by me, not by others.

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𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐎𝐒.
point of view.

Volto à realidade lentamente, abrindo os olhos pela claridade que vem da janela aberta

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Volto à realidade lentamente, abrindo os olhos pela claridade que vem da janela aberta.

Olho para o lado e vejo Victor ainda deitado ao meu lado. Fico feliz com isso e, surpreendentemente, ele estava acordado, me observando.

— Oi. — ele sorri, beijando meus lábios em seguida.

Dou um sorriso no meio do beijo e, percebo meu corpo um pouco dolorido, mas da melhor maneira possível.

— Queria que você não saísse daqui hoje... — ele susurra, passando o dedo pelas mechas caídas no meu rosto.

Um arrepio percorre pelo meu corpo, e curvo meus lábios em concordância.

— Eu também queria... — respondo, baixinho.

— Então não vai, fica aqui comigo, o dia todo... — ele pede.

Não consigo esconder a expressão animada. Ele se ergue, ficando em cima de mim.

— Eu tenho um filho... — falo.

Seria muito importante dizer nessa hora: nós temos. E, tudo que não quero pensar nesse momento são nas milhares reações ruins que ele pode ter com tudo isso.

— E temos uma linda praia para ver. — complemento, juntando nossas testas e dando um beijinho de esquimó delicado nele.

— Pode parando aí, rosa. — ele me impede de se mover. — Você não vai sair daqui como se eu não fosse o cara de três anos atrás que te fez a garota mais feliz do mundo...

— Como você tem tanta certeza disso? — arqueio uma sobrancelha, dando uma risadinha. — Sim, você me fez. E ainda faz. — admito, dando uma ajeitada nos seus cabelos bagunçados que tanto senti saudade.

— Então fica aqui e me diz mais coisas, eu quero saber de tudo. Você mal abriu aquela caixinha ontem...aliás, onde você a colocou? — ele pergunta.

— Você me impediu de te mostrar as coisas, Augusto. E sabe bem o porquê. — falo, e ele faz uma cara cheia de malícia. — Mas não sou tão boba assim, eu trouxe para cá quando voltamos. — me estico e puxo a caixinha que estava quase debaixo da cama. — Eu não tenho quase nada...

E ficamos assim pelo resto da manhã. Eu não sabia que horas eram, e não me importava tanto assim.

Victor me perguntava coisas, e eu respondia da forma que lembrava, detalhe por detalhe. A personalidade dele não mudou, nunca mudou, e eu ficava cada vez mais admirada de estar com o mesmo Victor de anos atrás.

Ainda estava com um pingo de culpa que, se pensasse muito, viraria um mar de culpa por está escondendo, acima de tudo, um filho dele.

A situação ainda tão boa...que cheguei até a pensar que seria melhor deixar em segredo tudo isso, mas eu não aguentaria esconder algo tão grande dele.

Só ele não percebe o quanto a genética puxou para ele, tirando os olhos.

Ele ainda não viu o documento do Nicolas, que sim, contém "Camilo" primeiro. E espero que não descubra isso sozinho, eu quero que ele saiba isso por mim, e não por terceiros.

Mas, um passo de cada vez. Sei que dessa vez que contei a verdade sobre a sua memória, sua reação foi boa, mas, não garanto a mesma reação em relação ao seu filho.

𝐄𝐌𝐏𝐓𝐘 𝐒𝐏𝐀𝐂𝐄, 𝐛𝐚𝐛𝐢𝐜𝐭𝐨𝐫 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora