- Mamãe, eu juro que ele me empurrou... - A pequena loirinha em seu colo dizia com lágrimas escorrendo de seus olhos.- Eu sei meu amor, eu acredito em você.
Você tentava confortar Eri, aparentemente um garotinho da escola empurrou ela, mas a professora responsável apenas deixou de lado, dizendo ser uma brincadeira de criança.
Brincadeira de criança o caralho.
Onde já se viu professores ignorarem alunos empurrando os outros? Se não fosse Eri te contando você não saberia.
- A tia não gosta de mim...?
- Não é isso amor, é que ela... - Fez uma leve careta, tentando não xingar na frente dela. - Não sabe fazer o seu trabalho direito... Acho que vou te mudar de escola.
- N-Não! - Você a olhou chocada, Eri tinha recusado alguma coisa? - Eu gosto de lá e gosto do Haru, não quero me separar dele.
- Haru? Aquele menininho chorão?
- Ele mesmo. - Riu, a garota não ligava de difamar seus amigos amigos assim. - Mas ele me ajuda, foi ele que não deixou o Akira bater mais em mim.
- Sério? Então devemos agradecê-lo, certo? Por que não chama ele para ir em casa amanhã?
- Tá bom, mamãe! - Eri agora já tinha parado de chorar, mas seus olhinhos estavam todos vermelhos.
...
- Seu tio preferido chegou! - O loiro entrava animado na sala carregando o que você achou ser mais um dos inúmeros presentes que seu amigo trazia para Eri.
- Titiu Yuki é o melhor! - Você riu ao ver a garota o ignorando completamente e indo direto para a sacola em sua mão.
- Você é uma interesseira, sabia?
Você observava os dois da bancada da cozinha, Yuki tirava da caixa o brinquedo tanto pedido por Eri esses últimos dias e vendo a felicidade da garota, ficou toda feliz também.
"Um dos investigadores revelou que chegaram perto de os encontrarem, mas como todas as outras vezes, a Bonten sumiu novamente sem deix..."
- Ei! - Exclamou irritada após Yuki desligar a televisão.
- Eri está com fome. - Apontou para a loira que te encarava com a mão na barriga.
Você se levantou para preparar alguma refeição para a pequena, e naquele momento, memórias voltaram.
Esses jeitos dela se pareciam muito com ele.
- Não, não... - Balançou a cabeça em negação, havia prometido a si mesma que o esqueceria.
Mas porra.
Depois de anos, depois de você nunca mais o ver, você ainda continuava apaixonada por ele.
Todas as noites de lembrava de como era bom o ter ao seu lado na cama, de como era bom acordar ao seu lado ou com algum bilhete de bom dia.
Com Manjirou não era diferente, o platinado já não dormia direito a tempos, a insônia e a curiosidade de saber como você estava não o deixava dormir.
Ele usava o trabalho para ocupar sua mente, para não pensar em você. Suas olheiras estão ficando cada vez mais profundas e a solidão o consumia todas as noites.
Nem na cama ele dormia, mesmo sendo outro apartamento.
A cama não era a mesma sem você, ela era fria não importava quando cobertores ele colocasse.
Diferente de você, Manjirou não tinha ninguém.
Ninguém estava com ele na hora na hora do almoço e jantar, ele não precisava acordar ninguém cedo ou tinha alguém que ele pudesse conversar por horas no telefone.
Você era a única.
Mas é melhor assim.
Você tinha medo dele, por que ele se manteria por perto? Saber que você estava bem em algum lugar da cidade era o suficiente para ele, como sempre, sua felicidade em primeiro lugar.
...
- Vou almoçar em algum lugar. - A voz do platinado soou baixa, os executivos que estavam na sala acenaram com a cabeça.
Manjirou finalmente saiu daquele prédio sufocante, sentiu a brisa batendo em seu rosto e o mesmo olhou para o céu, vendo algumas nuvens cobrindo o Sol, talvez chovesse mais tarde.
Ele logo começou a andar sem rumo pelas ruas de Tokyo procurando o primeiro restaurante que visse pela frente.
E assim foi feito, entrou no primeiro que avisou quando virou a esquina e para a felicidade dele esbarrou em alguém.
Ia se desculpar, mas o cheiro extremamente familiar o fez travar.
- Não para! Eu tenho que voltar correndo, Sinto muito! - Lerdo do jeito que é, Yuki não tinha percebido que a pessoa que você tinha esbarrado era Manjirou e te puxou, não te dando nem tempo de reagir.
Com o coração acelerado e uma pontada de esperança de o ver finalmente depois de tanto tempo, se soltou que Yuki que te puxava pelo pulso e se virou, mas não encontrou nada, apenas desconhecidos entrando e saindo do restaurante.
Talvez você tivesse visto errado?
- O que foi, (Apelido)?
- Não é nada... - Depois de tanto tempo, teve que segurar para não chorar por causa dele novamente.
Notas
Já avisando, não esperem vários capítulos longos de desenvolvimento dos dois, não vai terkkkkkkkk
Isso daí é uma coisa que eles poderiam facilmente ter resolvido no diálogo
Hmmkk na minha mente tava melhor
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Baby Sano || Manjirou Sano
FanficEle não estava ali quando sua filha nasceu. Ele não estava ali quando sua filha falou suas primeiras palavras nem quando deu os primeiros passinhos. Em 6 anos, Manjirou não esteve ali.