prologue.

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𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐎𝐒.
point of view.

Três anos se passaram, resumidos em surpresa e frustração

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Três anos se passaram, resumidos em surpresa e frustração. Há três anos atrás tudo fazia sentido. Eu estava com ele, o garoto que eu nunca imaginei que me apaixonaria dês do primeiro momento, em uma festa idiota.

Eu estava bem com tudo. Algumas surpresas, dúvidas e brigas fluíram normalmente, mas agora, nesse exato momento, eu não tenho nada.

Literalmente.

Não sabia se eu deveria ter continuado à lutar pelos meus sonhos, em relação à Universidade, por causa dele, por causa de Victor.

Tudo parecia normal, fluindo super bem, perfeitamente bem naquela noite. Eu me lembro exatamente da sensação de que devia ter montado naquela merda de moto junto com ele, para pelo menos esquecer tudo, assim como ele esqueceu.

Ele não teve nada a perder, porquê não se lembrou de nada após o acidente. Era horrível ter que pensar que todas as noites, a pessoa que você amava mais que tudo, não se lembra mais de você.

Não se lembra de nada, de nenhum beijo, nenhum abraço, nenhum toque, nada. E hoje eu sou dominada pela frustração, ainda penso sobre que pessoa Victor deve ter se tornado.

Ele deve ter seguido a sua vida. Será que ele se casou? Que merda.

Uma parte de mim rejeita qualquer pensamento desse, mas a outra, se mantém neutra, pois ele não se lembra de nada. Nem parece o Victor. Não é mais ele. Deve ser só o corpo, mas nenhuma lembrança de seu passado deve ter voltado para ele.

Nunca mais voltei aquela noite. Eu peguei todas as minhas coisas. Me lembro das lágrimas quentes escorrendo pelo meu rosto a viajem inteira até Nova York. Eu nunca mais voltei, não quis saber como ele ficou depois da cirurgia.

As sensações ruins que passei pelo resto daquele ano foram as piores que eu já tive. Aquela fase me destruiu mais do que qualquer coisa. A mistura de saber que Victor não se lembra/ou de nada, e a que eu ainda o amava, e ainda o amo, eram um buraco negro perfeito para eu me arremessar.

Fui suspeita de desidratação hipertônica, uma doença devida a desidratação, perda de água e aumento de sódio no sangue.

Por mais que todos esses anos tenham passado, se Victor voltasse, eu teria certeza de que meu corpo não reagiria normalmente. Sempre fui apaixonada por ele, e não sei quando vou esquecê-lo de fato.

Tudo na minha vida estava ligado a Augusto. Ele se transformou no pilar que sustenta meu mundo, e sem ele, só o que me resta é o entulho daquilo que um dia foi minha existência.

Mas, voltando para Nova York e deixando tudo para trás, todos os meus amigos e pessoas que eu conheci, meus pais me ajudaram a me levantar.

Isso antes de eu descobrir algo inusitado.

Em um dos exames e tratamentos da minha desidratação, tive que fazer um exame urinário, e acabei descobrindo que estava grávida.

Foi totalmente inesperado. Eu teria um filho, um ser vivo em meu ventre, dentro de mim. E ainda mais frustrante, um filho dele.

Um filho de Victor Augusto.

Eu nunca descobri se ele realmente queria um, e todos esses acontecimentos me fizeram voltar a estaca zero. Eu não poderia aparecer na vida dele novamente, não com uma criança.

O que ele pensaria? Uma idiota do nada na frente dele dizendo que está com seu filho.

Ele não se lembraria de nada, nem de mim, do nosso amor. E eu também não acreditaria que um dia o espermatozóide dele se chocou com meu óvulo e formou uma célula-ovo.

Mas eu já sofri demais. Pelo resto daquele ano e a metade do outro, eu chorei. Era a única coisa que eu podia fazer. De vez em quando me achava uma covarde por ter deixado tudo para trás, mas seria angustiante ver que ele não se lembra de nada.

O buraco no peito ainda está aqui, vazio, todos os dias, como se fosse permanente.

Por mais que eu quisesse desistir de tudo e me afogar em um mar de lembranças e sofrimento, eu me ergui.

Era a única coisa certa, que faria bem para mim mesma.

Comecei à fazer um pouco da Universidade, que por conta da minha gestação, não consegui terminar, porém pretendo, e enquanto isso, apenas trabalho como secretária.

Consegui sorrir algumas vezes, mas ainda sim, eram poucas vezes que isso acontecia.

Ainda dormia mal e tinha olheiras frequentemente, também sofrendo pelos sintomas da gravidez. Nada foi fácil nesses últimos três anos, mas eu me reergui, por mais que não quisesse.

gostaria de lembrar que esta é a segunda temporada da fanfic it's you, então sugiro que leiam a primeira temporada para entender melhor a história

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gostaria de lembrar que esta é a segunda temporada da fanfic it's you, então sugiro que leiam a primeira temporada para entender melhor a história.

𝐄𝐌𝐏𝐓𝐘 𝐒𝐏𝐀𝐂𝐄, 𝐛𝐚𝐛𝐢𝐜𝐭𝐨𝐫 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora