Manjirou estava ansioso.
No dia anterior tinha descoberto que era pai e que tinha deixado sua amada com uma criança, era muita coisa para pouco tempo.
Depois da crise no banheiro, você decidiu que era melhor vocês se encontrarem depois, em um momento que ele não estivesse chorando e tremendo.
Ele quase não conseguiu dormir a noite, a cabeça dele só conseguia pensar em como seria a filha dele e como ela agiria. Será que iria aceita-lo? Ou não iria querer ficar perto por ele ser um desconhecido?
No dia seguinte vocês tinham combinado um horário em sua casa para ele ir lá, iriam buscar a Eri na escola e assim, apresenta-la a ele.
Na hora exata combinada ele estava na sua porta, o nervosismo de ambos era bem evidente.
Ele entrava em sua casa como um adolescente envergonhado entrando na casa da namorada pela primeira vez.
Você fechou os olhos apreciando o cheiro dele quando se sentou ao seu lado.
- Sinto muito. - Como os outros encontros, ele se desculpou novamente. - Eu te deixei.
- Por que fez isso? - Merda, era difícil não chorar, lembrar daquela madrugada era dolorido.
- Você parecia com medo.
- Eu estava surpresa. - Puxou o rosto dele, claramente ele também segurava para não chorar. - Descobrir que o meu namorado é líder da maior facção criminosa do país não acontece todo dia.
- Mas você se afastou quando eu tentei te tocar.
- Eu estava surpresa. - Repetiu. - Eu só precisava de um tempo para processar tudo. - O que ele não tinha te dado.
Mikey apertou os olhos, ele não está acreditando que se separou de você assim.
- Além disso, eu te amo, como poderia te deixar? Fico triste de pensar que você achar que eu faria isso.
Você tirou alguns fios de cabelo do rosto dele e ele te abraçou, seu corpo foi jogado para trás com o peso do mais velho.
Dessa vez, nem ele, nem você chorou, queriam, mas não choraram.
Você o ouvia pedindo desculpas com a cabeça enterrada no seu pescoço.
Ouvir que você o amava era o suficiente para que ele esquecesse todos os sentimentos horríveis que ele sentiu ao longo dos 6 anos.
Foram vários minutos assim, nenhum de vocês sabem quanto tempo se passou, mas não se importaram muito, apenas aproveitavam o calor um do outro.
Apesar de querem passar do dia ali, tinha algo mais importante naquele momento.
Ver Eri.
...
As mãos do platinado tremiam e o coração estava bem acelerado, a cada passo dado para a entrada da escola ele se sentia mais nervoso.
Conhecer sua filha? A pouco tempo atrás nunca pensou que isso aconteceria com ele.
Ansioso, e talvez um pouco envergonhado, não tinha certeza do que sentia, era muitas coisas ao mesmo tempo, ele parou na frente do portão.
Ele olhava de um lado para o outro, olhando várias crianças e tentando adivinhar qual delas seria a sua.
Seus olhos pousaram em você, que conversava com uma mulher de aparência um pouco mais velha com você, ele chutou ser a professora.
- De novo? - Ele te ouvir perguntando, a professora assentiu. - Manjirou, eu preciso entrar.
- Eu te espero aqui? - A verdade era que ele queria entrar, se chamaram a mãe da Eri era porque tinha acontecido alguma coisa, não é?
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Baby Sano || Manjirou Sano
Fiksi PenggemarEle não estava ali quando sua filha nasceu. Ele não estava ali quando sua filha falou suas primeiras palavras nem quando deu os primeiros passinhos. Em 6 anos, Manjirou não esteve ali.