Anjo Caído ( Nico Di Angelo)

desamparado

Os alunos do Colégio Olimpus estavam jogando queimado durante a aula de educação física, menos Nico Di Angelo que tentava convencer o treinador a não o punir por não participar, apesar de dizer que estava doente e que poderia compensar essa falta com um trabalho ou participando dos jogos no fim do ano, o treinador exigia um atestado para o dispensar, e vendo que aquela conversa estava se estendendo o homem deu o ultimato, ou ele participava ou iria lhe dar uma advertência e isso acompanharia um aviso aos pais, só mesmo o renomado colégio Olimpus entra em contato com os pais porque o aluno se recusou a jogar queimado, pensa o garoto de forma amarga, e se vê em um impasse, ou ele deixa a mostra seus hematomas ou dá mais uma tristeza para sua mãe quando ela receber o bilhete, então suspira derrotado e vai se trocar.
Nico constata que é possível sentir olhares como se fossem toques, todos parecem olhar as marcas em sua pele pálida que infelizmente as destaca, ele joga por uns minutos antes de ser atingido e poder ir para o banco, pouco tempo depois Reyna se senta ao seu lado e pergunta o que aconteceu, ele só diz que Hades se irritou e ela entende, todos sabem que ele é o saco de pancadas do pai e não fazem nada por saber que não se deve mexer com seu pai ou simplesmente não se importarem (como é o caso da escola), só teve uma vez que entraram em contato com o concelho tutelar porque o garoto quebrou o braço,mas ele não contou por medo e seus pais negaram tudo dizendo que ele só havia se envolvido em uma briga, e desde então não voltaram a se incomodar, Reyna aperta levemente seu braço e diz que está ali caso ele queira conversar.
Depois da educação física ele volta a usar seu grande moletom na tentativa de se cobrir, mas o calor vence e ele o tira tentando não ligar para os olhares curiosos, mas logo o boato que ele mesmo espalhou que se meteu em uma briga se espalha e os olhares mudam de pena para curiosos e assustados. No fim das aulas, Percy o puxa para uma sala vazia, e lhe beija antes de perguntar se ele está bem, e assim eles ficam por três semanas, se encontrando escondido sempre que possível e demonstrando sua paixão de todas as formas, mas fingindo que não se falam pessoalmente, como se ele tivesse se afastado de si igual a Jason.
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Nico acordou no meio da noite ouvindo barulhos, ele se levanta sobressaltado e desce as escadas silencioso para ver o que está acontecendo, ouve alguém na cozinha e para na entrada ao ver que é seu pai se servindo uma bebida, ele observa o homem de longe, ele está mancando e parece ter levado uma surra, ele se senta e bebe o whisky em dois goles enquanto encara a parede da cozinha, de repente o garoto vê o rosto molhado de lágrimas de seu pai na penumbra, ele tenta sair discretamente mas o homem vira a cabeça em sua direção.
- Nico? (Ele chama hesitante)
O menino permanece em silêncio na esperança dele desconsiderar sua presença e conseguir sair sem ser notado.
- Nenhum garoto deveria ver seu pai chorar (ele diz amargo) Não fique aí fingindo que eu não te vi, venha beber com seu velho.
O garoto se senta a frente do pai de forma apreensiva e se serve um copo, dá um gole e se esforça para não fazer careta, qualquer movimento em falso e Hades desconta a surra que levou no garoto a sua frente.
- Não vai me perguntar o que aconteceu? (Ele diz com a voz arrastada e o outro percebe que essa não é a primeira bebida da noite)
- O que aconteceu? ( Ele pergunta cuidadoso)
- O que aconteceu? (Ele ri sem humor) O que aconteceu, seu garoto miserável, é que eu estou jurado de morte! O filho da puta do Minos perdeu a paciência, e eu tenho que aparecer na sua porta amanhã com 133 mil, mas eu não tenho essa grana e desconfio que ele iria me matar de qualquer jeito, ele diz que o desmoralizei com tantos anos o enrolando.
- O que você vai fazer? (O garoto pergunta baixo tentando controlar sua aflição)
  O homem dá um longo gole na garrafa e a deposita com um baque na mesa, antes de segurar o queixo do filho rudemente o forçando a olhar em seus olhos.
- Ele me deu outras opções...e de pensar que eu já neguei tão veementemente, para agora você se provar ser exatamente o que ele está procurando! Mas não, nem te entregando para ele eu sairia com vida, e você iria terminar de manchar a minha imagem (ele solta o rosto alheio e volta a se recostar na cadeira)
  Nico encara seu pai sem conseguir disfarçar suas emoções, ele não pode ter dito o que ele pensa que insinuou, "o entregar para Minos? Ele provou ser o que ele procurava?", o garoto engole seu pânico se forçando a não surtar.
- Você vai fugir? (Ele consegue se obrigar a fazer a pergunta)
- Eu poderia...mas não sei o que ele iria fazer com vocês. Você pode tentar assumir o negócio e manter sua mãe longe disso...só a proteja de tudo isso ( ele diz pensativo e seu filho se surpreende ao ver seus olhos marejarem)
Ele o encara em silêncio porque tem medo de sua voz entregar o quão desamparado e a beira do pânico ele está agora, então seu pai se levanta e faz algo que o surpreende ainda mais, o levanta e o abraça apertado.
- Eu sei que errei com você garoto, mas não vou me desculpar porque espero que isso tenha te deixado forte, eu me decepcionei com você e sei que você se decepcionou bem mais comigo, mas eu ainda te amo e é por isso que não te entreguei pro esquema de Minos, mesmo depois de descobrir seus gostos, mas nada disso importa agora, porque temos alguém por quem faríamos tudo. Deus, como eu gostaria de levar vocês comigo, mas eu sei que vou ser caçado no momento em que pisar na estrada, e por pior que seja vocês tem mais chances de ficar bem estando aqui. ( Ele beija o topo da cabeça do garoto antes de se afastar) Faça tudo o que for preciso para proteger sua mãe, adeus filho!