Capítulo 9

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Desta vez, Draco chegou ao sonho de Harry e encontrou os Comensais da Morte todos amarrados e amordaçados, e deitados em uma pilha na beira do lago. Harry estava envolvido em um duelo com Voldemort. Ele não estava ganhando, mas estava se segurando, e seu uso da maldição Bilious Maximus foi bastante inspirado. Draco estava bastante impressionado. No entanto, ele não veio apenas para assistir a uma luta divertida, então ele se aproximou e apontou sua própria varinha para Voldemort.

Harry olhou para ele, pareceu confuso por um momento, então sorriu e disse. — Que bom que você conseguiu!

Voldemort não parecia tão satisfeito. — Então, o traidor traiçoeiro finalmente chega. Você se juntará ao jovem Potter em sua morte. É o seu…

— Ah, dane-se! — Interrompeu Draco. Ele agitou sua varinha e murmurou a primeira tolice que lhe veio à cabeça. Voldemort começou a se contorcer e gritar enquanto o sonho de Harry se curvava à vontade de Draco. Logo, onde o Lorde das Trevas estava, havia apenas uma barata preta feia. Harry sorriu e esmagou-o sob o sapato com um 'crunch' satisfatório.

— Bom trabalho! -— Ele disse. — Eu não sabia que você era tão bom em Transfiguração.

Draco deu de ombros modestamente.

— Eu não estou realmente. Pelo menos, não de verdade... humm. Quero dizer, normalmente não. — Ele olhou para Harry, mas não parecia ter notado o deslize. Ele claramente não estava ciente de que isso não era a vida real, caso contrário o sonho teria terminado e Draco estaria de volta em seu dormitório.

— Bem, você fez algo certo! — Sorriu Harry, banindo casualmente os indefesos Comensais da Morte para o meio do lago, então esfregando as mãos para indicar um trabalho bem feito.

— Você parecia estar se saindo muito bem sozinho. Acho que você não precisa mais da minha ajuda, só vim porque queria falar com você.

Harry pareceu um pouco surpreso, mas respondeu. — Ah. Bem ok. Mas vamos entrar, está esfriando.

Draco percebeu que com um pensamento, ele poderia fazer as nuvens de tempestade desaparecerem e transformar seus arredores em um paraíso brilhante e ensolarado. Mas antes que pudesse fazê-lo, ele se viu andando com Harry por um corredor do castelo.

— Nós iremos para a Torre da Grifinória. — Disse Harry. Então ele fez uma pausa, parecendo preocupado. — ...embora possa incomodar algumas pessoas se eu deixar você entrar.

— Não se preocupe, não haverá mais ninguém lá. É hora do jantar... — Draco apontou. Havia um relógio na parede atrás de Harry. Enquanto Draco falava, os ponteiros giravam e giravam no mostrador do relógio até indicarem que eram seis horas.

Harry se iluminou. — Ai sim! — Ele se virou para o retrato de uma mulher roliça em um vestido rosa. — Leo laetus. — Disse ele, e o retrato virou para a frente para revelar a entrada de sua sala comunal. Draco seguiu Harry para dentro e olhou para as poltronas confortáveis, as lâmpadas brilhantes e as tapeçarias coloridas.

— Legal, — ele comentou. — ... um pouco alto para o meu gosto, talvez. Mas aconchegante, isso vai servir muito bem...

— Para que? — Perguntou Harry, caindo em um sofá e tirando os sapatos. Ele parecia bastante relaxado e acessível, então Draco sentou ao lado dele e limpou a garganta nervosamente.

— Para falar. — Ele respondeu. Harry olhou para ele sem entender. — Eu, ah... bem, você deve ter notado que eu não apoio mais o outro lado. Você sabe, Voldemort, os Comensais da Morte...

— Sim, isso chamou minha atenção um pouco. O que trouxe tudo isso? E o que você quis dizer antes, sobre eu não precisar mais de sua ajuda?

Draco olhou para ele com espanto. Ele não se lembra. É assim que funciona, você não consegue se lembrar de um sonho, se estiver no meio de outro sonho? Ele esfregou o nariz pensativo. Como ele poderia explicar, sem alertar Harry para o fato de que nada disso era real? Ele começou timidamente, mas com sinceridade.

Somnio Salvus | Drarry Onde histórias criam vida. Descubra agora