CAPÍTULO 11

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🍫 RODOLFO ALENCAR 🍫


Assim que terminei de resolver minhas coisas, desliguei tudo e sai do escritório, descendo rumo a recepção. Acabei vendo Alyne ali, que parecia estar mexendo no celular, e estranhei um pouco à medida que eu me aproximava dela.

— Achei que você tivesse ido embora naquele horário — comentei fazendo ela me encarar com aqueles lindos olhos meio esverdeados.

— Minha prima quis logo me familiarizar com o antigo sistema, para que assim pudéssemos bolar um jeito mais eficiente e acessível para o novo sistema — Alyne informou dando um sorriso simpático — Espero que não se incomode por eu começar a trabalhar antes do dia definido — complementou.

— Contando que não peça hora extra adicional referente à hoje — brinquei, rindo, fazendo ela rir também, meio tímida, e negar com a cabeça.

— Não vou pedir não. Não se preocupe com isso.

— Quer carona? Ou vai com sua prima?

— A Gerlane já foi para casa com o namorado dela de moto. Eu estou tentando achar um Uber que aceite o desconto na corrida, mas até agora o app ainda não achou nenhum motorista nas proximidades que esteja disposto a aceitar.

— Vem. Eu te levo para casa.

Ela riu, parecendo nervosa.

— Não precisa se preocupar não, Rodolfo.

— Eu insisto. Você provavelmente não vai achar nenhum que aceite e aí? Vai dormir no trabalho já? — indaguei, torcendo para que Alyne aceitasse e para minha alegria ela aceitou a oferta da carona, então a conduzi até o meu carro, abrindo a porta do passageiro como de praxe no cavalheirismo.

Eu não sabia explicar, mas depois que eu ouvi o modo como o ex dela falava com ela, algo dentro de mim despertou. Foi tipo um sensor de alerta que me fez ter vontade de proteger a Alyne a todo custo e deu para perceber que Victor também sentiu o mesmo.

Todavia, eu a queria só para mim.

Nunca tive problema em dividir uma mulher com o meu melhor amigo, mas o mulherão sentado ao meu lado no meu veículo eu queria para ser minha namorada e namoradas não se divide com outros homens, pelo menos eu tinha esse pensamento.

— Quer jantar comigo antes de ir para sua casa? — inquiri, na esperança de que ela dissesse um "Sim".

— Não posso. Desculpe. Tenho que ir para casa, porque sou o jantar de uma pessoinha e pela hora ela já deve estar faminta.

Aquilo me fez lembrar do que Alyne tinha dito na noite passada, sobre estar amamentando.

— Amanhã à noite então? Assim você se programa e não deixa seu bebê sem a janta dele — insisti, dando um sorriso.

— Eu não quero parecer rude com você, Rodolfo. Até porque você é um dos meus chefes agora, mas eu não estou à procura de um relacionamento. Se quiser sair para jantar e depois me levar para algum lugar para transarmos, tudo bem. Mas, se suas intenções são para algo sério, infelizmente eu não estou aberta no momento.

A encarei, aproveitando a nossa parada no semáforo.

— Seu ex te traumatizou tanto que não quer mais se enrolar com ninguém? — brinquei, já rindo, mas o meu riso logo foi dissipado quando percebi que ela se encontrava meio séria.

De repente, Alyne começou a desabafar à medida que eu colocava o carro em movimento novamente. Foi difícil ouvi-la relatar algumas situações vividas por ela, em seu antigo relacionamento.

Meus dedos ficaram brancos de tanto que apertei o volante com raiva. Eu só queria uns dez minutinhos a sós com esse homem com "h" minúsculo para ele aprender a como tratar de verdade uma mulher como a Alyne.

Devido ela ter ficado muito emotiva pelo desabafo inesperado, acabei desviando do percurso do GPS até a casa dela e parei então o carro no estacionamento de uma loja de conveniência ao lado de um posto de gasolina e fiquei ali, esperando que Alyne se acalmasse.


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— Desculpe desabafar assim do nada. Eu mal te conheço. Você deve estar me achando uma idiota por isso — Alyne comentou depois de um tempo, enxugando os últimos resquícios de lágrimas de seu rosto.

— Idiota por quê? Por se apaixonar por um babaca? Todo mundo já se ferrou ao se apaixonar por alguém, Alyne. Isso é se tornar experiente na vida. Eu já me ferrei muito também.

— Você? Bonitão desse jeito? Eu não acredito nisso.

Sorri.

— Os bonitões também sofrem, viu? — comentei, fazendo ela rir meio triste — Eu tive uma noiva há alguns anos. Logo que estouramos com a empresa e tivemos sucesso. Estava completamente apaixonado por ela que nem percebia que a pilantra só queria me usar e me explorar financeiramente. Victor foi quem abriu os meus olhos, descobrindo e me mostrando que a noiva que eu idealizava como sendo perfeita, na verdade me metia várias pares de chifres enquanto gastava com outros homens, o dinheiro que eu dava para ela.

— Nossa! Eu sinto muito — Alyne murmurou, me encarando.

— Eu não sinto não, pois me livrei de continuar sendo corno. Eu ia acabar virando uma árvore de tanto galho na minha cabeça.

Aquilo fez ela rir com mais espontaneidade e isso me deixou feliz.

— Fique aqui. Eu já venho — informei, saindo do carro em seguida e me dirigindo até a loja de conveniência.

Perguntei ao atendente se eles tinham trufas de chocolate recheadas com geleia de morango e pimenta, e ele me encarou como se eu fosse um alienígena. Então, comprei apenas uma caixa de chocolate da marca que havia disponível ali, já retornando para o carro.

— Dizem que chocolate deixa as pessoas mais felizes — comentei, entregando a caixa para Alyne — Não tinha do que eu queria então espero que goste desse aí.

— Não sei se devo aceitar, Rodolfo.

— Por quê? — inquiri e a vi abaixar a cabeça, suspirando — Eu tinha duas opções para te deixar feliz depois do seu triste desabafo, Alyne. Ou eu te dava chocolate ou te beijava e transava com você aqui mesmo dentro deste carro. E só para constar, eu preferiria a segunda opção.

Ela me encarou com uma expressão meio assustada, mas como se fosse de modo voluntário, ou talvez não, vi a mesma morder o canto do lábio inferior e porra... Aquilo fez o meu autocontrole se dissipar de vez e eu ser tomado por um desejo incontrolável de beijá-la.

Avancei então contra Alyne, enfiando uma das minhas mãos em seu cabelo, puxando sua nuca em minha direção, já selando nossas bocas em um beijo feroz. Eu gostava da conexão e da bela sincronia que nossas línguas possuíam à medida que ela retribuía o beijo intensamente.

— Espera, Rodolfo... — Alyne sussurrou, me interrompendo ofegante, quebrando o nosso beijo e me encarando.

Pelo seu olhar, percebi que havia avançado o sinal rápido demais, mesmo com ela retribuindo, então me afastei dela, recostando-me no meu banco e ajeitando o meu pau que se encontrava bastante duro sob a calça.

— Desculpe por isso. Eu vou te levar para casa antes que eu perca o controle de vez e faça algo que você não queira — murmurei, vendo Alyne concordar com a cabeça, em silêncio, fazendo com que eu ligasse o carro e saísse dali.

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⏰ Última atualização: Apr 23 ⏰

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