Capítulo 18

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Diogo

Eu não sabia mais o que pensar. Aquela cena toda me deixara nervoso. E eu não podia pensar em Ellen sozinha, à noite, sem uma companhia que pudesse defendê-la.

Por isso estava seguindo para minha casa.

Pela canto do olho, vi sua mão sobre a perna, que não parava de tremer, então a segurei com a minha, em uma tentativa de acalmá-la.

— Vai ficar tudo bem. — assegurei para ela, apertando sua mão dentro da minha.

Ellen apertou a minha um pouco mais forte, mas não disse nada, então seguimos o resto do trajeto até minha casa, sem nem parar nas casas dos meus pais.

— Para onde estamos indo?

— Vou te levar para a minha casa. — Sorri para ela, tentando mostrar que estava tudo bem.

Mesmo que no fundo, eu estivesse um pouco assustado também, eu precisava ser forte por Ellen.

Quando chegamos, abri a porta para ela e estendi a mão, para que se apoiasse na descida. Eu sabia que ela estava assustada com o que vinha acontecendo, mas não estava a fim de estragar uma noite tão maravilhosa como a que tivemos.

Quando ela desceu, parou em frente à porta da minha casa, observando-a. Não era tão grandiosa como a dos meus pais. Um pouco menor, e com móveis mais simples, mas era do meu jeito. Perfeita para mim.

Na frente, havia algumas cadeiras sobre a área, junto a alguns vasos de flores que minha mãe insistia em deixar ali, que segundo ela, dava um ar de vida àquele lugar.

Abri a porta e deixei que Ellen passasse por mim, entrando no lugar. Ao menos a casa estava limpa e cheirosa, da faxina que eu havia feito naquele mesmo dia. Ela ia observando tudo enquanto entrava, e deixei que se acostumasse com o ambiente.

Fui até a cozinha, servi um copo de água e entreguei a ela.

— Você quer conversar sobre o que aconteceu?

Ela bebeu um gole antes de me responder. E depois depositou o copo sobre o balcão.

— Não, por favor. Vamos continuar nossa noite, como se aquilo não tivesse acontecido. Não quero lidar com isso hoje. Não vamos estragar nossa noite.

Puxei-a pela mão, trazendo-a para mim, e abracei-a, beijando o alto de sua cabeça. Se ela queria assim, então eu deixaria aquele assunto do lado de fora da casa.

Puxei-a pela mão e fomos para o sofá. Coloquei Ellen entre minhas pernas, ainda a abraçando.

— Por que você mora aqui? — ela perguntou depois de um tempo em silêncio.

— Eu queria ter o meu próprio espaço, minha privacidade. Não é como se eu não amasse minha família, mas eu vi que estava chegando na idade de ter a minha própria independência. Não que morar alguns metros faça muita diferença, mas eu gosto de imaginar que sim.

— Vocês são uma família muito linda. — Sua voz tinha admiração, ela não falava com pesar, lamentando pela sua.

— Costumamos ser na maior parte do tempo — brinquei.

— Você acha que eu vou ser bem-vinda por todos?

Coloquei-a de lado para que pudesse encará-la.

— Todo mundo já te ama. E acha mesmo que eles já não sabem da gente? José quem me deu o toque para que eu te convidasse para jantar.

Finalmente, depois que chegamos, vi um sorriso em seu rosto.

— Eu não quero que pensem que eu estou querendo me aproveitar de você.

O Cowboy, a Viúva e o BebêOnde histórias criam vida. Descubra agora