Eu sempre o amei

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Sirius

Eu sempre o amei. Não sei bem quando começou. Talvez tenha sido quando entramos na puberdade, ou quando eu o vi pela primeira vez, não sei bem. Esse sentimento estava lá.

Percebi quando me pegava reparando demais nele. As costas, as coxas, abdômen, mamilos, braços, tudo era sexy demais. Tudo em Remus Lupin era erótico demais. Tentador demais.

Fantasiava como era beijá-lo, qual seria sua reação se eu o empurrasse na cama, e fuder com ele a noite toda, até que ele não tivesse mais voz e nem conseguisse se levantar da cama no dia seguinte. Eram pensamentos sujos. No início eu me sentia muito mal por pensar assim. Mas com o tempo tornou- se recorrente. Porque, Remmy, era sexy demais, não conseguia ignorar. Transar com garotas só me fazia desejar ainda mais o corpo que eu não podia ter. Perdi as contas de quantas vezes sussurrei seu nome enquanto fodia outra pessoa, das vezes que fingia estar com ele ali debaixo do meu corpo.

Esse desejo estava me consumindo. Não podia contar a ninguém, o medo de ser abandonado por ele, por James, por Régulus. Eu tinha uma família de merda, mas enquanto eu tivesse eles, tudo estaria bem. Me assombrava ao ponto de não conseguir me abrir nem para meu melhor amigo. Então, sufoquei esses sentimentos. Durante muito tempo consegui esconder o que sentia. Várias namoradas, conseguia manter minha sanidade e minhas mãos longe da bunda do meu lobinho.

Tudo estava indo bem, se não fosse a Maria Fifi do James. Ele não conseguia bater antes de entrar, por essa razão, ele foi a primeira pessoa a descobrir meu segredo.

Flashback

Dia da foto. Esse era um dos piores dias para ir à escola se você for feio. Todos arrumados demais para saírem com uma boa aparência no anuário. Eu não preciso me esforçar. Já sou bonito por natureza.

Remus e James estavam sentados ao meu lado. Potter não parava de falar da garota nova, uma ruiva bem estressada. Remmy estava observando seu reflexo em um pequeno espelho de bolso.

– Ei, Remmy, não vai me dizer que se apaixonou por seu reflexo? – digo cutucando sua bochecha. Ele me olha com tristeza. Eu entendo o que se passa na sua cabeça – Cara, essa cicatriz só te deixou mais bonito.

Remmy sofreu um pequeno acidente no início do ano. Felizmente não foi nada sério, mas havia deixando marcas, além da cicatriz no rosto, algumas partes do corpo estavam com cicatrizes avermelhadas que ainda estavam em processo de cicatrização. Também tinha o trauma, Lupin se recusava a chegar perto de uma moto.

– Não quero tirar essa foto! – diz emburrado, seus lábios se apertam em um biquinho. Eu rezo a alguma divindade que me dê autocontrole, porque é impossível resistir a ele.

– Bobagem, você é lindo, de qualquer jeito – James se mete na conversa – aposto que Dorcas vai querer voltar com você. Mulheres gostam de homens com pinta de badboy, e essa cicatriz te deu esse charme, meu amigo.

Às vezes eu odeio o James. Muitas vezes eu quero bater nele, por exemplo, quando ele inventa de apresentar alguma garota para meu lobinho. Ou quando ele fica tocando demais. Ou quando ele elogia Remus. Ou quando respira perto do Remus.

– Dorcas e eu não vamos voltar, James. Somos bons amigos e só!

– Bobagem. Acham que eu ficaria bem com uma cicatriz? – pergunta o cérebro de andorinha – Aposto que Lilian me daria bola.

– Quem é Lilian?– pergunta Remmy. Ele me estende o espelho.

– A garota nova. Minha futura esposa! Você tem que fazer amizade com ela. Eu até tentei, mas ela me xingou. O Sirius, eu não sou louco de pedir.

Com amor, Remus Onde histórias criam vida. Descubra agora