Amanheceu e acordei exausta, como se minhas energias tivessem sido sugadas. A criada chega com o café da manhã na minha cama, me desejando um bom dia, sorri e lhe desejei o mesmo. Me alimentei com tudo que estava a me servir, nunca tinha acordado com tanta fome. Levantei-me para procurar o vestido para o passeio que eu estava a proporcionar aquela mulher, decidi vestir de uma cor clara que trouxesse tranquilidade. Após a arrumação, fui em direção ao quarto da Victória, bati na porta e ninguém respondia. A porta estava entre aberta, abri e olhei dentro, não avistava ela. Entrei e a vi na varanda, tão bela e tão calma, estava pronta para sair. Ela vira e me olhou com aqueles olhos profundos, e falou:
- Bom dia, Isabella! - parecia animada
- Bom dia... - respondi-a
- Vamos ir andando então! - passou na minha frente e saiu do quarto, então fiquei seguindo-a. Sairmos do palácio e fomos em direção a carruagem, ela entrou e eu fiz o mesmo.
- Para onde vamos ir primeiro? - eufórica a Victória estava
- Bem... Faz muito tempo que não saio, então não faço a mínima ideia - fiquei triste e ela reparou
- Por quê princesa? - falou preocupada
- Desde a morte da minha mãe, meu pai me proibiu de sair, fico tentando entender o motivo disso - minhas lágrimas estavam querendo sair
- Me fala sobre a sua mãe... - ela queria me confortar, então fiquei feliz e disse
- A minha mãe era a rainha mais linda de todo reino, você pode achar uma besteira, mas todos achavam. Por fora, sua aparência era serena e seus traços eram encantadores, tinha longos cabelos ondulados de cor loira, olhos azuis e sempre amava vestir vestidos das cores das flores de primavera. Por dentro, ela era tão gentil e amava os animais. Eu amava ir ao campo de flores, pois sua beleza era evidente naquele lugar. Sinto falta dela, minha mãe Aurora.
- Ela parece ter sido uma pessoa incrível mesmo - sorriu e enxugou minhas lágrimas
- Bem, acho que vamos poder descer aqui e procurar lugares adoráveis - eu falei
Pedi pro carroceiro parar, e descemos da carruagem, fiquei surpresa ao me deparar com a população. Tinha pessoas nas ruas, crianças e idosos, pareciam famintos, além que uma doença assolava aquela região e estava se despandindo. Quando olhei para Victória, ela estava com um olhar diferente, parecia séria e pensativa, então coloquei minha mão em seu ombro e falei:
- V-vamos ir embora... - gaguejei
Ela me olha e sorri sarcástica. Fiquei pensando, quem era aquela mulher que estava no meu lado? Voltamos para o veículo e fomos para uma cachoeira na floresta. Victória não falou nenhuma palavra sequer. Decidi perguntar:
- O que é aquilo tudo!?
- Como assim, princesa? Acha que o mundo é um conto de fadas?
- Não precisa ser grossa...
- Estou sendo direta, você é ingênua demais, esse lugar está condenado a desmoronar, é por isso que nossos pais irão se juntar futuramente - ela riu no final
- Eu não fui avisada disso! O que você tá falando? - levantei a voz
- Calma mocinha, você está sendo curiosa novamente.
Ao menos perceber chegamos. O lugar estava lindo, esverdeado e a água estava azulada. Ficamos a sós e ela me olhou de em cima a baixo e foi até a minha direção e virou as costas e falou:
- Abre!
- Por quê!? - fiquei nervosa
- Vou mergulhar, abra por favor!
Eu abri o zíper do vestido e ela ficou com as roupas de baixo, e pulou na água.
- Vai ficar só olhando? A água está ótima!
Não tinha ninguém olhando, abri e pulei também. A Victória chega perto de mim, agarrou minha cintura e segura minha mão. Fiquei desesperada por algo tão de repente. Ela chegou perto do meu pescoço e beijou. Era tão bom.
- Você realmente é doce, Isabella
Ela sai da água e sentou na sombra de uma árvore. Minutos depois, fiz o mesmo e sentei ao lado dela. E eu estava curiosa para saber mais sobre ela, decidi perguntar sobre sua vida.
- Victória, me fala sobre você e do por quê de estar aqui
- Você é persistente mesmo, né? Tudo bem então. Bom, eu moro com meus pais e irmãos, sou de um lugar distante. Amo cantar e gosto de olhar a lua. Temos um passado complicado e por isso estou aqui.
Ela falou palavras vagas para mim, mas eu não quis insistir.
- Então não sou a única com problemas - rir e ela também riu
Mas mal sabia Victória que o seu problema estava indo em direção ao reino.
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Victoria, meu amor
VampireA história se passa na era vitoriana, onde existiam seres misticos e romances proibidos. A protagonista irá desfrutar o amor impossivel de uma forma feliz e angustiante em sua vida. Como ela irá encarar esses infortúnios? Autor: Essa é a primeira ve...