stubborn like his father.

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𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐎𝐒.
point of view.

— Vai, rebola pro pai, vai novinha vai, des cen do!

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— Vai, rebola pro pai, vai novinha vai, des cen do!

— Nicolas! Eu já disse que isso não é música para criança! — abaixo a música que toca na pequena caixa de som.

— Desculpa mamãe. A sopinha já ficou pronta?! — ele pergunta, remexendo seu corpinho pelo som da música baixa.

Tinha que ser geneticamente australiano?

— Quase. Eu vou tomar banho, e depois vou colocar sua sopinha no prato. — falo, passando pelo quarto e pegando minha toalha.

Gostaria de dizer que a água me ajudou a acalmar meus nervos, mas foi muito pelo contrário. Parece que todos os acontecimentos estavam sendo fixados no meu corpo pela água.

A volta de Augusto me deixa boba, desacreditada. Era como se apaixonar pela primeira vez, só que num impacto mais forte.

Quando saio do banho, uma parte dos meus pensamentos já se foram, mas enquanto reviro o armário, eles começam a voltar.

Fico descalça, deixando meus cabelos em um coque desarrumado, e vestindo uma camiseta que mais parece um vestido do que uma camisa.

— Nicolas, vem pegar sua... — eu olho para a criatura. — Ah!

— Olha mamãe, eu me maquiei que nem você! — ele aparece na cozinha, com a cara pintada.

Olho para o meu estojo de maquiagem em suas mãos e arregalo os olhos.

— Meu Deus Nicolas! — corro até ele, tirando o estojo de suas mãos. — Eu sei que você quis se maquiar, mas da próxima vez me chame para eu fazer isso!

— Tá bom. — ele diz.

— Ah, Deus...e agora para tirar isso? — levo a mão à testa.

Segundos depois, eu caio na risada. Nicolas fica me olhando como se eu fosse retardada.

— Mamãe, a sopinha está pronta?

— Sim Nicolas, está. — me levanto e coloco a tal sopinha no pratinho de plástico dele, e depois o sento em cima da cadeira.

Só depois eu percebo que estou morrendo de fome.

— Sua creche volta semana que vem, ouviu Nicolas?! — eu o lembro.

— Creche? — ele chacoalha os ombrinhos. — Eu não quero. — ele cruza os braços, fazendo bico.

— Ah, mas você vai rever seus amiguinhos, você não lembra? — falo.

— Mas eu não quero. — ele insiste.

Teimoso igual ao pai.

— Teimoso. — falo.

𝐄𝐌𝐏𝐓𝐘 𝐒𝐏𝐀𝐂𝐄, 𝐛𝐚𝐛𝐢𝐜𝐭𝐨𝐫 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora