Da esquina da rua eu observo a garota que está na frente da sua casa, provavelmente me esperando, enquanto mexe no celular, concentrada demais para perceber que estou indo em sua direção.
Assim que chego perto, ela percebe que estou ali e retira os fones de ouvido e os guarda na mochila.
-Olá kusuo. -Ela me comprimento quando fecha o zíper da mochila e coloca a alça dela no ombro novamente.
A forma que ela fala meu primeiro nome como se tivéssemos intimidade me faz estranhar, me fazendo franzir o cenho mas logo voltando ao semblante normal, não ligando para como me chame.
-Vamos. -Começo a andar com ela me acompanhando ao meu lado, sem nenhum dos dois falar uma palavra.
De certa forma fico feliz por ela ser calada e não ser tagarela, não atrapalhando o meu trajeto.
Isso é bom já que vamos agora todos os dias juntos pra P.K. Assim foi decidido no jantar ontem, como faremos o mesmo caminho, iremos juntos. Meus pais amaram a idéia de eu ir com uma garota, mais alguém para ser meu amigo para me tirar da zona de conforto que estou tão acostumado.
Eles também amaram que existe mais uma psíquica, adorando a ideia de termos mais alguma coisa em comum.
Até que eles aceitaram bem a bomba de que tem mais uma paranormal no mundo além do filho querido, ficando bem mais íntimos com a mãe da Yumi, onde ficaram conversando sobre nós e como somos incríveis.
Com essa amizade deles com a família powell eu espero que eles comecem a pedir as coisas para a menina agora, já que tem outra pessoa que pode fazer as mesmas coisas que eu, eles podem pedir tudo pra ela, e parar de me perturbar.
Por mais que eu acabei descobrindo os poderes que a Yumi tem naquele jantar, eu ainda estou confuso pelo motivo de não conseguir ler os pensamentos do irmão dela, já que a senhora Powell falou que Yumi é a única paranormal da família.
Quebrando o silêncio que eu estou gostando tanto eu a pergunto o porquê de não conseguir.
-Como ele é muito pequeno eu coloco uma barreira de proteção invisível, que impede dele se machucar ou impeça que alguma coisa de ruim acontece com ele -Ela fala me olhando, acabo achando impressionante até, mas não entendendo o que que isso tem relação com a minha pergunta, mas ela continua. -Talvez essa barreira impede que você consiga ler seus pensamentos, de certa forma também é considerado segurança, o motivo de eu ter colocado aquilo.
Ela fala e eu confirmo com a cabeça, realmente faz sentido. Agora eu sei o motivo sobre o garoto, mas não faço ideia ainda do motivo dos meus poderes não funcionarem nela.
Um dos poderes dela é exatamente igual ao meu, ler os pensamentos. E descobrir que ela não consegue ler os meus foi um grande alívio. Então, nenhum dos dois consegue usar um no outro. Já pensei em várias hipóteses e nenhuma parece justificativa, mas vou deixar de lado por enquanto, já que não faz diferença alguma.
-Quem é Kokomi? -Ela me pergunta, provavelmente pelos pensamentos da maioria dos homens ao redor que a comparam com uma deusa.
-Ela estuda na mesma escola que a gente, é uma garota irritante. -respondi prestando atenção no caminho, me desviando das pessoas ao redor, e falando baixo para ela, para que ninguém escute eu falando mal da tão incrível garota deles.
O centro da cidade está cheio como sempre, um dos motivos para eu me teletransportar pra escola é para não ter que ficar passando por esse tanto de gente todo dia.
Mas agora com meus pais insistindo para que eu vá caminhando com Yumi, não vou poder mais fazer isso.
- Segundo todo mundo ao redor ela é a garota mais incrível, simpática, bonita e perfeita do mundo. -Ela fala retrucando minha fala dizendo baixo também, mas sem nenhum motivo.
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Outra Psíquica - Kusuo Saiki
Fanfiction"Sinceramente, nunca entendi sua mania de me chamar pelo primeiro nome mesmo sendo tão incomum no Japão. Coisas incomuns sempre me faziam ficar alerta, cauteloso o bastante para que aquilo não trouxesse muita atenção pra mim, me fazendo afastar diss...
