cintura e a outra no meu queixo, estávamos muito próximas. Sem permissão, ela me beija. Sinto sua língua entrelaçar o meu, enquanto ela apertava a minha cintura pra mais perto dela. Beijamos até faltar ar, ela desce até o meu pescoço e beija lentamente, solto um gemido baixo, até que ela morde e sinto meu sangue escorrer. Então, eu acordei e estava na minha cama e ainda estava noite... Será que foi um sonho?

Victoria, meu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora