O vulto

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- A Victória me olha de longe e sorri

Ando devagar, enquanto seus olhos me acompanhavam. Fico em frente a ela e a cumprimento:

 Fico em frente a ela e a cumprimento:

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- Bem-vinda, Victória. O que fazes aqui? Eu sabia o que iria fazer, mas queria confirmar

- Obrigada Isabella, minha princesa. Irei passar um tempo no seu reino, se não for incômodo... Meus pais mandaram uma carta pro vosso rei se eu poderia ficar aqui, o mesmo concordou - falou seriamente

- Desculpe se eu fui indelicada, essa notícia me pegou desprevenida...

Logo fui interrompida pela mordoma e os criados que iriam levar as malas e mostrar o quarto. Assim ela se despediu e seguiu eles. Em seguida meu pai fala:

- Trate nossa convidada com respeito e mostre os lugares do nosso reino para ela, você está liberada a sair pelas ruas - frio como sempre falou

Abaixei a cabeça concordando, estava curiosa e animada para sair, pois fazia anos que não via a população desde que minha mãe faleceu. Talvez ele ficou assim por causa da morte dela, foi uma tragédia que desgastou-o.

Subi de volta para o meu quarto e vejo que os criados estavam saindo do quarto do lado do meu e os interrogo-os:

- Por quê estão saindo deste quarto?

- Bom dia, Majestade. Aqui será o quarto onde a hóspede Victória irá ficar

- Logo do lado do meu!? - surpresa e nervosa fiquei

- Sim! Seu pai que nos mandou arrumar este quarto para a mesma

- Certo - virei as costas e entrei no meu quarto

Encostei meu braço esquerdo na porta e pensei o porque dela está aqui, pois meu pai por ser uma pessoa rigorosa simplesmente aceitar a oferta. Eu precisava descobrir onde estava essa carta. Sabia que ficava no escritório no andar onde é os aposentos dele, mas era perigoso demais subir até lá, ele não deixava eu entrar. Parando para pensar era suspeito demais. Logo me dirigi para varanda do quarto e fiquei olhando para aquela paisagem. De repente eu senti a sensação de estar sendo observada, mas olhei para os dois lados e não via ninguém, essas situações estão me deixando cansada.

Decidi sair do quarto e ir a biblioteca, era o único lugar que me dava paz. Era extraordinário as variedades de gêneros e décadas dos livros que tínhamos, decidi pegar o livro clássico chamado Drácula. Gostava desses tipos, pois me fazia acreditar que realmente existiam essas criaturas. Outra vez senti a mesma sensação de estar sendo observada, olhei para porta e vi que alguém estava lá, me olhando pela brecha. Me levantei e fui em direção ao local, abri a porta e não havia ninguém novamente.

Me venho o djavu, pois um tempo atrás senti a mesma coisa e avistei uma mulher, fiquei com medo, mas já era a hora da refeição do dia, e provavelmente ela estará lá. Como vou encarar-lá?

Fui pro cômodo onde ocorre as refeições, e lá já estavam todos reunidos. Sentei em frente a Victória, e a mesma falou comigo:

- Como vais, Isabella? - parecia simpática

- Estou muito bem e a vossa senhoria?

- Estou ainda melhor, pois o seu pai é um grande homem, você deve ter muito orgulho dele

Pensei se ela falou com meu pai, pois quase nem se comunica comigo.

- Sim, tenho muito orgulho! - sorri

Ela retribuiu o sorriso e o almoço já estava sendo servido, comemos todos calados. Ela terminou primeiro, comeu bem pouco, agradeceu a refeição e foi em direção ao jardim de rosas vermelhas. Terminei e fui segui-la. Andei devagar para ela não me ver, e duas mãos tampou meus olhos e sussurrou no meu ouvido:

- Você é uma garotinha curiosa demais...

- Q-quem é? - Falei nervosa, mas obviamente sabia quem era

- Buu! Sou eu, bobinha - ela riu, sim a Victória

- Como soube que eu estava aqui? - a perguntei

- Não é difícil de achar uma bela dama, não acha?

- Por quê você é assim comigo?

- Xiiuu... Você é mesmo curiosa, no entanto, amanhã vamos sair pelo Reino, não é mesmo?

- S-sim havia esquecido...

- Até mais bobinha... - Se aproximou do meu rosto e beijou minha bochecha

Anoiteceu e decidi não ir jantar, não sentia fome nenhuma. Troquei minhas vestes íntimas e deitei-me na cama, olhando pro lado oposto da janela, não imaginava que havia realmente alguém me olhando obcecadamente.

Victoria, meu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora