|| 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨𝐫𝐚𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐢𝐭'𝐬 𝐲𝐨𝐮.
𓂃 ˖ ࣪ 𝐍𝐀 𝐐𝐔𝐀𝐋 após anos, Bárbara reencontra seu verdadeiro e único amor.
➪ original by: @clocktawer.
➪ adaptation by: @98sfrassetti.
𝐁𝐀𝐁𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐅𝐀𝐍𝐅...
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Pude descansar bem, sem pensar em nada, a não ser em Nicolas.
Acordei cedo, e nem me dei o trabalho de verificar como anda meu emprego. Então, deixei Nicolas na minha mãe, e disse que eu poderia levá-lo para a creche hoje.
Depois, fui pelo metrô até o prédio.
A idéia da terapia de Victor me deixa tensa, sempre que penso.
Ele pode se lembrar, ou não. Mas não preciso sofrer por causa disso.
É claro que senti muita saudade dele! Mas, eu devo seguir minha vida, afinal, ela não parou a partir que ele perdeu a memória, ela ainda continua.
E ainda tem o Nick...por todas as coisas que Carolina me disse ontem à noite, ainda estou pensando na idéia perigosa de contar para ele.
Todos esses anos que passaram, e ele não sabia que tinha um filho.
Entro no elevador e respiro fundo.
Estou com uma calça jeans simples, um all star nos pés e uma camiseta simples branca, pronta para pegar minha caixa de tralhas e sair daqui.
Não sei o que será da minha vida sem um emprego, mas ainda estou no tempo certo para começar a faculdade, algo que deixei de fazer por causa dele.
Vou pelo corredor, até virar e ver minha mesa meio desajeitada. Pego uma caixa de papelão debaixo dela, e vou colocando as coisas dentro.
Percebo Melanie me observando, e dou uma parada para encará-la. Não estou à fim de briga, mas também não estou para frescuras.
Me lembro de alguns fleches dela na festa.
Acidentalmente, encontramos ela lá, e por incrível que pareça, ela estava com outro cara. Bem feliz e bem com ele, o que me deixou com raiva por ela ter magoado Victor, com mentiras e traições.
── Então...é você, não é? A tal morena problemática de anos atrás. ─ ela fala, parando de digitar e revirando os olhos para mim.
── Problemática? Olha só quem fala. ─ solto uma risadinha.
Ela me olha com raiva, e depois respira fundo.
── Ele anda sonhando com uma morena de olhos castanhos. Lerdo demais. — ela diz. — É você, não é? ─ ela pergunta.
Fico parada, pensando, e acabo não respondendo. Só vou jogando todas as minhas coisas dentro da caixa.
Prendo o cabelo para pegá-la, e esbarro em alguém que me parece ser meu substituto.
A empresa não perde tempo mesmo.
── Ai, desculpa. ─ ele diz, e depois começa a me olhar. ── Você era a moça daqui, não era?
── Era sim. ─ falo, me ajeitando e olhando para ele. ── Hum...boa sorte. ─ é o que eu digo.
── Obrigada. ─ o moreno diz.
Vou andando até o elevador, e nem me dou o favor de falar com o chefe. Desço, e volto para o apartamento, ajeitando minhas outras coisas.
Lembro do dia retrasado e me derreto inteirinha, lembrando dele.
Depois, saio procurando meu celular pela casa inteira. Posso ter deixado na casa da minha mãe quando fui levar Nicolas.
Resolvo tomar um banho e levar a mochilinha dele para casa dos meus pais.
Chegando lá, um aroma doce vem da cozinha, e meu estômago se abre.
── Mamãe! A vovó está fazendo bolo! ─ Nicolas vem até mim, com a boca suja de doce e uma colher de pau pingando chocolate por toda a casa.
Levo a mão no rosto e o encaro. Não sei se rio ou choro, mas é uma sensação boa não chorar mais por tudo, por lembrar de uma coisa única.
Dou um risadinha e me agacho, ficando na altura dele.
─ Nicolas, é você quem vai limpar o chão depois?! ─ pergunto.
Ele faz que não com o rostinho.
── Então não suja o chão da vovó!
— Desculpa, mamãe. — ele diz.
Me levanto, e esfrego as mãos nos cabelinhos bagunçados dele, indo até a cozinha.
── E o trabalho? ─ é o que minha mãe diz ao me ver chegando.
── Não estou mais tendo psicológico pra isso. Ando pensando em tentar a Universidade, ter uma formação melhor...
Ela lança um sorriso para mim, continuando a mexer a panela de brigadeiro. Escorrego o dedo na borda, mas me arrependo, porque está quente.
Burra.
── Que bom! Finalmente você... ─ ela se interrompe. ── Bom, você sabe.
── Não totalmente. Ele vai fazer terapia semana que vem. Mas sabe mãe, andei pensando que, talvez seja melhor eu ficar com a cabeça fria, sem ele. ─ falou.
Ela estende as sobrancelhas, e olha para mim.
── Você acha que é fácil é? Pergunte ao seu pai, se foi fácil ele ficar sem mim. ─ ela dá uma piscadela.
Meu coração se aperta só de pensar em nunca mais ver Augusto ou não estar mais perto dele. Mas é claro, qualquer pensamento desse tipo é bloqueado da minha cabeça.
Mas, depois de tudo que aconteceu, não seria melhor eu deixar ele ser feliz?
Eu pareço uma psicopata obsessiva, e preciso aprender que ele também tem uma vida nova agora.
Ele não é preso no passado que nem eu, e eu também quero ser forte o suficiente para isso.
── Não foi tão difícil! ─ meu pai grita do quintal de trás, sentado em uma cadeira com um jornal na mão.
── Mentira. — minha mãe grita de volta. — Eu acho que, filha, você devia criar vergonha na cara e parar de viver numa bolha. Sai para fora, conhece gente nova, não existe só ele no mundo. ─ diz ela.
Fiquei tão mergulhada no amor dele, que quase me afoguei, ou coisa do tipo.
Ela tem razão em uma coisa, mas errou em outra...eu posso conhecer novas pessoas, mas já tentei fazer isso, e resultado? Parei em cima dele.
── Certo. ─ concordo um pouco baixo, encarando o mármore frio da bancada.
Saio de lá, e vou passar pano nos lugares onde Nick deixou cair chocolate. Depois, fico zanzando pela casa, procurando meu celular.
Onde está ele?
Fiquei no mesmo computador, registrando informações de estudos, incluindo um calendário para eu começar os estudos.