Para sempre Remus e Sirius

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Aviso: Esse capítulo é a primeira parte de uma sequência de emoções. Eu precisava finalizar com Peter e Remus, também colocar um final nesse "mistério" da real indentidade de Padfoot.


Remus



Chego em casa e minha única vontade é sair andando por aí. Ir para qualquer lugar. Mas não posso. Estou tão agitado, estranho e infeliz. Odeio toda essa situação com Sirius. Odeio. Ele foi tão cruel em relação a tudo, como se toda a culpa fosse minha. De certa forma é. Parece que tudo é um pouco culpa minha. É tão injusto. 

O jantar é queijo quente e Oreo, porque papai ainda está trabalhando. E eu basicamente passo a noite olhando para o teto. Tento criar coragem e mandar alguma coisa para Six. Tenho medo dele nunca mais querer me ver. Escuto música e fico entediado e impaciente e, sinceramente, deprimido. 

Por volta das nove, James posta uma foto em seu Instagram, Sirius está nela, Marlene e Lily também, fico surpreso por Regulus, o irmão emo do Six, também está na foto. O cara é tão anti-social que eu nunca imaginei que ele estaria em uma noite de jogos sem precisar estar bêbedo. Sirius está sorrindo, ele parece feliz, como se não tivesse terminado comigo apenas algumas horas antes. Uma grande merda, isso que a minha vida é, uma grande e fedorenta merda!

Sou um amigo de merda. Pior que isso, porque devia estar feliz por vê-lo feliz, mas não consigo, quero que esteja na merda como eu, deitado na cama ouvindo músicas de sofrência e comendo besteiras, pensando em alguma coisa fofinha para se desculpar e me pedir para voltar. Me sinto péssimo por causa disso.



Na quarta-feira acordo antes do despertador tocar. Tenho que ir para escola, é a primeira coisa que penso, não, Sirius é a primeira coisa que eu penso, ainda deitado olhando para teto sem graça. Penso nele também enquanto tomo banho, e durante o café. Fico ansioso. Eu me ouço respirando fundo. Abaixo a cabeça quando desço do carro, queria poder desaparecer. Todos parecem felizes presos em bolhas cor de rosa. Então, é assim. O mundo está ótimo, eu é que estou infeliz.

Não vejo Sirius, nem James ou Lily. Dorcas está sentada do meu lado falando sobre algo que Marlene fez. Alice está com a cabeça deitada na mesa, ela não está bem, coração partido. 

- Acho que deveríamos fundar um clube. "O Clube dos Fudidos no Amor". Eu, presidente, Alice vice e você o tesoureiro. Vai ser perfeito!

– Não, obrigada. Me deixem de fora de qualquer coisa que tenha a palavra "amor" junto.

– Credo, Alice! O amor é lindo, a gente que não sabe escolher – resmunga – Eu não entendo.

– O que você não entende? – pergunto.

– Como Alice e Frank terminaram. Pensei que fosse para a vida inteira.

– Eu não tinha muita escolha. Frank vai para o Brasil para ser Entomologista. A gente conversou sobre, decidimos que seria melhor a gente terminar. Não seria muito saudável um relacionamento a distância.

– Sinto muito, Alice! – digo, sei como Alice está se sentindo.

– Ah, você sabe. As coisas são assim. – Ela dá de ombros. – Vou lá fora, tá?

– Falei besteira, né? 

– Você ainda pergunta?! Deveríamos apoiá-la e não perguntar sobre o fim do relacionamento.

– Eu sei, senhora sabe tudo. Eu não pensei muito, tá? Eu só falei. 

Dorcas parece quase irritada. Ela pega a bolsinha de maquiagem e sai. 

Talvez seja o inverno ou talvez toda a minha vida, mas, depois de tudo que aconteceu essa semana, o ambiente parecia cinza e sem qualquer resquício de felicidade.

Com amor, Remus Onde histórias criam vida. Descubra agora