Com amor, Remus

Mudanças são necessárias

Abri a janela e deixei o ar entrar no quarto. A brisa leve fazia cócegas na minha pele. Andei pelo quarto meio ansioso. Quando ouvi passos no corredor, peguei um livro, voei para minha cama. Não queria que ele pensasse que eu estava ansioso com sua volta. Mesmo que ele só tenha ido tomar banho. Sirius era exibido demais, qualquer coisinha levantava seu ego em mil.

Sirius entrou. Levantei a cabeça e percebi como ele ficava lindo pós banho, cabelos molhados, sem camisa, um verdadeiro deus.

– Aí está você – eu disse, fechando o livro e me levantando para beijá-lo.

Ele fechou a porta e avançou, o olhar cravado aos meus.

– Você fica sexy até lendo, docinho – diz vindo até mim.

Inclinei o corpo para frente, morrendo de vontade de beijá-lo. Ele me puxa para mais perto com uma mão e acaricia meus cabelos com a outra. Escorrego minhas mãos pelos braços musculosos do meu Namorado. Uau, namorado, é incrível chamar ele assim.  Seus lábios encontram os meus, dessa vez não há presa, somente desejo de conhecer, explorar, sentir cada detalhe.

Sirius se separa, deixando um beijo estalado em minha testa.

– Não vamos muito longe. Não queremos que seu pai nos pegue em um momento íntimo, né?

– Achei que você gostasse disso.

– Eu adoro. Nem me importo se outra pessoa me ver em ação. Mas eu gosto do seu pai, e quero que ele me aprove como genro, então não vamos complicar as coisas para mim. Qual lado você quer?

– O mesmo de sempre – digo me deitando ao seu lado. Acho que estou animado demais para dormir.

– Sabe, eu nunca imaginei que esse momento chegaria. Nós dois, deitados como namorados. Me belisca?

– Você é muito emocionado.

– Alguém tem que ser. Se dependesse de você, a gente seria só amigo para o resto de nossas vidas.

– Que mentira…

– Oh, então o senhor Remmy, pretendia se declarar? Quando, meu doce?

– Hã… na faculdade?

– Uau, Remmy, você tem sorte em me ter.

– Você poderia ser mais humilde.

– Remmy, meu amor. Isso é impossível. Agora vem aqui, quero te encher de beijinhos e dormir abraçadinho ao seu corpo.

Fui acordado por beijos. Meu namorado está sobre meu corpo me apertando da melhor forma possível. Até cogitei a ideia de faltar, mas já tinha pedido dias demais.

– Bom dia, meu solzinho!

– Bom dia, querido! – digo beijando seus lábios.

– Sabe o que estava pensando? Em um encontro, só nós, sem James. Um dia para passarmos juntos. O que acha?

– Vai ser incrível! Só não podemos contar a James, se não ele vem atrás.

– Minha boca é um túmulo. Vem, seu pai preparou o café. Acho que ele tá meio desconfiado da gente, não posso te dar certeza.

O café estava tranquilo. Conversamos sobre várias coisas, Six sempre sentiu que a casa era dele, agora  ele é meu namorado estava pior. Não tinha o que reclamar já que ele lavou a louça.

Na escola tivemos que nos separar. Six tinha treino de futebol, e eu tinha aula de física. Não nós viemos até a aula de cálculo.  Quando finalmente ficamos a sós, Sirius se aproximou e me deu a mão, passando seus dedos entre os meus.