Desço as escadas e vou em direção a cozinha. Meu pai está trabalhando, minha mãe está no mercado e Kusuke saiu, ou seja, eu estou sozinho em casa no final de semana e com várias gelatinas de café na geladeira.Admito que estou estranhando a chegada do Kusuke, na cabeça da nossa mãe é porque ele sentiu saudades da família. Mas suas visitas são resumidas para me avaliar com jogos idiotas e achar uma maneira de ser superior a mim, então é anormal ele não estar em casa nesse momento onde só teria nos dois.
Sua curiosidade pela Yumi é um pouco perigosa, talvez ele vai tentar fazer tudo o que fazia comigo com ela, a testando talvez, querendo descobrir se é mais forte que eu de certa forma, mas não sei o motivo para querer fazer isso.
É ótimo eu não ser o centro da atenção do Kusuke, ele interessado na Yumi significa que eu não terei que aturá-lo. Mas, eu não posso deixar a prateada sofrer na mão dele, ainda mais depois dela ter comprado aquilo tudo no mercado ontem pra mim, Yare Yare.
Pego a gelatina de café e caminho para ir de volta pro meu quarto, com os planos de que vou usar a clarividência para saber onde meu irmão está.
Mas meu corpo travou assim que entrei na sala, arregalei meus olhos e me teletransporto para cima da porta, me segurando nela, reparando que deixei a gelatina de café cair no chão com o susto. Me sinto frustrado por ter desperdiçado uma coisa tão boa, mas me acalmo lembrando de que tem mais na cozinha.
Tento regular a respiração enquanto encaro o ser que está no chão do lado do sofá.
Porque ninguém está em casa logo agora? Por que esse bixo só aparece quando estou sozinho?
Meus pensamentos foram interrompidos quando a barata começou voar em minha direção, eu automaticamente vou pro meu quarto com meus poderes antes que ela chegue perto o suficiente de mim.
Fico sem saber o que fazer, não posso simplesmente descer até lá com aquele demônio na sala. Se meus pais ou até Kusuke estivessem aqui poderiam me salvar matando aquela coisa. Mas não, eles não estão em casa logo agora.
Escuto batidas na porta, suspiro aliviado mesmo não sabendo quem é, já que eu simplesmente não consigo ler os pensamentos de quem está na porta. Tenho três opções, ou é o Nendo, o kusuke ou a Yumi. Mas qualquer um que seja me ajudaria agora.
Me teletransporto de volta pro andar de baixo e abri rapidamente a porta antes que aquela coisa saísse da sala e por ironia do destino ir pra entrada da casa.
-Olá Kusu- antes mesmo da prateada terminar de falar eu a puxei pelo pulso para dentro.
-Preciso da sua ajuda. -Digo a levando em direção ao local, e assim que chegamos eu fico atrás dela.
-Com? -Ela me pergunta estranhando e me olhando esperando a resposta.
Eu simplesmente aponto pra parede onde encontrava a demoníaca barata voadora, ela inclina a cabeça pro lado a olhando, mas quando me encara novamente parece entender.
-Você tem medo de barata? -Ela solta uma risada e eu revirei os meus olhos com a zombaria da mesma, a encaro e fico esperando que acabasse de rir para que me ajudasse -Ok, ok.
Ela levanta a mão e olha para Barata, logo a praga começa a flutuar, mas não como se estivesse voando com as asas, e sim como se fosse controlada. Logo eu entendo que a prateada está usando os poderes, telecinese assim como a minha.
Com os movimentos da mão ela abre a janela e joga fora o bicho, se livrando dele e fechando novamente o vidro para que não entrasse de novo.
-Pronto. -Ela dá de ombros e eu sai de trás da mesma, acenando com a cabeça em forma de agradecimento, aliviado de não ter mais aquilo dentro de casa. -Então Kusuo, eu vim até aqui porque eu e minha mãe encontramos a sua no mercado e ela me pediu para me teletransportar e te entregar isso.
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Outra Psíquica - Kusuo Saiki
Fanfiction"Sinceramente, nunca entendi sua mania de me chamar pelo primeiro nome mesmo sendo tão incomum no Japão. Coisas incomuns sempre me faziam ficar alerta, cauteloso o bastante para que aquilo não trouxesse muita atenção pra mim, me fazendo afastar diss...