A bela dama

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Ao chegar no salão, fui cortejada por vário nobres, sempre velhos com uma malícia no olhar. Odiava toda aquela situação, mesmo rodeada de pessoas, me sentia sozinha. Até que fui abordada pelo príncipe Adam:

- Isabella, há quanto tempo! - eufórico falou

- Olá Adam, como está a sua mãe?

A mãe do Adam era uma grande amiga da minha mãe, fazia bonecas de pano e fantoches e me presenteava quando vinha.

- Ela está com problemas de saúde e não poderia vim, mas mandou lembranças

- Eu entendo, diga o mesmo a ela. Bem, preciso cumprimentar os outros nobres, com sua licença - sorri e me retirei

O Adam é um dos meus pretendentes para casar comigo, mas não sinto nada além de amizade por ele. De longe avistei meu pai, estava rodeado de nobres que gostam de falar asneiras, mas é o dever dele.
Quando me dei conta, o salão já estava lotado de pessoas, e a música começou a tocar. Então, o Adam me viu sozinha, chamou-me para dançar, por obrigação tive que aceitar. Ele começou a puxar assunto:

- Você está me evitando, Isabella?

- Por quê eu evitaria a vossa senhoria? - irônica falei

- Falando tão formalmente comigo... estás estranha... - ficou confuso

- Bem... você sabe que é um pretendente para mim, então o clima é estranho

Antes dele responder, chegou uma carruagem, e saiu dela uma jovem tão bela que todos pararam para olhar. Tinha um cabelo longo de cor tão preta quanto a noite do lugar, seus olhos poderiam ver as estrelas nela de tão escuro, sua pele era tão branca quanto a neve, o vestido era vermelho que destacava ainda mais sua beleza. Talvez eu esteja me precipitando, mas pela primeira vez me apaixonei á primeira vista.

Eu observei aquela jovem por tanto tempo, que Adam perguntou o porque de eu olha-la tanto, então lhe disse:

- Nunca vi essa dama em nenhum Reino, em qual seria? - perguntei curiosa

- Também não sei, Isabella...

Após a sua entrada, aquela bela estranha ficou me olhando e desviando o seu olhar, fiquei tão envergonhada que deixei Adam de lado e fui até ela. Tão linda de longe e ainda mais de perto. Então, com um sorriso no rosto lhe chamei a atenção:

- O-oi qual é o seu nome? - perguntei nervosa

- Me chamo Victoria, princesa Isabella - sorriu tão graciosamente

- De qual reino você é? - eu disse

- Vim de uma lugar distante, onde o sol se esconde e a noite ganha vida

- Nunca ouvi ou vi falar sobre este lugar, por isso uma mulher tão bela como você nunca poderia ter visto

- Ah... princesa - a Victoria ficou vermelha, suas bochechas ficaram tão corada por ser branca demais

Olhando pra ela, penso que a vi em algum lugar, me hipnotiza tanto, estou em excitação, por quê esse sentimento? Nunca senti isso antes...

- Isabella, você aceita dançar comigo? - sorriu

- Duas garotas dançar? Acho que não é possível...

- É uma pena...

Ela chegou perto de mim e sussurrou no meu ouvido:

- Uma jovem tão linda como você, não deveria dançar com esses homens - riu de um maneira de segundas intenções

Em seguida, ela virou e foi direto para fora do salão.

Meu coração palpitou tanto, que pensei que estava tendo um infarto. Como ela ousa fazer isso comigo? Mexer comigo desse jeito? Ah... Victoria como queria dançar com você...

Alguém toca meu ombro, era o meu pai, queria conversar comigo. Estava surpresa tão de repente.

- Isabella, você terá que escolher seu futuro pretendente até o final desse mês, após isso, você se casará com tal e viverá no Reino dele

- Mas... Pai! - meus olhos encheu de lágrimas

- Isabella, pense em seu Reino, no seu pai, infelizmente nascemos sem escolhas, mas saiba que eu só quero o seu melhor

Me abraçou e me deixou sozinha.

Decidi ir para o jardim de rosas vermelhas, pois olha-las me faziam esquecer dos problemas.
Ao chegar no lugar, estava a Victoria, olhando a lua tão atentamente, seus olhos pareciam ainda mais vivos. Ela se virou e olhou para mim, sorriu e me chamou para perto dela.

Victoria, meu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora