Prólogo

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651 palavras

Música tema: If I never Knew Knew Knew you/farewell - Pocahontas piano e orquestra version (vídeo no final do cap. Com version in english como extra) - Por Sam yung

- Reúnam-se todos! Vamos começar! - Abriu o livro impacientemente, Lady Nana.

Eu nunca soube de quem foi aquela ideia de realizar um clube do livro e reviver aquela história. Que seja! Lá vamos nós mais uma vez. Como narradora e participante eu juro que não participarei da história que contarei. Muito. Mas como um ser bondoso que sou contarei da melhor forma algumas partes, outras deixarei que eles expliquem suas emoções e motivações. É melhor assim. Para evitar que as minhas interfiram.

Nem todo era uma vez começa e termina com um final feliz. Deixe isso bem claro para começar histórias, pois, todas elas são mais algumas que contos de fadas: são nossas escolhas. Como uma roda gigante que sobe e desce, assim também é nossa vida. Os felizes para sempre só existem em alguns livros e aqui vamos contar o depois.

O relato que aqui vos conto foi passado de geração em geração e se tornou um mito com o passar dos anos, mas que nunca soube o início ou o fim que se deu... Será que é assim que se inicia os contos? Eu não sei. Mas as maldições com certeza sim. Minha amiga, se assim posso considerar, onde olho o retrato retratado com seu querido irmão neste exato momento, foi protagonista e hoje estou aqui para contar. Diversas versões da mesma história e diversas existem. Hoje contém a versão que conheci e presenciei. Das outras, nada sei. Desconheço sua origem ou veracidade. Sobre Mainá, hoje contarei sua história de amor, de ódio e seu fim. Alguns dizem que o seu fim foi à loucura. Outros a morte precoce. Outros que ela jamais morreu e agora se tornaram uma vítima de uma maldição da morte que, por ser impedida de morrer, tornou-se um ser que acompanha a morte. Do seu irmão, ninguém sabe ao certo seu fim. O pobre Serafim parece que acomoda sua posição próxima a Deus e ascendeu céus...

Você já deve ter ouvido falar do pio da morte. Sim, ela mesmo! A coruja que avisa a morte por onde passa e consigo traz o agouro para as casas onde repousa. O que sabemos é que ela não é uma, mas um animal mágico que, por driblar a morte, foi amaldiçoada a sempre presenciar a morte de todos que ouviam o tecido se rasgar em pedaços. Apenas uma coruja. Seu grito é do que um lamento pela escolha que lhe foi negada naquele momento, mas, em contrapartida, foi consequência das suas diversas escolhas até aquele triste fim.

Lembre-se, meu caro acompanhante, todos nós escolhemos nossos caminhos. Baseado em nossas emoções vivas, princípio em nossas e juventudes felizes. Nossas ilusões expressam-se em nossos olhos como lentes nos quais queremos ver a vida e as pessoas.

Tudo é escolha nossa. Mas tendemos a nos revoltar quando, o toque da realidade proporciona o desconforto da desilusão e o reflexo de nossas escolhas nos atinge o coração. De maneira diferente da que esperávamos,porém, a única possível como reação dos nossos atos...

Infelizmente nem tudo sai da maneira que esperamos como nos contos de fadas, mas lutamos todos os dias para que o final seja diferente. Aqui mostro a história de dois irmãos, que foram atrás da sua história e cada um escolheu para si o seu rumo. Baseado nas respostas que tiveram da vida.

Nossa história começa de um fim para gerar um novo fim. Confuso não? A história dos meus queridos amigos tornou-se uma conhecida lenda no nordeste do Brasil, mas que também tem seu reconto irmão do outro lado do mundo como dois extremos que se unem em um só. O que ninguém sabe é que esse pássaro, originalmente brasileiro, andava cantando e desencantado em outros lugares do mundo, em busca de vingança, esperando assim que sua maldição chegue ao fim.

Será?

Bom, independente do cenário de guerra entre os Garcia e os Sukkasem me deixa, Lady Nana, contar como tudo começou para vocês entenderem como chegou até aqui.

Notas da autora:

Seguem os vídeos para entrar no clima da história

Música tema:

O livro fala sobre encontro de dois mundos e duas culturas que se encontraram. Não existe trilha sonora melhor... Recomendo a versão em português também!

Versão em inglês: Se eu não te encontrasse - Daniela Mercury e John Secada

O canto do pássaroOnde histórias criam vida. Descubra agora