Capítulo 30: A caixa de pandora

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2365 palavras

"Toda história tem dois lados.O Lobo sempre será mau se você ouvir apenas a versão da chapeuzinho" Anônimo

Música do capítulo: Luis fonsi- La fuerza de mi corazón

No momento em que ele indicou a caixa, ela sabia qual caixa ele se referia e, saber que ele estava mostrando todas aquelas lembranças, conscientemente trouxeram lágrimas aos seus olhos. Após anos juntos, ele finalmente deixava sua alma totalmente desnuda para que ela entendesse suas verdadeiras emoções naquele período e depois disso.

Sentou- se à mesa e abriu a caixa que havia visto aberta apenas uma vez. Lá tinha desenhos, fotografias e cartas. Ela percebeu que cada folha escrita era uma carta endereçada a ela, mas o seu conteúdo parecia um diário enumerado por datas e divididas por fitas.

A primeira carta era quando ele decidiu se casar com ela, as primeiras impressões que ele teve sobre ela e quando ele começou a se apaixonar por ela, fazendo a moça rir do conteúdo. As 15 primeiras cartas era do início do casamento até quando ele descobriu que seria pai e suas emoções com o mundo que ele sentia ser novo e diferente. Ele estava tão feliz em ter uma família que só falava sobre sua felicidade quando eles se mudaram para a casa deles e tiveram seu primeiro lar, como ele imaginava que seria Arthit se ele fosse menino ou menina, os nomes que ele pensava e seus significados. Essas cartas eram endereçadas ao seu pequeno solzinho para que ele conhecesse a história de amor dos seus pais. Somchai queria que ele soubesse o quanto ele era amado e desejado e o quanto eles ansiavam pela sua chegada.

"Então foi assim que as cartas começaram, ele pensava em nossos filhos antes mesmo de assinar a certidão de casamento" Pensou ela sorrindo.

A segunda remessa de carta foi quando a crise na empresa começou e as cartas começaram a ser endereçadas a ela. Contando suas preocupações e os problemas que estava enfrentando, coisas que ele queria contar-lhe, mas não contou, pois ela estava grávida e não fazia bem ao bebê preocupações. Para Arthit ele escreveu que as coisas estavam um pouco difíceis e quando ele crescesse entenderia o peso das responsabilidades do seu nome, mas que agora ele deveria crescer tranquilo e feliz. Seu bebê e a mamãe dele deveriam dormir tranquilos. Deixa os problemas com o papai. Todas as cartas falavam de como ele estava se preparando para ficar em casa esperando sua chegada quando ficasse próximo, expressando sua preocupação em deixar Mainá sozinha naquele estado.

A terceira remessa de carta falava sobre quando Sunan e Serafim desapareceram sendo dado como mortos. Ele falava como se sentia com a morte de ambos e em tudo que ele queria falar com ela, mas precisava ser forte para cuidar dela.Ele se sentia só. Agora ele não tinha mais o apoio do seu irmão e não sabia se poderia ficar em casa. Ele estava tão preocupado e tão triste! Para Arthit ele escreveu sobre os seus tios e como eles eram legais que era uma pena ele não poder conhecê-los. Ele chamava o seu solzinho com a luz que iluminava a escuridão e que ela e o bebê precisavam ficar bem para que ele tivesse forças para seguir em frente.

A quarta remessa começou com um desenho de uma mulher segurando um bebê e ela já sabia do que se tratava o conteúdo. A morte do seu solzinho. Lágrimas caiaram dos seus olhos ao abrir a primeira carta. Ela conhecia o sentimento escrito em cada palavra. Dor. Perda. Desespero. Sentimento de impotência. Ele estava tão perdido quanto ela. Sua escrita estava confusa, desconexa e havia marcas de lágrimas em todas as cartas. Todas as cartas eram endereçadas a ela. Para se despedir do seu solzinho apenas o desenho e a frase: O sonho de amor que nunca pude ver acontecer.

Ela leu todas as cartas, absorvendo com cuidado o seu conteúdo, por mais doloroso que fosse. Ela precisava finalmente enxergar seu marido em luto.

Chegou a penúltima carta e o seu conteúdo arrepiou até seus ossos.

O canto do pássaroOnde histórias criam vida. Descubra agora