Into the woods (sasunaru)

Into birthdays and wishes (1/2)

Deidara não sabia direito se cabeça de galo realmente levava galo como um dos ingredientes da receita, mas a única vontade que ele tinha naquele momento era de depenar o galo da fazenda e fazer um belo caldinho com ele. Que ser insuportável!

Desde que tinha se mudado para a fazenda, não tinha conseguido uma noite tranquila de sono, os mosquitos só faltavam o comer vivo, as cigarras adoravam cantar alto de madrugada e quando finalmente conseguia dormir, um tempo depois, o maldito galo cantava! Deidara se contorcia de ódio sempre que estava dormindo tranquilamente e aquela matraca começava a chiar sem parar.

Felizmente ele não precisava realmente levantar cedo como os outros integrantes da família, então ele só ficava na cama esperando o bicho parar de cantar e voltava a dormir. Conseguia dormir quase a manhã toda antes de sua tia Kushina ir lhe encher o saco para acordar.

Estava sendo assim nos últimos dias, mas parece que naquele dia estavam planejando algo diferente para si.

Ele estava apenas esperando o galo fechar o bico para poder voltar a dormir, observava de canto de olho Naruto se arrumando apressadamente para ir ao colégio. Felizmente, Deidara não precisava ir para canto nenhum, tinha sido expulso da escola, então só poderia voltar à escola no ano que vem. Se aquela diretora não fosse uma encrenqueira, ele com certeza teria passado naquele ano e não precisaria mais estar estudando no seguinte, agora teria que repetir o ano, ótimo!

Então o galo finalmente cansou a garganta.

Quando ia virar para o outro lado e finalmente dormir e sonhar de novo com um alfa gostosão, alguém puxou seu lençol o deixando descoberto.

— Mas que porra— O ômega nem tinha raciocinado ainda o que tinha acontecido, mas já estava gritando de ódio.

— Levanta daí, garoto!

Era Kushina que fez questão de o acordar de maneira suave, ou seja, aos gritos e berros.

Não era possível que tivesse dormido de novo e já fosse quase meio dia como era rotineiro sua tia lhe acordar.

Mas não, ainda fazia frio e o sol ainda não estava quente o suficiente para ser mais de dez da manhã.

— Tia, pelo amor, me deixa dormir, ainda é madrugada — resmungou tentando pegar o lençol de volta, mas da altura que estava no beliche, nunca conseguiria alcançar o pano nas mãos da ruiva.

— Na-na-ni-na-não mocinho, preciso de leite fresco agora, pode levantar o rabo daí.

— Como assim precisa de leite, pede pra alguém pegar ué.

— Exatamente, você vai lá pegar!

O rapaz sentou rapidamente na cama com os cabelos em pé e uma careta indignada.

— Como assim eu? Por que tem que ser eu? — Quase berrou, mas a cara que Kushina fez dizia que se ele gritasse, não viveria para contar história.

— Você mesmo! Ou já se esqueceu que agora você é encarregado de ordenhar a Kurama?

O rapaz grunhiu irritado.

— E só dá pra ordenhar ela agora? Não posso fazer isso depois?

— Não senhor, não tem leite nenhum para o café da manhã, pode levantar daí agora!

Resmungando, Deidara desceu do beliche. Tudo que queria era dormir em paz, era pedir muito? Já tinha até esquecido que agora teria que tirar leite daquela vaca sebosa.

Melhor ir logo, porque quanto mais cedo começasse, mais cedo voltaria para a cama.

–

— Nem fudendo que eu vou ordenhar essa coisa!