A vida é uma peça de teatro que não...

496 75 0
                                    

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
Charlie Chaplin"


— Eu estou tão c-Taemin? — Sehun se assustou ao entrar no quarto e ver seu vizinho, procurou seu irmão por ali e não o encontrou. — O q-que você faz aqui?

— Estou olhando seu quarto. — Taemin revirou os olhos — Vamos ao que verdadeiramente é sério,  qual é a sua com o meu irmão? Porque vamos ser sinceros, você ficou babando por ele assim que o viu e agora do nada sai com um beta na frente do meu irmão? Você é retardado? Porque eu acho que os genes bons pegou nos outros dois filhos e você têm problemas!

— Não estou entendendo.

— Eu esperava que de idiota você só tivesse a cara. — Taemin bufou — Olha, o que você quer realmente com o Luhan? Você gosta dele ou foi apenas uma atração porque o vizinho novo chegou?

— E-eu gosto. — Sehun confessou e Taemin o encarou como se o mandasse explicar — Mas, eu não sei o que fazer exatamente, o Luhan parece tão sensível e eu sei que não deveria me sentir assim já que como alfa eu deveria  ser o oposto e não ter medo.

—  Entendo. — Taemin murmurou — Mas, isso não explica você saindo com um beta.

— Seung é meu amigo, só isso. — Sehun suspirou — Ele me ajuda a tentar parar de medo, hoje mesmo a gente passou esse tempo todo conversando e ele me dizendo para tomar coragem.

— Eu espero que seja isso. — Taemin ficou de pé — Eu sou mais novo que o Luhan, mas o protejo como mais velho, é melhor fazer o que tem que fazer ou ele vai acabar achando que você não quer nada mesmo e vai ficar bem triste.

— Eu vou, dessa semana não passa.

[...]

Dias depois.

— Por que eu não posso entrar? — Jonghyun perguntou enquanto abraçava Kibum por trás.

— Meus avós estão aqui, e eu não quero que eles falem de você. — Kibum disse manhoso — Jjong, quando você vai me apresentar aos seus pais como seu namorado?

— Quando você quiser. — O alfa beijou o pescoço do ômega — Eu acho melhor ir, Minho está sozinho fazendo as entregas.

— Vem me ver a noite, meus avós dormem cedo e se você quiser pode dormir aqui. — Key disse se virando e abraçando o alfa pelo pescoço. — O que acha?

— Vou tentar, qualquer coisa eu fico com o Chen. — o alfa disse e Key assentiu, selou os lábios do ômega e se despediu.

Key sorriu dando tchau para o namorado e voltou para a cozinha dando de cara com sua avó, bufou indo até a geladeira pegar água.

— Aquele é seu alfa? — a voz da mais velha se fez presente e Key não respondeu — Não vai me responder?

— Não sou obrigado — o ômega fechou a geladeira e acabou por não beber água — Se me der licença eu preciso ir, e ah, da minha vida só quem pode perguntar ou cobrar algo são meus pais e só te lembrando senhora, você não é muita coisa para mim.

O ômega saiu da cozinha e encontrou Minseok descendo as escadas com Baekhyun, os irmãos estavam abraçados e rindo, o ômega mais velho sorriu feliz em ver os dois.

— Ei, porque esse sorriso? — Minseok perguntou percebendo a presença do irmão.

— Nada, o que vão fazer hoje? — Kibum perguntou.

— O hyung vai com o Chen na feira. — Baekhyun sorriu e Minseok bufou — O pai obrigou ele ir.

— Eu queria ver o que vocês vão fazer na feira, além de comprar as coisas. —    Kibum sorriu e o ômega revirou os olhos. — Se divirtam.

— Vai pra aquele lugar. — Minseok disse e largou Baekhyun — Vou chamar logo aquele alfa, e Baek, o Chanyeol vai poder levá-lo para a escola agora, o papai Onew deixou.

— O dia começou bom, tô com medo. — Key disse e abraçou Baekhyun enquanto Minseok já rumava para a cozinha. — Acha que pelo menos hoje o Min para de graça e beija o Chen?

— Hyung, eu quero pensar que sim. — Baekhyun disse e Key riu.

[...]

— Pelo amor, como você consegue diferenciar as carnes? — Minseok perguntou — Para mim tudo é carne, para comer e fim.

— Não é assim também. — Chen riu terminando de escolher a carne e o açougueiro a guardou, mais tarde juntaria tudo o que o alfa escolheu e mandaria levar até o castelo. — Você só come, então não vê a diferença entre elas, mas como eu as cozinho, sei para qual elas são boas, se serve para cozinhar, assar e por aí vai.

— Você sempre gostou de cozinhar? — Minseok perguntou quando já estavam indo em direção as verduras.

— Sim, sempre ajudei meu pai e gostava. — o alfa sorriu — Era um sonho de criança e eu tive muitos, mas o que eu apenas usava como um passatempo acabou virando o meu real trabalho.

— Entendo. — Minseok murmurou — Ainda falta muito? Eu sinceramente não entendi porque eu tinha que vir com você.

— Os meninos estão na escola. — Chen riu — E eu queria falar com você.

— Sobre?

— Está bem em relação aos pais do senhor Tao?

— O que isso lhe interessa? — Minseok perguntou e Chen bufou. — Tá, eu estou normal.

— Jura?

— Jurar é algo forte demais, mas eu estou mesmo normal. — O ômega riu — Para mim tanto faz, só não quero que eles façam algo aos meus irmãos e aos empregados.

— Sabia que você era como eles?

— Como? — Minseok parou e encarou o alfa. — Como assim igual a eles?

— Presta atenção no que falei, eu falei era — Chen avisou — E sim, você era bem como eles assim que cheguei no castelo, tratando com ignorância e se achando o maior assim como eles acham.

— Não é igual e olha o jeito que fala comigo.

— Estou falando normalmente, príncipe.

— Vamos logo terminar isso. — Minseok voltou a andar e Chen parou em uma pequena banca de flores sem que o ômega percebesse, pegou uma rosa branca e pagou a moça, correu até o ômega que já estava lá na frente, segurou o ômega pela cintura o assustando. — O quê? Chen, me solta.

— Pra você. — O alfa soltou a cintura do ômega e o deu a rosa, Minseok encarou a rosa e depois o alfa sem entender. — Queria que você aceitasse sair comigo, sem brigar, sem trocar farpas, sem essa de príncipe e o empregado.

— Por que eu aceitaria? — Minseok pegou a rosa e tentou esconder o sorriso, mas Chen percebeu o cantinho dos lábios.

— Porque eu tô pedindo, e é feio negar as coisas príncipe.

— Não sei de onde tirou isso. — Minseok riu e começou a andar. — Mas eu aceito.

Prince ColdOnde histórias criam vida. Descubra agora