[24] I Get To Love You

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[24] I Get To Love You

— Harry. — Draco bufa atrás do menor, o ômega ignorando o alfa enquanto corta cenouras.

— Eu tenho uma faca e não tenho medo de usá-la. — o de olhos verdes rosna irritado, batendo a faca contra a tábua de madeira.

— E eu tenho uma voz alfa e não tenho medo de usá-la. — Draco afirma, então Harry se vira de frente para o alfa, apontando a faca para o peito do maior.

— Você não ousaria. — Harry diz, arqueando a sobrancelha bem desenhada.

— Obviamente eu ousaria, abaixa essa faca devagar. — o alfa rosna, segurando a ponta da faca para não tocar a camiseta que vestia. — Vamos, ômega, estou ficando cansado.

— Eu já disse não! Que merda, vai, sei lá, aparar a grama. — o mais novo revira os olhos, voltando a picar os legumes.

— Eu vou buscar meu casaco, em cinco minutos quero você pronto. — o outro avisa, dando as costas para Harry.

Era primeiro de janeiro.

O ano novo havia sido incrível como eles imaginaram, passaram na casa de Ron onde tiveram a vista privilegiada da queima de fogos, brindaram e beijaram aos montes.

Foi lindo.

Exceto que Harry não estava tão bem. Draco sentia o ômega, obviamente, mas estava esperando que o menor o procurasse, e quando ele não veio, o alfa se irritou.

Desde o Natal quando noivaram, o casal não desgrudava. Faziam as refeições juntos, banho, tudo, Harry só não estava indo para a delegacia por motivos óbvios, era o emprego do alfa.

Mas ele queria.

E quando o alfa estava longe que a dor de cabeça retornava, não que ela não estivesse lá antes, mas Harry se distraia na presença do noivo, porém ele tinha um filhote linguarudo que contava tudo para o pai.

Aliás, Scorpius ficaria de castigo quando voltasse da casa de Ron, onde ele implorou para ficar alguns dias de suas férias. Harry estava morrendo por dentro, mas deixou.

No fundo, ele sabia que havia algo consigo, só não queria admitir, parecia cedo demais e ele estava se sentindo culpado.

Analisando as unhas curtas em frente a pia, o ômega suspirou, inalando o cheiro diferente quando o alfa entrou na cozinha.

— Vamos? — Draco arqueia a sobrancelha sério, estava há três dias pedindo a Harry para consultar um médico, mas ele se negou.

— Já te dei minha resposta. Não. — ele resmunga, mexendo a pontinha do nariz incomodado. — Que cheiro horrível é esse? Você passou perfume?

— Sim? — Draco diz, confuso.

– Jogue fora, é horrível. — ele resmunga voltando a cortar as cenouras.

— Você quem me deu ele. — Draco bufa, voltando para a sala onde pegou um casaco para o ômega. Ele retorna para a cozinha e pega Harry por trás, o menor larga a faca, resmungando nos braços do alfa.

— Me solta, seu troglodita! Eu não vou! — ele rosna engasgado, apoiando os pés na parede, impedindo o alfa de sair pela porta com ele no colo.

— Harry, você está parecendo uma criança birrenta! Pare com isso, ômega, você vai se machucar! — o alfa rosna, virando de lado para sair. Ele chuta a porta irritado, caminhando até o carro com o outro no colo.

Com dificuldade, ele consegue abrir a porta do carro e prender Harry no banco passageiro, o ômega tem as presas expostas quando ele prende o cinto, mas o alfa ignora, tomando seu lugar no banco do motorista.

Five Years After You | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora