Capítulo 15- Doce vingança

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1986 palavras

"Na vingança e no amor a mulher é mais bárbara do que o homem"  Friedrich Nietzsche

Música do capítulo: Blood //water - Grandson

Todos se aproximaram da mulher caída ao chão.

— Será que teremos que acompanhar uma alma extra para o outro lado hoje ? — Falou lady Nana em tom baixo segurando o riso.

— Vaso ruim não quebra — Falou Mainá observando a senhora desmaiada no chão.

Mainá fez um pequeno sigilo com uma caneta que os marujos usavam para tatuar seus corpos . As vantagens de ser curiosa é sempre aprender de tudo um pouco. Ela mesmo tem uma que só Somchai sabia da existência.

Todos pegaram a prova de sua pequena travessura e jogou pela janela nos arbustos, transformaram-se e esconderam-se rapidamente nas árvores quando ouviram passos pelo corredor escondendo-se no escuro da sacada.

Em poucos minutos o quarto tornou-se um verdadeiro pandemônio. Empregados entravam e saiam sem parar.

Chama a senhora.
Acorda a senhora
A senhora acorda.
Vê o vulto na sacada .
Grita.
Desmaia.
Chama a senhora.....

Depois da terceira tentativa cíclica decidiram chamar o médico e seu filho, Somchai. Seu marido estava em uma viagem de negócios em outra cidade.

— Ela está aqui! Acreditem em mim! Aquela pequena bruxa voltou para matar-me! OLHA ELA ALIII! TIRA ELA DAQUIII! — Gritava sem parar khum Paithoon.

Todos os empregados a observaram sem entender e começaram a ficar amedrontados. De quem ou o que  ela estava falando? Não havia nada no local onde ela apontava e gritava sem parar.

Nesse estado de loucura chega o médico e Somchai sem nada entender e a senhora gritando o tempo todo....

— Mas que diabos está havendo aqui?! — grita Somchai fazendo calar a todos.

O quarto estava em completo caos. Quatro funcionários procuram a suposta mulher a mando de Khum Paithoon apesar de todos acreditarem ser apenas o reflexo de sua consciência que começou a dar os primeiros sinais.

Tudo está revirado.

Khum Paithoon levanta-se da cama em estado trôpego e delirante.

— Meu filho, ela está aqui! Veja ! Veja! Ela veio me culpar aquela pequena bruxa! Como ela se atreve vir do inferno me atormentar aquela mestiça !— gritava meio abobalhada Khun Paithoon

Uma empregada aproximou-se tentando acalma-la com toda calma:

— Khum, não há ninguém, todos nós verificamos . A senhora teve um pesadelo. Acalme-se, não foi nada..... — Um som de estalo pode ser ouvido quando a senhora bateu na empregada com todo vigor.

— Acha que não sei que estás mancomunada com aquela bruxa sua meretriz! Venha cá que ensinarei a ti uma lição que não vais esquecer! — falou a senhora correndo atrás da empregada totalmente insana.

Todos a observam a cena perplexos como se ela houvesse perdido a sanidade.

Mainá a observa a cena tragicômica da sacada,muito bem escondida.

O sigilo desenhado em seu corpo era um feitiço que jogara na senhora ,fazendo com que apenas ela pudesse vê-la em sua forma original , porém , como um spectro. Seu corpo de coruja estava próximo protegido por lady Nana.

Seu espírito ? Vagando pela casa.

E só Khum Paithoon pode vê-la.

Todos passaram semanas treinando para executar com êxito a cena que se desenvolvia a sua frente.

O canto do pássaroOnde histórias criam vida. Descubra agora